sexta-feira, dezembro 21, 2007
Euntes
Terminou o semestre académico.
Terminou o estudo arduo para frequências.
Terminou a escrita neste blog até início do novo ano.
Assim, cumpre tecer algumas considerações.
Primeiro que tudo, numa palavra, se pode descrever o que tem sido o ano: cansativo. Muito trabalho e poucos frutos.
Sei o que é direito penal. Percebi sobre o que versa o direito comercial. Obrigações foram sujeitas a termo.
Mas a palavra essencial tem que ir para ela. Sempre ao meu redor, envolvendo o meu mundo no seu universo, expurgando qualquer réstia de infelicidade ou mágoa. Devo-lhe muito. Dever-lhe-ei, provavelmente, qualquer lastro de sucesso ali provado.
Dito isto, até dia 1, volta das 16 horas, altura em que me estarei a levantar, não volto a postar por cá, nem em outro lado.
Votos de um Feliz Natal e Fulgurante Ano Novo.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Vermelho
quero sentir-te.
Curvas delirantes,
não me fiquem distantes.
Caminhas nesse corredor e já de mim não sou senhor.
Teus olhos chamam e como resistir?
És o sumo bem, alívio da minha dor,
Razão da minha existência, profusão do meu sentir.
Será do vermelho convidativo,
Do negro que com ele combina
ou, simplesmente, a indumentária que me faz captivo?
Nada disso me ilumina.
São os espelhos d'alma,
profundos como o mundo,
quentes como a chama.
domingo, dezembro 16, 2007
Música para a Semana
O Cenário: Última semana do Semestre
O Futuro: Sexta-Feira chovem valores
A Certeza: Não dará grande soma
A Consolação: Esta Música.
Há nela, sobretudo, um verso que me toca: "No wants you when you lose"
Toca-me, primeiro, porque não é totalmente absoluto e, segundo, quando contrariado, o sentimento de gratidão converte-se na extrema alegria de perceber que há seres que merecem este mundo e o outro.
sábado, dezembro 15, 2007
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Coisas da Primária
Ninguém.
Ao nascer do dia, ninguém.
Ocaso taciturno sou eu, ninguém.
Trevas habitantes voam com pavor,
Enquanto olho para ti e me torno alguém
Meu amor,
Está em ti meu início,
Repousa em ti meu fim de suplício.
Em mim se encontra o infante amordaçado
Chorando pelo rápido fim...
Ontem
Resumir
Vou tentar ser o mais específico possível, porque, desta vez, quero mesmo dizer qualquer coisa.
Sendo novo, cada experiência por que passo e cada conhecimento que travo são-me chocantes: a reacção é um tudo nada semelhante à de ver um E.T ou ter uma experiência extra-sensorial.
A experiência de hoje chama-se bondade.
Há um princípio ao qual a humanidade não pode fugir: as pessoas são ruins, nefastas, más. Disto não haja qualquer duvida. O melhor que há a fazer é aceitar e tentar não sair por baixo. Eu aconselho.
Quando se trata de ver que há alguém superior, the clash couldn't be bigger.
Quis ser bondosa comigo.
Quis fazer o seu papel.
Quis ser quem eu precisava que fosse.
E foi.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Princípio da Contra-Corrente
Bem dizia que era jovem, um puto.
domingo, dezembro 09, 2007
Música para a Semana
Acompanhem o meu raciocínio:
- Faltam duas semanas para o final das aulas e as frequências batem à porta como o cobrador do fraque: Haja Jesus!
- Faltam 14 dias para o Natal: Haja Jesus!
Assim uma espécie de Jesus privado.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Arrepios
- "Dá-lhe, antes, o "Sétimo Selo".
Mas quem é que, aos 13 anos, sabe o que é o "Sétimo Selo???"
Até que me surgiu a luz.
Nem tudo na vida é surpreendente. Vezes há em que a desilusão vence. Eis ao que me referia e imaginei que estivesse no melhor intelecto do prodígio wanabe:
E, agora, a substância na diferença. Aquilo que me faria escrever um post de elogio em vez de um epitáfio:
É uma pena.
Ordenamento
-"Então sobra o animus"
Acreditem, isto tem mesmo muita graça.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Verdades de Sempre
Subo aquela rampa de terra batida que se ergue do lado esquerdo de quem para ela de frente olha.
Bate uma luz sobre as minhas costas: é a minha sombra que me esconde o caminho e dificilmente me deixa trilhá-lo.
domingo, dezembro 02, 2007
Música para a Semana
Digo-o sem medo das consequências: provavelmente, a melhor cover que tenho o prazer de ter ouvido.
Não sou admirador incondicional do rapaz, mas que têm surgido grandes músicas, sucesso, concertos cheios e qualidade, isso têm.
Há duas coisas que têm de ser comentadas: a letra e o conceito de cover.
Por partes.
Quanto à letra, agora que a ouvi decentemente (nunca tinha percebido o que é que o Elton queria dizer quando se punha a cantá-la), acho-a extremamente analógica, ou susceptível de analogia, com certos aspectos da existência deste blogger. Mas acho que esse é o critério geral para se apreciar uma melodia.
No tocante ao conceito de cover, é muito curioso: dá-se nova roupa, cama e quarto a algo que é de outra pessoa. A outra pessoa até pode gostar disso. Pode até acontecer que essa coisa fique melhor com a outra alma. A única coisa que não se discute é que aquilo já teve outro dono.
E se o mesmo se passasse com a vida de cada um?
Pense-se nisto: eu, agora, começava a viver a vida de um amigo meu e ele a minha. Só durante uns tempos. Ele era eu e eu era ele. Mudaria tudo radicalmente?
Com a musica do Fonseca mudou para melhor.
A música tem pouco de pratica existêncial.
sexta-feira, novembro 30, 2007
Polissemias
Sei que há problemas matemáticos, problemas financeiros e, depois, há todos os outros e esses não sei quais são.
Pior: vejo-os em todo o lado. Vejo coisas que não sei o que são. Penso nelas e nem as conheço.
Isto sim, é bizarro.
quinta-feira, novembro 29, 2007
Urbi et Orbi
Saindo da mercearia, dirige-se, a pé, para casa, quando o merceeiro lhe pergunta, do seu estaminé, se não quer comprar, também, ovos, farinha, açúcar e chocolate para fazer um bolo. Vendia-lhe tudo" barato". Anselmo aceita.
Quando chega a casa, Anselmo quer resolver o contrato.
- Qual contrato?
terça-feira, novembro 27, 2007
Milagres
Todas as almas sentadas são respeitadores juristas, cumpridores da lei, regulamentos, normas corporativas e despachos normativos.
Tomam café.
Há uma empregada, diligente, uma autêntica empregada média, que arruma as mesas. Cabia-lhe, entre tantas funções, impedir o fumo naquela área.
A mesa onde os insignes conversavam estava coberta pela chávenas do já consumido café, praxe de um almoço completo. Cabia, então, à empregada, arrumar as peças.
Caminhando para a mesa, fumo sube, ad coelum, e a senhora nota. A proveniência era a parte de baixo do sacro tampo.
Servil à sua tarefa, pergunta à mais distinta donzela, uma imponente mulher, dotada de uma aparência carismática, se esta não estaria a fumar.
Espantada, pergunta: "Eu?". Com isto, levanta a mão direita, e entre o dedo indicador e média tinha, aceso, um Camel, causa de todo o fumo.
"Meu Deus!" exclamou a incandescente diva.
Tinhamos presenciado um Milagre.
Foi o Milagre da FDL
(Texto ortografica e gramaticalmente corrigido)
segunda-feira, novembro 26, 2007
Círculos
É assim com tudo, mas tudo mesmo.
Tiradas filosóficas à parte, lembro-me dos círculos por um episódio ocorrido numa carruagem do metro, que parava, volta das 8.45h, na Cidade Universitária. Um diálogo:
- "Há bocado a senhora passou e bateu-me no pé e nem pediu desculpa. Eu não sou parede."
Dito isto, seguiu, não sem antes soltar um "anormal".
A destinatária ficou com ar de espanto e um sorriso sarcástico.
Á saída, uns estudantes, que partilhavam a carruagem, começam a comentar:
- "Dizia a Profª. Paula Costa e Silva que o processo existe porque, desde que existam dois Homens, pode haver conflito"
- "O que eu mais gostei foi da justificação"
- "Ehehehe"
Nasce a contenta, gera-se a discussão, acaba tudo ali.
Como os círculos na água.
domingo, novembro 25, 2007
Música para a Semana
Pedia-se, desde algumas semanas, um nome de verdadeira qualidade para esta rubrica semanal.
Ei-lo: Norah Jones.
Mais que uma música, é uma mensagem.
Porque, ao fim e ao cabo, todos os dias da semana vindoura, sem excepção, terão, ao final da sua tarde, esta expressão.
Ideias
- Sou um velho mental;
- Tinha atingido o auge da minha existência, ou, numa linguagem mais óbvia, já tinha conhecido os limites superiores da uma existência feliz.
A isso declaro fim.
Não sou velho mental nenhum: falta-me viver tudo. Sei-o porque há situações para as quais só conseguirei dar resultado positivo e respectivo seguimento se as viver, intensa, árdua e totalmente.
Quanto à felicidade...
Se tratados há quanto à dita, o que sinto não é positivável: nunca será sequer palpável.
Hoje, o sentimento a que me refiro não é apreensível por acções solitárias, atitudes errantes ou episódios de one-man-show. Se em sociedade vivemos é por ela que recebemos o que falta faz. Desse grupo, terá de vir alguém, específico, que transmita uma mensagem tal que, por exemplo, se escrevam textos destes em blogs.
A felicidade concede-se.
Concederam-ma.
sábado, novembro 24, 2007
Coisas com (ou sem) piada
- Com certeza! Quem é que foi raptado?
- As sabinas.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Tudo
CORDEIRO, MENEZES TRATADO DE DIREITO CIVIL PORTUGUÊS I PARTE GERAL TOMO I, 3ª EDIÇÃO 2005
"Assentes as premissas de que a sociabilidade é uma característica natural do homem, de que a natureza é eminentemente normativa, que a lei natural constitui a participação humana, através da razão, na lei eterna, e é, portanto, imutável, embora susceptível de desenvolvimentos, o Anjo das Escolas conclui que o poder civil transcende o tempo e o espaço, a diversidade de crenças e raças"
ALBUQUERQUE, RUY E ALBUQUERQUE, MARTIM HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
1º VOLUME, 11ª EDIÇÃO
terça-feira, novembro 20, 2007
Fim da Sequência
Grato pela compreensão.
Fim da Sequência
Grato pela compreensão.
Consciências
Hoje, descubro que sou um gajo novo. Um Puto
(Adendado/Emendado)
Decreto: Hino
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She may be the song the summer sings
May be the chill the autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day
She may be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
She may not be what she may seem inside her shell
She who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so crowded and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
But I'll remember till the day I die
She may be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in many years
Me, I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is she
She
She
Sonoplatia
Ele há músicas ridículas.
Quis pôr a versão dos Santa Esmeralda, que é mais mexida.
Fica esta.
Sequência
Não tenho nada melhor para fazer.
Calmamente...
Há, na divisão, dois sofás e um está ocupado.
Vê TV como se toda a eternidade se tivesse apossado dele. Fuma cachimbo, provavelmente por, na juventude, nunca ter feito semelhante proeza.
Com ele, ela.
Não largou o mesmo olhar que a caracterizava quando mais nova. Não perde o riso e sorriso que faziam perder a cabeça do distraído transeunte.
Está formosa como teria sido sempre seu apanágio.
No seu diálogo, a reforma de todo um sistema legislativo civil. Alegremente, trocam-se piadas a esse respeito.
(mais um momento sala de estudo)
segunda-feira, novembro 19, 2007
Momentos
Mas, do ecrã colorido, sai uma resposta à altura.
É seu deixar-me assim.
Extasiado.
Post que Aparece sempre nestas alturas
É ruim, é desagradável.
Pode sempre ser pior: se ficamos a saber por terceiros, ainda que esses terceiros nem tenham personalidade jurídica.
Contrariamente ao que se possa pensar, há acontecimentos, factos, tentativas, comportamentos que podem nunca chegar ao conhecimento da generalidade, ou da especificidade. O que caracteriza esses comportamentos é que não são, mesmo, de forma alguma, de jeito maneira (dizia o brasuca) susceptíveis de serem conhecidos. Se o são, posts destes acontecem.
Se o são, o blogger começa a reflectir sobre a essência do homo e, sobretudo, sobre a natureza das relações que ele establece.
Por fim, o blogger apercebe-se que perdeu tempo demais a pensar no mesmo centro de imputação de normas jurídicas. Perdeu tempo a pensar no que foi, mas pior: no que será.
Altura haverá em que não haverá mais paciência para reflexões deste tipo.
Altura chegará em que se percebe que tudo está em causa. Ainda que nada do que esteja escrito seja abalado.
Numa toada próxima: há meses terei tipificado um certo delito. Ora bem, preenchendo-se a previsão, cai a estatuição, verdad?
Causa/Efeito
Ser flexível/Desprezo
Ser um gajo porreiro/Take me for granted
domingo, novembro 18, 2007
Musica para a Semana
Vem na linha de tudo o resto.
Oiço-a desde muito novo. Não que agora seja um velho, mas era uma autêntica criança quando ma enviaram através do IRC.
Eram alturas engraçadas: dava nomes falsos, falava com múltiplas personalidades, descobria novas culturas e ideologias e passava (muito) tempo.
Vêm algumas recordações à cabeça, mas a riqueza desta musica está na sua letra.
Apreciável.
sexta-feira, novembro 16, 2007
Decadência
Antes deu o trailer do Gangster Americano.
O Bilhete custa 4 euros.
Falei de tempo e de dinheiro.
Se me perceberem bem, ainda aludo ao facto de poderem fazer a coisa certa com estes dois factores.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Subitamente…
Imagino-a, face alva, cabelos esvoaçando, na Costa da Caparica. Os olhos, semicerrados pela força do vento que contra ela voa, não perdem o encanto , continuam apaixonantes.
O encontro, marcado, viria, então, a ter lugar. Por trás, surgiu o corpulento vulto. De uma vez abraçou-a. Encostou a sua cara à dela, bochecha com bochecha. O sorriso na face de ambos era disfarçado mas sentido.
No horizonte, já se punha o sol, já se faziam horas para voltar.
( momento imaginado numa calma sala de estudo )
terça-feira, novembro 13, 2007
Frases de Sempre
Regencias Recentes.
segunda-feira, novembro 12, 2007
A Raridade
Descendo a escada, como faz de segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora, dificilmente me fariam mudar o ângulo de visão quando me deparo com aquela miragem.
Sublime.
O caminhar até mim arrepia: face, olhar, andar...tudo numa perfeita equação em que o resultado são duas almas que se interceptam.
Mas agora é para falar de uma dessas almas.
Sentado que estou, admiro. Está à minha frente o maior exemplar da divindade personificada. É mais que um corpo: é toda uma aura que a cerca, que me chama, que me conquista, a cada olhar e a cada suspiro.
Hoje, o negro misturava-se com o branco. A harmonia não poderia ser maior. Estava perante a mais pia das Madonnas renascentistas. O ar era mais puro.
Que tem isto de raro, afinal?
Nada.
domingo, novembro 11, 2007
Algumas considerações
Depois, chega o ensino superior. Quem é inteligente, continua a sê-lo. Quem não é... tem que compensar, tem que trabalhar o dobro.
Seja como for, quem trabalha só tem tanto mérito como o inteligente se este se desleixar.
Não acontece.
Pergunta: e quando o trabalho não chega?
Musica Para a Semana
A bem da verdade, era meu mais profundo desejo proferir estas palavras, as do refrão, em português.
Dificilmente conseguirei, mas queria dizê-las na mesma.
Ao chegar a velho perceberei que terei visto tudo. Mas agora, enquanto sou mais novo, não posso deixar de me surpreender com actos e atitudes, visões e alucinações.
Só posso esperar que passem.
...gostava mesmo de dizer don't look back in anger.
Slip inside the eye of your mind
Don't you know you might find
A better place to play
You said that you'd once never been
All the things that you've seen
Will slowly fade away
So I start the revolution from my bed
Cos you said the brains I have went to my head
Step outside the summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
You ain't ever gonna burn my heart out
So Sally can wait, she knows its too late as we're walking on by
Her soul slides away, but don't look back in anger I hear you say
Take me to the place where you go
Where nobody knows if it's night or day
Please don't put your life in the hands
Of a Rock n Roll band
Who'll throw it all away
So I start the revolution from my bed
Cos you said the brains I have went to my head
Step outside the summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
You ain't ever gonna burn my heart out
So Sally can wait, she knows its too late as we're walking on by
Her soul slides away, but don't look back in anger I hear you say
Don't look back in anger
Don't look back in anger
Don't look back in anger
At least not today
quinta-feira, novembro 08, 2007
Coisas Ininteligíveis
Por maioria de razão, durmo pior que mal quando não percebo várias coisas.
Dormirei pior que mal, então.
Mas, lá no fundo, como tem sido sempre, a culpa é toda minha.
Porque não aplico, de forma cabal e suficiente, a minha lei fundamental.
Coisas Ininteligíveis
Por maioria de razão, durmo pior que mal quando não percebo várias coisas.
Dormirei pior que mal, então.
Mas, lá no fundo, como tem sido sempre, a culpa é toda minha.
Porque não aplico, de forma cabal e suficiente, a minha lei fundamental.
quarta-feira, novembro 07, 2007
Estatísticas
Dessas:
8 passamos a dormir.
2 passamos em transportes.
1 em refeições.
4 em aulas.
Total= 15
Para o fim do dia faltam 9 horas. Dispomos de 9 horas, porque as outras estão longe de estarem na nossa posse.
Tendo isso presente, há que raciocinar. Raciocine-se.
Hoje apostei no tempo. Refi-lo, como pude.
E fui feliz.
Moldar o tempo à nossa vontade é sublime.
Que nos ajudem a moldá-lo pode ainda ser melhor. Assim, a primeira pessoa passa a ser a do plural e os minutos transformam-se em caminhadas rápidas, porque o tempo voa enquanto nos divertimos.
Passa quando estamos perto daqueles de quem gostamos.
terça-feira, novembro 06, 2007
Espuma dos Dias
O Jantar da praxe é com a família. Próxima, afastada, 3º grau, 12º grau. Todos se sentam numa mesa longa, castanha, endurecida com os anos que passou a aguentar a loiça dos seus proprietários. Senta-se à ponta, hoje é ele o chefe da casa. O sorriso é de circunstância. Vem o cabrito, acompanhado de uns goles de vinho, servidos a propósito da ocasião. Termina com a sobremesa e bolo de anos, devidamente guarnecido com um gigante e sonoro "Parabéns a Você".
São 3h da manhã. Em Santos, convive com o melhor amigo e namorada do mesmo. O bar é pequeno, mas muito acolhedor. Conseguiu lá chegar por boleia. O carro era dela, a loira que acompanhava o seu compincha. Vale a pena falar dela: não era alta, mediria, se lá chegasse, 1.60m. Os olhos eram claros, a pele também. Trajava de verde, habitualmente. Naquela noite, estava de branco. Sem ser estonteante, qualquer homem que entrasse no bar não podia deixar de reparar nela. Tinha 31 anos.
Os shots estavam em saldos: 1 euro, cada um. Depois de voarem 3 laranjas, mal se aguentava de pé. O bar, antes acolhedor, era agora um buraco negro, em que cada coluna dançava uma espécie de dança do ventre, onde cada copo lançava um sorriso sinistro. Nunca lhe tinha acontecido, mas estava a acontecer.
A testa testa a lei da gravidade, e, antes de saber se tinha álcool no sangue, ou sangue no álcool, cai redonda no balcão. Ouvem-se risos.
São 5h da manhã. Estava a dormir na calçada. Da loira e do amigo não havia notícia. Na carteira, só mesmo o bilhete de identidade. Não tinha como seguir para casa.
Resolveu caminhar até à baixa. Nunca tinha estado em Lisboa em hora semelhante. Tudo bem, era segunda-feira, dia de aulas, sabia que havia cara pálidas às 8 horas, mas quando era suposto estar a dormir o 2º sono, não pensava, sequer, em raça humana.
Parou no Cais do Sodré para ver o rio.
12 anos mais tarde, com o estado civil do B.I alterado, contava isso ao seu amigo de sempre, aquele que o tinha deixado a repousar sobre a pedra calcetada.
História contada e recontada ao longo dos anos.
O pormenor, todavia, que para sempre fora ocultado permanecia um mistério: como tinha chegado a casa?
Depois do bagaço, que se tinha tornado ritual em dias de anos, e do café, naquela eterna tasca em Estremoz, perguntou:
- "Que é feito da loira?"
segunda-feira, novembro 05, 2007
Definitivamente, Absolutas
Passando uma série de questões à frente, sou fã das teorias absolutas, isto falando em fins das penas.
Acredito que posso ter a lei a meu lado.
O Kant e o Hegel estão.
Definitivamente, Absolutas
Passando uma série de questões à frente, sou fã das teorias absolutas, isto falando em fins das penas.
Acredito que posso ter a lei a meu lado.
O Kant e o Hegel estão.
domingo, novembro 04, 2007
Música Para a Semana
Porque vem um mini-teste.
Porque exprime um estado d'alma no início da semana.
Porque o Fim-de-Semana acabou.
sábado, novembro 03, 2007
Fundamentos do Direito Privado - Fala quem Sabe
Independentemente de doutrinas da divisão do instituto, ou da concepção unitária que se tenha do mesmo, o que se deve focar neste conjunto concatenado de normas e princípios é o seu fundamento: o equilíbrio.
Pressupõe-se que se analisem os pressupostos antes de aplicar as regras. Considerem-se aplicados.
Levantam-se as perguntas: se eu der a alguém uma nota de X euros, a pessoas enriquece sem causa? Não, há a doação, que é um contrato, logo, há causa. Então e se eu deixar cair uma nota, do mesmo montante, na rua, e a apanharem? Também não se aplica, porque está consagrada, na lei, a subsidariedade do instituto, e isto resolvia-se pelo achamento.
Procure-se a luz: pego no carro do A., ando com ele, até, vá lá, Fátima, cumpro a promessa, volto e, no meio disto tudo, furei o escape, risquei a pintura e dei cabo dos estofos. Isto tudo é possível porque o A. deixou-me a chave em casa e disse-me para guardar o carro, mas não andar com ele, e eu aceitei.
Mas eu só usei o carro para cumprir uma promessa: enriqueci? O outro empobreceu, mas eu não enriqueci.
Exemplo-base: eu mando dinheirinho para uma conta que não é a certa. Ok, é apenas exemplo de uma modalidade do instituto, mas ajuda. O enriquecido devolve.
Devolve porquê?
Porque onde quer que haja desequilíbrio tem de haver intervenção. Para estes desequilíbrios existe a lei.
E para os outros?
quarta-feira, outubro 31, 2007
Perdões: Perspectiva
Por partes.
Para perdoar é preciso querer. Não há outro remédio, ou se nasce com capacidade para isso, ou então o rancor converte-se no amigo das horas sombrias. Depois, a causa tem de ser digna de perdão. Não é tudo perdoável. Ainda que alguns digam que tudo se perdoa, humanamente, isso é impossível. Por fim, há que se estar preparado para investir a confiança que havia no passado, naquele que merece o perdão. Tudo tem de voltar a ser o que era antes.
Depois, há o perdão, que desencadeia efeitos. Não voltamos a odiar, ou a querer mal. A vida presume-se. Segue o seu rumo. Tudo é normal. Recupera-se a fé na humanidade. Não existe lista de inimigos. Sentimos que estamos prontos para outra. Sentimos que o acto foi tão grande que nunca mais vamos ter de o repetir.
No fundo, e tendo isto em linha de conta, perdoar é absolver. Perdoar é tornar nulo o acto que nos feriu.
Esquema:
Acto--------Perdão-------Seguimento
Depois de Perdoar, a vista é retroactiva:
Seguimento--------
terça-feira, outubro 30, 2007
Inquietações
Neste momento temo que, para saber algo que me inquieta, tenha que passar por algo que não me interessa.
Não há de ser nada.
segunda-feira, outubro 29, 2007
Refutação; Segue
Há manhãs que primam por uma desejável hostilidade: não é que não venham a ser dias fantásticos, o ponto chave é que fazem, logo, perceber que, para obter o ganho, o proveito, vai haver suor, trabalho, dor e ardor.
Naquela foi mesmo assim.
Li, ontem, umas memórias escritas sobre o Prof.Antunes Varela, aquando da sua morte, isto no site da ordem. Diziam que dividia o dia em 3, para ter tempo para tudo. Ironicamente, não simpatizo muito com a personagem do defunto académico, mas que a divisão fazia sentido, fazia mesmo.
A manhã destinou-se à judicatura, exercício prático da dita cuja, para ser mais preciso.
A tarde destinou a preparar a noite.
A noite serviu para preparar o resto de uma vida.
Chegados a este ponto, os adeptos do grafismo desenhariam um segmento de recta, que teria início na noite referida e, alongado o citado segmento, terminariam o rabisco no dia de hoje, tudo com datas incluídas. Se eu imaginar esse segmento, consigo lembrar-me de momentos únicos e enriquecedores, que me ajudaram a concretizar esse imperativo constitucional, que é o livre desenvolvimento da personalidade. Não vejo datas, vejo acontecimentos. Vejo (e essa visão é o fundamento do texto) o grau aumentativo de um adjectivo. Vejo uma entrada em mora e o pagamento dos juros por ter estado tantos anos arredado do cumprimento do sentido da vida, da prossecução da lenda pessoal.
Se calhar encontrei a minha. Encontro-a todos os dias.
domingo, outubro 28, 2007
Musica Para a Semana
É costume estarem por cá.
Porque são os melhores, é essa a razão.
Agora, aparecem de novo. Com a melhor música de sempre.
sábado, outubro 27, 2007
Direito
Falava-se, ontem, de administração escolar, problemas e delinquência.
Não há palavras para descrever aquilo que senti, ao ouvir o relato de dois acontecimentos que tiveram lugar no arrabalde da grande Lisboa.
Primeiro acontecimento:
Determinada fulana agride outra, fora da escola. O Presidente do Conselho Executivo chama-a e diz-lhe que a vai castigar pelo sucedido. A rapariga responde: "fora da escola, não manda".
Lamento imenso, mas só me consegui lembrar da defesa por excepção: o tribunal era incompetente? Por acaso não, nas áreas circundantes à escola, pode o Presidente aplicar medidas disciplinares aos alunos que se envolvam neste tipo de coisas.
Mas realce-se a inteligência: não sabe nada de direito, não sabe nada de competência, incompetência, muito menos sabe que aquilo é uma defesa capaz.
Ainda assim, usou-a.
Segundo acontecimento:
A mesma fulana que agrediu a outra empresta 70 cêntimos a alguém. Passado tempo, não vendo satisfeito o pagamento do mesmo, resolve de acordo com a lei: no meio de uma aula, levanta-se e leva o telemóvel do devedor. Até que lhe pague.
Garantias reais: penhor.
A razão do meu "gelo" ao ouvir isto é básica: terei feito processo civil de forma débil por responder de forma pouco satisfatória a uma pergunta sobre competência. Falhei na oral de obrigações por não dominar o mecanismo das garantias.
Em poucos dias, uma cidadã da Quinta da Princesa aplica, na perfeição, aquilo que me demorou um ano a assimilar, e muito mal. Conseguiu, o espécime, numa assentada, fundamentar o Direito Civil e explicar-lhe a sua natureza "humana", quando eu a coloco num pedestal demasiado elevado.
O Prof. Alexandrino dizia que "acreditar não é saber".
Eu digo que "Estudar não é perceber".
Lei do Caroucho - Lei 25/2007 de 25 de Outubro
(Noção e Âmbito de Aplicação)
1) Serve a presente lei para dispôr e regular sobre a Carouchada
2) É Caroucho quem, designadamente:
a) Falar umas coisas de Crioulo;
b) Tratar todas as Mulheres por "Dama" e todos os Homens por "Damo";
c) Habitar na margem sul do Tejo ou na periferia da zona residencial de Sintra
Artigo 2º
(Deveres)
É dever do Caroucho, designadamente:
a) Fumar, segurando o cigarro com o indicador, polegar e médio;
b) Guardar o Cigarro atrás da orelha;
c) Guiar como um Mitra;
d) Ser Hip-Hop;
e) Ouvir música Africana;
f) Saber o que é uma arma branca
Artigo 3º
(Direitos)
São direitos do Caroucho, designadamente:
a) Usar boné como se isso constasse da sentença de interdição;
b) Passar por débil mental;
c) Ter uma namorada que use vaselina no cabelo;
d) Habitar num bairro duvidoso;
e) Sobressaltar idosos e crianças
Artigo 4º
(Função Social)
1) Em nome da dignidade da pessoa humana, compete ao Caroucho cumprir a missão de destoar no tecido social, empregando os meios que ache conformes e adequados.
2)Não pode, em caso algum, converter-se o Caroucho num exemplar cidadão.
Artigo 5º
(Procriação do Caroucho)
1) É livre, o Caroucho, de escolher a sua parceira, desde que esta seja uma Caroucha.
2) É lícito à Caroucha exercer o direito de representação quando escolhida por um Caroucho que ela considere "epá tipo, naaa "
Artigo 6º
(Família do Caroucho)
1) Os parentes do Caroucho, em linha recta, devem encontrar-se:
a) Presos;
b) Drogados;
c) Desempregados
2) A prole do Caroucho deve:
a) Seguir as pisadas dos país
b) Não diferir, em idade, em mais de 15 anos, de filhos para país
c) Ter aparência semelhante a um jagunço da idade média
Artigo 7º
(Ocupação Laboral)
1) São, preferencialmente, ocupações profissionais do Caroucho:
a) Requisitar 50 cêntimos;
b) Pedir orientação de cigarros;
c) Venda de bem alheio;
d) Alienação de bens que a lei não permita;
e) Organização do parque automóvel
2) De forma alguma deve o emprego do Caroucho ser honesto e tributável.
Artigo 8º
(Disposições Finais)
1) A tutela do Caroucho é dever social e, como tal, merece atenção comunitária.
2) Compete ao Governo a propagação da espécie por todo o territótio nacional.
3) R.A não devem ser discriminadas.
Artigo 9º
(Entrada em vigor)
Entrou ontem.
Publique-se
quinta-feira, outubro 25, 2007
Estados
Devo-o inteiramente à minha meia bola.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Gente com Confiança
domingo, outubro 21, 2007
Musica Para a Semana
No need to explain.
É que a palavra da semana passada foi "Pimp".
A desta semana será gigolo.
Dicas de Engate
"Nicolau"
"Nicolau? Nunca te vi por cá. Deve ser por teres "Lau Profile".
Não vi, contaram-me.
Ainda assim, dado o espaço onde teve lugar este diálogo digno de registo, o estar-se profundamente "tocado" não justifica uma anedota destas.
Para conferir resultados, gostava de saber se serviu para alguma coisa, se acabaram em algum sitio, que não aquele, as almas intervenientes.
Não me parece.
quarta-feira, outubro 17, 2007
domingo, outubro 14, 2007
Musica Para a Semana
Fica, desde já, registada.
É das minhas preferidas.
No meu modesto entendimento, só não gosta dela quem não a entende.
Grande videoclip, realizado pelo Mestre Manoel de Oliveira.
quinta-feira, outubro 11, 2007
Conceito Material de Crime
Rapaziada com droga a mais.
Direito, finalmente.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Ao jantar
- "Eheh, pareces o Johnny Depp!
- "Yeah!"
- "Desculpa, queria dizer Johnny Bravo"
terça-feira, outubro 09, 2007
Frases de Gente que Gostava de Tratar o Miguel Torga por O Torga
- David Fonseca
Frases de Gente que Gostava de Tratar o Miguel Torga por O Torga
- David Fonseca
segunda-feira, outubro 08, 2007
Ridículo
A., individuo (é a única tirada cómica), está num programa de T.V, naqueles tipo "Sabe mais que um miúdo de 10 anos". Sabem que mais, era esse mesmo.
Adiante.
A pergunta é: Bispos, Padres e Cónegos fazem parte do Clero Regular ou Secular.
A. responde, diz que é Regular. Atrás de si, toda a sua família une as mãos. Mas porquê?
Deve ser da fé.
Ora bem, aqui, neste programa familiar se chega à conclusão sobre o papel da fé. Fé que move montanhas, fé imbatível.
Num cenário pragmático, pergunto: é por haver fé que a resposta errada passa a estar certa? É por estarem com as mãos unidas que o clero passa a ser regular? É por haver aqueles olhos fechados a fazer força que os manuais de história mudam?
Não.
Mas, numa onda de exemplos destruidores da crença, pense-se no mundo académico.
Faço um exame. Perguntam-me assim: António atropela Bento. António conduzia negligentemente, acima do limite de velocidade. Destrói o carro de Bento. Na sequência do acidente, Bento, que ia fechar um negócio da china, fica impossibilitado de fazer seja o que for: partiu as duas pernas, a cabeça, fracturou a coluna e diz-se mesmo que a sua mulher morreu do choque, quando soube que o marido estava envolvido em tão grave acidente.
Tem António alguma chance de evitar a indemnização, mas uma mesmo muito boa indemnização, a Bento.
Digo que sim, é óbvio, então não?
Agora vou ter fé no que disse.
Musica Para a Semana
É meu costume entrar em mora, no que toca a posts em blogs.
Não me esqueço, ainda assim, que há que assinalar o início da semana da melhor forma.
Fica Asian Dub Foundation, uma mistura de nada com coisa nenhuma. Original, fica no ouvido, dá alguma pedalada e tem a boa velha virtude de não estar enquadrada em género algum.
Recomenda-se
domingo, outubro 07, 2007
Vidas
Mas hoje acordo e descubro: passei um fim-de-semana prolongado sem pôr um pé num local que não fosse a minha casa. Não tomei café com ninguém. Não fui beber uma cerveja com alguém que tivesse personalidade jurídica, mas também não tomei nada com quem não tivesse.
"Descansei". Seria muito bom, e seria mesmo, se eu estivesse cansado.
Ver o que reserva o domingo.
sexta-feira, outubro 05, 2007
Ciclo Vicioso
- Estou Feliz por vivermos num sistema republicano;
- Só vivemos num sistema republicano depois de ter sido implementada a dita cuja república;
- Ela foi implementada a 5 de Outubro de 1910
- Hoje celebra-se o 97º aniversário da data
- Estamos a dia 5 de Outubro de 2007
- Vivemos numa republica
- Estou feliz.
Porque não há nada como ela.
quinta-feira, outubro 04, 2007
Tríptico
Depois de passar largos anos da minha vida a reverter para a jocosidade todo e qualquer sentimento afectivo que um próximo sentisse, eis que me vejo ao espelho.
Falemos em unidades métricas. Comecemos pelas horas: 72. Seguem-se os quilómetros: cerca de 250. Finalmente, o número de alfinetes a espetarem-se-me nas costas, por cada segundo: 1000000000000000000000000.
É doloroso.
Não caibo em mim. Fui superado por algo transcendente.
E como é bom.
Vai custar.
Já custa.
Demais.
quarta-feira, outubro 03, 2007
terça-feira, outubro 02, 2007
Leis da Vida
(Frase de um Polaco)
(Se não era Polaco, pelo menos, era homem)
(Sim)
(É isso)
segunda-feira, outubro 01, 2007
Funcionamentos
Tem a ver com trabalho, mais propriamente, com a falta dele.
Começou a sério.
(Texto completamente aparvalhado pelo sentimento de que o blogger é detentor, sentimento esse nunca abandonado, desde a escola primária. Porque, e vamos deixar-nos de tretas, enquanto se é estudante, nada sabe melhor que um furo ou mesmo um cancelamento de aula. Nada)
Musica para a Semana
Início: todos os domingos haverá uma musica que ilustre, de alguma forma, aquilo que vai ser a semana.
Escolhe-se esta numa altura em que se fala no início de aulas práticas.
Ora, quando se começa esta via sacra até à estação dos exames, não se para.
Homens grandes choram, e quando começam nunca param.
Assim, "Start me up", Pedras Rolantes.
Avós do Rock
Lembranças "in the middle of the night"
Com algum esforço, consigo relembrar cada conversa, cada estado de espírito.
Sem esforço nenhum, recordo as motivações que nos levavam lá.
No princípio, no meio, agora.
Nunca mais fomos ao Picoas.
Lembranças "in the middle of the night"
Com algum esforço, consigo relembrar cada conversa, cada estado de espírito.
Sem esforço nenhum, recordo as motivações que nos levavam lá.
No princípio, no meio, agora.
Nunca mais fomos ao Picoas.
sábado, setembro 29, 2007
sexta-feira, setembro 28, 2007
De rerum facultatis
Par condictio creditorum.
Ao lembrar-me disso, mais especificamente, desse episódio, o ponto de chegada é uma conclusão incómoda: uma relação "pessoal" é algo totalmente diferente de uma relação de crédito.
Entre duas pessoas pode existir uma relação de crédito, tudo bem
Mas nem toda a relação pessoal é de crédito.
A segunda é, portanto, muito menos abrangente que a primeira.
Digo-o por tudo e mais alguma coisa:
- Não há obrigação de prestar nem de contra-prestar. Claro que a falta de condutas demonstrantes do sentimento que se quer mutuo podem ser lesivas dos interesses dos intervenientes.
- Não é possível transmitir uma relação "pessoal". A creditícia sim.
- Não há princípios gerais. Bem, talvez a boa fé se imponha, mas não está nada escrito nesse sentido. Já na relação creditícia...há de tudo: desde autonomias privadas, passado por ressarcimentos...enfim, panóplias.
- Por fim, e mais importante que tudo: garantias. Há-as em ambas as relações. Ainda assim, resta a dúvida: se na relação creditícia/obrigacional a garantia geral é o património do devedor...na relação pessoal qual é?
Problem solved.
quinta-feira, setembro 27, 2007
Justo
Fez bem, por dois motivos: primeiro que tudo, qualquer convidado merece respeito. Segundo, naturalmente uma notícia de relevo maior mereceria a suspensão temporária da entrevista...mas estamos a falar de uma aterragem de um...treinador de uma modalidade desportiva.
Vive-se numa troca de valores.
Se até Santana Lopes se sente ultrajado...
quarta-feira, setembro 26, 2007
Distinções Terminológicas
- Estrada da Beira com beira da estrada;
- Obra-Prima do Mestre com Prima do Mestre
- Milagre de Fátima com Milagre do Fátima
Como escrever um texto profundo
Todavia, para tal, há que seguir passos.
- Imaginem-se na estação de autocarro da cidade universitária
- Estando lá, o autocarro que apanham é o 38 (agora, extinto, mas imaginem-no na mesma)
- Entram
- Na viagem, sempre emocionante, encontram uma velha
- Pensem num diálogo com a velha
- Artrozes, cancros, reumático...
- Respondam como se fossem médicos
- Mostrem-se sérios
- Ela acredita
- Depois de tudo, chegam ao calvário.
- The weight of the world on your shoulders
- Grande cruz...
- Para onde levam a cruz?
A resposta a essa pergunta dá um texto profundo. Terá de ser devidamente enquadrado com o diálogo com a velha e tem de se fazer sentir o cheiro "humano", existente dentro dos autocarros.
Deprimente?
Nem por isso.
Para dias em que se conhece a polémica do Direito Penal
Em virtude do raciocínio que apresentei abaixo, tenho que postar um video.
Quando me encontro em "ressaca mental" (termo nada médico, muito próprio e totalmente explicativo)tem de aparecer algo que me sustente numa posição de curadoria presumida (cá está, nada técnico, nem jurídico, pelo que me esquivo ao dizer que é uma curadoria atípica e inominada, mas jura novit curia)
Assim, pronto, como quem não quer a coisa, oiçam.
Now the party´s over
I´m so tired
Then I see you coming
Out of nowhere
Much communication in a motion
Without conversation or a notion
Avalon
When the samba takes you
Out of nowhere
And the backgrounds fading
Out of focus
Yes the picture changing
Every moment
And your destination
You don´t know it
Avalon
When you bossa nova
There´s no holding
Would you have me dancing
Out of nowhere
Avalon
Nexos
Sei que a vida me corre bem quando estou infeliz. Porque estou infeliz.
terça-feira, setembro 25, 2007
4
O fogo que na branda cera ardia
O fogo que na branda cera ardia,
Vendo o rosto gentil que eu na alma vejo,
Se acendeu de outro fogo do desejo,
Por alcançar a luz que vence o dia.
Como de dous ardores se incendia,
Da grande impaciência fez despejo,
E, remetendo com furor sobejo,
Vos foi beijar na parte onde se via.
Ditosa aquela flama, que se atreve
A apagar seus ardores e tormentos
Na vista de que o mundo tremer deve!
Namoram-se, Senhora, os Elementos
De vós, e queima o fogo aquela neve
Que queima corações e pensamentos.
Camões
É que, hoje, mora em mim a suma vontade de rejubilar.
Rejubilo.
segunda-feira, setembro 24, 2007
Ao ler o blogue
Balança
Diz assim: "******, tu és feio, mas és inteligente".
Risos seguiram-se.
No sistema informático utilizado para comunicação escrita, vulgo msn, escreve-se a passagem do diálogo, oportunamente citada supra.
Respondem pessoas.
"Não és nada feio", "Ganda moral daquele gajo".
Tudo gente simpática e que me tem em linha de conta.
Acresce a tudo, como tem de acrescer, um raciocínio.
Se sou bonito, então a frase busiliática (enaaaa pá, neologismo) terá de mudar, também, para: não inteligente, mas ao menos és bonito.
Porque, amici, não se pode ter tudo.
domingo, setembro 23, 2007
Amanhã
"Não é a garantia, antes a virtualidade de garantia que integra o conceito de norma jurídica"
Jorge Miranda, in "Manual de Direito Constitucional Tomo VI"
"O bom jurista será justo, correcto, educado e sério. Tudo está interligado"
Menezes Cordeiro, in "Tratado de Direito Civil Português", página 538.
Porque amanhã...começa tudo de novo.
A essência da tristeza
Por partes: acima de tudo, há que perceber que a dita cuja não é mais que um sentimento, sendo que, nessa condição, se torna muito difícil de a definir. Tente-se, contudo. Primeiro, assimile-se que esta provém da violação de alguma vontade, ou crença, que tenhamos. Pode, ou não (a violação) ser expectável, mas normalmente não é. Certo académico diria que é uma violação da tutela da confiança, pelo que haveria lugar a reparações. Concordo.
A tristeza é, ao fim e ao cabo, um produto de uma violação de qualquer coisa, da privação de algo que nos fazia felizes.
Tendo isto em linha de conta, só há violação se existir uma relação. Não uma relação no sentido amoroso, ou mesmo familiar, uma relação entendida strictu sensu, como seja uma ligação, da mais ínfima que tenhamos ideia, entre duas almas. Espera-se de uma e de outra parte que hajam de acordo com as boas normas sociais, ou, citando o mesmo académico, sigam os ditames da boa fé. Normalmente, acontece, a regra é acontecer, como tal, entre as pessoas gera-se um nexo de reciprocidade que as faz exigir, de si e do próximo, um comportamento que não as fira, que não as magoe. Elas têm esse direito à conduta do próximo. É quase um direito, naquele sentido subjectivo.
Se entendermos o Direito de Crédito como permissão normativa específica de aproveitamento de uma prestação e tomarmos prestação como uma conduta exigível ao devedor, então, analogicamente, podemos transpor estas realidades jurídicas para a vida vivida e, finalmente, perceber: a conduta não existiu, violou-se aquele direito de crédito, temos que ser compensados, tudo ao momento daquela "quebra" entre duas pessoas ligadas, ainda que pelos laços mais estreitos.
Mas a vida não é direito. Pelo menos não é só direito.
Porque ninguém me vai indemnizar por estar assim. Pelo menos pelos motivos, pela violação que culminou neste estado.
Essa é a essência: aconteceu e há que lidar com isso da melhor forma possível, porque não virá ninguém acorrer. Ainda que haja solidariedade, ainda que haja alguém na mesma situação, ninguém pode reparar um estado de espírito.
Porque não é possível.
sábado, setembro 22, 2007
Guiões
Ainda que espere que não se repita, tenho de a aceitar como um facto incontornável.
Mas não posso deixar de pensar numas frases "Hollywoodescas", mais propriamente, num excerto de um diálogo que tem lugar entre um moribundo um alguém numa clara posição de vantagem.
I don't... deserve this... to
die this way. I was... building
a house.
MUNNY
(aiming his pistol
point blank)
"Deserve" don't mean shit, Little
Bill.
Porque, de facto, merecer não significa nada.
Nada.
Adenda: O filme que coloca no ecrã este guião não o segue "literalmente". Se alguém vir, ou se lembrar da cena vai perceber que as palavras utilizadas não são bem estas.
Todavia, mantenho o que está.
Verdades Fundamentais
- Mesmo que os outros consigam, até mesmo com um sucesso relativo, não te metas a fazer exames em turnos que não são os teus.
- Não se estuda nada por alto: ou se estuda, ou se perde tempo com outra coisa.
- Se havia talento na prova oral...bem, o tempo verbal utilizado ainda agora é pretérito imperfeito...pretérito...
- Tudo é mais fácil se estivermos bem acompanhados.
- O programa de algumas cadeira acaba no fim e tens mesmo de contar com ele.
- Uma coisa são garantias reais outra, muito diferente, são garantias pessoais.
- As obrigações de faculdade alternativa existem. Todavias, são atípicas, ou mesmo inominadas.
- Saber o que diz a lei interessa pouco.
- Quer dizer, interessa, mas o Professor Pamplona não é positivista.
- Dizer que a impugnação pauliana anula o acto de transmissão é ultrapassado.
No Princípio Era a Garantia
"Ora bem, um tema que não foi hoje ainda aqui tratado é o das garantias"
quarta-feira, setembro 19, 2007
Noites
Aconteceu tudo.
Tudo aquilo que pode ser usado para realçar os meus defeitos, enfim, para me pôr à prova, me deixar a nú, quem sabe, definir o meu destino e o de outros.
Aconteceu.
Não sei já o "dia".
É a relevância das datas.
Caso Prático
Octacílio, quando batem as 4h da madrugada, chega a casa. Vem do Lux, feliz da vida, porque nunca tinha ido a uma discoteca. Condutor de autocarro, apercebe-se que entra dali a duas horas e tresanda a tabaco e álcool. Tem de tomar banho: já não vai dar para dormir!
Tiburcio, assistente da FDL, à medida que arruma a sua malinha, e segue para mais um turno arrojado de provas orais de Teoria Geral do Direito Civil, de que era júri.
Jurandir sai de casa, caminha para o apeadeiro, onde apanhará transporte para o seu destino. Na fila em que espera vez para subir ao Machibombo, vê um velho que vende bilhetes para o Brasil, terra de sua origem. Pergunta Jurandir: "Sinhô? Qué vendê essis bilhetis? Prometo comprar eles de você e pago 1000 euros!". O Senhor responde: "Tá bem, pá. Fica para dia 20. Olha que hoje estamos a 12, tens oito dias!". Combinam que será ali, na estação, dentro de oito dias, que se procederá à venda efectiva dos bilhetes.
Entretanto chega o autocarro. O condutor era Octacílio. Inicia-se a marcha.
Quando o veículo chega perto da alameda da Universidade, um estudante de direito engravatado, que iria realizar oral de Teoria Geral de Direito Civil, coloca-se na passadeira, esbracejando e gritando: "Pó cara*** Marchante!". Com a rapidez dos acontecimentos, Octacílio, que ia bem acima dos 50 km/hora, atropela o estudante, matando-o, espeta-se contra a faculdade ali perto, colide com 2 carros Mercedes e explode, sacrificando a vida de todos os que iam lá dentro.
Tudo o que é herdeiro chega-se à frente. Passaram 8 dias desde o acidente.
Jurandir tinha um filho, que quer ser indemnizado.
Os familiares dos passageiros do autocarro querem paca.
Eduardo Verz-Cruz, Presidente do C.E da FDL quer que a Carris pague os arranjos na faculdade.
A mãe do estudante não quer nada porque "advogados há muitos".
1) Analise, a cada alinea, o caso prático e diga o que tem a dizer.
2)Supondo que a pretensões são procedentes, suponha que o seguinte diálogo tem lugar, à porta do cemitério:
-"Velho, o meu velho disse que prometia comprar-te os bilhetes, ele ligou-me antes de morrer a dizer que eu ia para o Brasil"
-"Celebrei contrato com o teu pai, tu não fazes nada, pá"
-"Vou contratar o Tiburcio, tás lixado"
-"Medo!"
Quem ganhava?
3) Imagine que não morria ninguém, porque, antes de se queimarem todas aquelas almas, chegavam os bombeiros, que passavam por ali, quando regressavam de um exercício de treino, e apagavam o fogo e salvavam o dia, como é seu apanágio. Podia ser ressarcidos, se quisessem?
4)Um larápio que caminhava ali perto, ao ver tudo aquilo, decide que não vai usar o seu telémovel para chamar ajuda. Quid Juris?
O Tiburcio foi de BMW para a faculdade, mas não fez orais, porque a faculdade estava a arder.
Pactos
Por esta hora, seems to me that the only way to achieve the schuldrechts positive is to make a pact with the guy from the song.
Naaaaaaaaa
Não há cá dessas palhaçadas.
terça-feira, setembro 18, 2007
sábado, setembro 15, 2007
Diálogos
- Porquê?
- 'Tava a ver as "Tardes da Julia" a aparece lá um ex-alcoólico.
- Isso tem a ver comigo porquê?
- Tem a ver que ele recuperou-se e agora abriu um negócio. Adivinha lá qual!
- ...
- Uma tasca! Foi por isso que me lembrei de ti!
Não percebi.
quinta-feira, setembro 13, 2007
Positivismo Errante
Já foi estudado.
Relembrou-se no princípio deste ano. O Diálogo (não estava lá, não pude confirmar) terá sido este:
-(...)
- Mas os animais não são coisas! Diz o Professor Menezes Cordeiro!
- Base legal?
Porque é só ela que interessa.
É que, num outro diploma, diz assim: É nula a sentença quando não especifique o fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão.
Tudo, essencialmente, porque custa, como o diabo, vê-lo como uma coisa.
Paradoxalmente, ajuda.
Ajuda imenso. Ajuda neste momento.
quarta-feira, setembro 12, 2007
Céu Cinzento
Hoje, estava assim.
E estava a acontecer qualquer coisa.
Numa toada mais leve, significa que começa o trabalho, acabou o verão...voltou o momento de desejarmos.
Porque no inverno não se deseja, quer-se.
O Calor muda tanto.
Muda tudo.
Qualquer dia...
Esta fará parte da Santíssima Trindade.
É absoluta. Devia ser obrigatória para que comungue do meu estado.
Comercial? Whatever.
Percebam-me:
You're my last breathe
You're a breathe of fresh air to me
Hi, I'm empty
So tell me you care for me
You're the first thing
And the last thing on my mind
In your arms I feel
Sunshine
On a promise
A day dream yet to come
Time is upon us
Oh but the night is young
Flowers blossom
In the winter time
In your arms I feel
Sunshine
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last
You may find yourself
Out on a limb for me
Could you expect it as
A part of your destiny
I give all I have
But it's not enough
And my patience is shot
So I'm calling your bluff
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment ... last
And we gave it time
All eyes are on the clock
But time takes too much time
Please make the waiting stop
And the atmosphere is charged.
In you I trust.
And I feel no fear as I
Do as I must.
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last.
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment last
Tempted by fear
And I won't hesitate
The time is now
And I can't wait
I've been empty too long
The time is now
The tender night has gone
And the time has gone
Let's make this moment last
And the night is young
The time is now.
Let's make this moment last.
Give up yourself unto the moment
The time is now
Give up yourself unto the moment
Let's make this moment ... last.
terça-feira, setembro 11, 2007
Em poucos segundos...
Ironia das ironias: o primeiro e o último seriam semelhantes, comuns mesmo, de forma quase sangrenta.
Mas o melhor é mesmo a lição de moral: não há nada como o presente.
No fundo, não deixa de ser anedótico: passado e futuro, num ramo tão diferente como o presente.
(Este não é para perceber. Baseia-se em suposições, crenças, mezinhas e benzeduras. Mas, no fundo, no fundo, serve mesmo para expressar a felicidade. Felicidade que está em planos diferentes. Felicidade que não tem o paradigma do passado.)
segunda-feira, setembro 10, 2007
Porque se fosse visto de relance...
domingo, setembro 09, 2007
Festa do Avante!
-Apesar de todos os ataques dos blogues neo-liberais, conhecidos no meio,
-Apesar da visita das FARC, ingóbil, é certo, mas que é sobrevalorizada,
-Apesar asco que se sente ao celebrar os 90 anos da revolução de Outubro...
A festa no Avante! não é mais que um festival de música que congrega iniciativas gastronómicas e alimentares.
Não é um culto ao Estaline, não é um "viva Salazar" invertido...
A única coisa que aquilo tem que deite leve cheiro a comunismo é a organização.
sábado, setembro 08, 2007
Updates
Bona Mater Familias,
Estado Civil,
Monstro das Pipocas,
Vício de Forma.
Tudo boa gente.
sexta-feira, setembro 07, 2007
Fim-de-Semana
Depois, há este blogger, que escreve assim: "Sabes que morro, no fim-de-semana"
É uma travessia no deserto...
quarta-feira, setembro 05, 2007
Hora do Cliché
Posto um video velho.
Posto um video muito pouco consensual.
Mas, sobretudo isto, posto um video que adoro e que tem uma sonoridade incrível.
Relaxante, para quando precisamos dele.
Há que tempos não punhas cá um videozito, ein?
Être Ass
" - Ora bem, o libretto...
" - Não, o Barbeiro."
Noites...
terça-feira, setembro 04, 2007
Aristóteles
É maior a inspiração nos momentos de abatimento.
Pois bem, prefiro andar desinspirado, como hoje.
segunda-feira, setembro 03, 2007
Porque algo fica diferente quando a retiramos do seu meio habitual
Escuto a música que deu vitória à Finlândia, naquele que foi o primeiro festival da Eurovisão da dança.
Alguém sabe qual é?
Pois é...com violoncelo muda tudo.
Porque Elas vão voltar
Não se trata de serem a minha banda de eleição, porque não são.
Não se trata de as vozes serem superiores, porque não são.
Também não se trata de algum misticismo em torno do nº5.
Este video, aqui colocado, serve apenas para anunciar que 11 cidades do Mundo terão o privilégio da sua visita. Pessoas dos cinco continentes poderão sair de um concerto e ir dormir, sonhando com aquilo que eu sonhava, quando era mais pequeno.
Para lá do meio da década de 90, surgia este quinteto de brasas absolutas que me punham a babar vergonhosamente, quando passavam num video clip, quando davam uma entrevista, quando apareciam no pior filme de sempre.
Não é que os seus trabalhos tenham qualidade assinalável, porque não têm.
O que se deve assinalar é que cada alma daquelas respira e não perdeu qualidades.
E para mim, basta isto.
Fica, então, aqui aquela que considero ser a melhor música delas, precisamente, uma balada.
Têm, abaixo, a letra:
Candle light and soul forever
A dream of you and me together
Say you believe it, say you believe it
Free your mind of doubt and danger
Be for real don't be a stranger
We can achieve it, we can achieve it
Come a little bit closer baby, get it on, get it on
'Cause tonight is the night when two become one
[Chorus:]
I need some love like I never needed love before
(Wanna make love to ya baby)
I had a little love, now I'm back for more
(Wanna make love to ya baby)
Set your spirit free, it's the only way to be
Silly games that you were playing
Empty words we both were saying
Let's work it out boy, let's work it out boy
any deal that we endeavour
boys and girls feel good together
Take it or leave it, take it or leave it
Are you as good as I remember baby, get it on, get it on
'Cause tonight is the night when two become one
[Chorus]
Ah, oh wow
Ah, oh wow
Be a little bit wiser baby, put it on, put it on
'Cause tonight is the night when two become one
I need some love like I never needed love before
(Wanna make love to ya baby)
I had a little love, now I'm back for more
(Wanna make love to ya baby)
I need some love like I never needed love before
(Wanna make love to ya baby)
I had a little love, now I'm back for more
(Wanna make love to ya baby)
Set your spirit free, it's the only way to be
It's the only way to be
It's the only way to be
Estes Senhores...
...deram um Show, junto à Torre de Belém.
O que se deve salientar é o repertório inicial apresentado. Fui uma espécie de viagem ao início, havia algo de mais genuíno.
Passada a primeira hora de concerto, aparecem os êxitos de sempre: "Fim do Mês", "Homem do Leme" e, especialmente, "Circo de Feras" e "Para Sempre", momentos muitos altos da noite.
"Contentores" e "Casinha" para encerrar mostram a força do Rock Nacional.
São quase unânimes.
Como sempre, não se vai ouvir música ao vivo sozinho.
A companhia foi boa. Soube coroar o momento com algo que ficará escrito na pedra: "Tu, para mim, és curriculum".
O que vale é que era a brincar.
domingo, setembro 02, 2007
Noites
O que é que passa da televisão? "Toca a Ganhar".
Ultimamente, alongou-se a transmissão do programa para os fins-de-semana. Nova apresentadora e tudo.
Há hinos a tudo. Ali, há hino ao quê? Ouvimos frases como: "Hoje o jogo é sobre capitais europeias, quem sabe se não vive numa?". "A Pista é PORT_GAL, pensem nas vogais: a e i o u, na ultima delas, pronto."
Ouvimos "penalties". Atropela-se a lingua. O motivo é claro: fazer dinheiro.
Tenho que confessar: divirto-me à brava. Parece teatro amador: Encena-se o Corcunda de Notre Dame. Na peça, apresentada ao público, aparece o Quasimodo, a dizer qualquer coisa, e cai-lhe a corcunda pelas costas abaixo.
Daria vontade de gritar "milagre!".
sábado, setembro 01, 2007
Ao entrar Setembro
Abro, como abri sempre, o portátil que me conecta com o resto do mundo civilizado.
Começo agora a escrever.
Tudo se resumo a uma frase: Vou dormir melhor.
Coldplay - The Scientist
Nota: a razão explicativa de vos maçar com mais um video reside nos 55 segundos iniciais.
É um verso que diz tudo.
Eu já o citei no blog. Mas se a musica vale a pena...
A Norma
Preenche-se uma, aplica-se a outra.
A vivência quotidiana tem parecido.
Ao fim e ao cabo, tudo é sistema jurídico. Acabamos sempre por aplicar aquilo que são, para nós, normas.
Chega certa altura em que os requisitos da norma foram preenchidos.
Dê-se, então, lugar à estatuição.
sexta-feira, agosto 31, 2007
Manhãs
Desperto.
Por uma mensagem que faz tocar o meu telemóvel, eis que largo o leito que me recolhe durante toda uma noite.
Trato da higiene pessoal. Toda a gente o faz.
Na minha mente ecoam os versos "Let it slide...overhead"...
Bateram à porta.
Entrem.
quinta-feira, agosto 30, 2007
Noites em Corroios
"Eu cá não gosto muito de cobrir a cabeça"
Terminam com:
"Agora vamos acabar todos ao mesmo tempo, para não haver dores de cabeça nem de costas"
Tudo seria normal.
Mas estas sentenças foram proferidas por Quim Barreiros.
quarta-feira, agosto 29, 2007
Abdullah Gul
terça-feira, agosto 28, 2007
Flashes
Mas este é o meu filme preferido feito por ele.
Magistral.
Deixo aqui um excerto do Guião. Este diálogo ainda me arrepia.
Passo vários momentos da minha vida a pensar nele.
A pensar no "porquê."
(Não me internem)
ALICE
Well, last summer at Cape Cod - I
don't suppose you remember one night
in the dining room, there was a young
Naval officer sitting near us. He was
with two other officers.
BILL
As a matter of fact, I don't. But what
about him?
ALICE
The waiter brought him a message
during dinner, at which point he left
the table?
Bill waits for her to continue.
ALICE
Well...I first saw him that morning in
the lobby. He was checking in and he
was following the bellboy with his
luggage to the elevator.
He glanced at me as he walked past
but didn't stop until he had gone a few
more steps. Then he turned and
looked at me.
He didn't say anything. He didn't smile.
In fact, it seemed to me that he
scowled. Maybe I did the same thing.
ALICE stops for a moment.
ALICE
I was very stirred by him. That whole
day I lay on the beach, lost in dreams.
She stops.
BILL
Go on.
ALICE thinks about how to continue.
BILL stares at her.
ALICE
That afternoon you and I made love
and talked about our future, and our
child.
Later we were sitting on the balcony
and he passed below us without
looking up.
Just the sight of him stirred me deeply
and I thought if he wanted me, I could
not have resisted. I thought I was
ready to give up you,
the child, my whole future.
And yet at the same time - if you can
understand it - you were dearer to me
than ever, and I stroked your forehead
and kissed your hair, and at that
moment my love for you was both
tender and sad.
At dinner I wore a white rose and you
said I was very beautiful. It might not
have been just an accident that he and
his friends sat near us.
He didn't look up but I actually
considered getting up, walking over to
him and like someone in a movie,
saying, 'Here I am, my love, for whom
I have waited - take me.'
Well, it was about then that the waiter
brought him the envelope. He read it,
turned pale, said goodbye to his friends
- and glancing at me mysteriously, he
left the room.
ALICE stops for a moment.
ALICE
I barely slept that night and woke up
the next morning very agitated. I didn't
know whether I was afraid that he had
left or that he might still be there... But
by dinner I realised he was gone and I
breathed a sigh of relief.
Long silence
BILL
And if he hadn't left?
Alice doesn't reply.
ALICE
I don't know.
BILL doesn't say anything but there is a scornful expression around his
mouth.
The phone rings.
BILL
Hello?...Oh... When did they call?...
No, I have the address...If they call
again say I'm on my way.
He hangs up the phone and starts to put on his shoes.
BILL
Lou Nathanson just died.
ALICE
Oh, that's too bad. But you were
expecting that, weren't you?
BILL
Yes..
Bill starts to get dressed.
BILL
I have to go over there for a while.
ALICE
Now?
BILL
I have to show my face.
BILL silently getting dressed.
ALICE
Obviously, it was a mistake to have told
you.
BILL (coldly)
Not at all.. We must always tell each
other everything.
ALICE
It was the pot.
BILL (coldly)
It doesn't really matter. Nothing
happened. Just a passing fancy.
Há o video desta cena no youtube. Só que as vozes foram dobradas para Italiano.
Para quem quiser, está aqui.
Media
Mário Crespo é apresentador do "60 minutos". Mas, para o efeito, servia o Jorge Gabriel.
Há duas provas cabais do que acabo de dizer: a entrevista a Louçã e a Gualter Batista.
Chamar-lhe entrevista é ser linsongeiro: a aparência e comportamentos do pivot da SIC-N eram bem mais próprios do inquisidor do "Nome da Rosa". Não havia um interesse pelo que tinham a dizer os dois convidados. Não. Quis-se culpabilizar um Partido Político, quis-se responsabilizar um "alguém" que ninguém conhece.
As diferenças entre fazer bom e mau jornalismo, boas ou más entrevistas é simples: se fica na memória o que foi proferido pelo entrevistado, o caminho seguido foi o certo. Se fica na memória o estilo acutilante, ou demasiado soft, as perguntas irrelacionáveis com o tema da entrevista, ou as expressões de censura do entrevistador, então tenho a dizer que Mário Crespo fracassou.
Causa/Efeito: Os blogues da Direita rejubilaram. Há quem escreva, sobre uma foto de Crespo, "Who the man? He the man!"
Lembro-me da entrevista a Santana, no mesmo espaço, com o mesmo protagonista. Que sessão de bajulação, seja lá o que isso for! No final, o antigo P.M até lhe deu uma prenda de anos. Foi bonito.
Letras Avulsas
Não deixo é o autor. Quem quiser que o descubra.
Para começar, "Seemann". Percebia-a enquanto se entranhava nos meus tímpanos, nos tempos em que o concerto dos cavalheiros passava, em vídeo, naquela sala de aula, sita no Pavilhão F.
A mensagem passou.
"Seemann"
Komm in mein Boot
ein Sturm kommt auf
und es wird Nacht
Wo willst du hin
so ganz allein
treibst du davon
Wer hält deine Hand
wenn es dich
nach unten zieht
Wo willst du hin
so uferlos
die kalte See
Komm in mein Boot
der Herbstwind hält
die Segel straff
Jetzt stehst du da an der Laterne
mit Tränen im Gesicht
das Tageslicht fällt auf die Seite
der Herbstwind fegt die Strasse leer
Jetzt stehst du da an der Laterne
hast Tränen im Gesicht
das Abendlicht verjagt die Schatten
die Zeit steht still und es wird Herbst
Komm in mein Boot
die Sehnsucht wird
der Steuermann
Komm in mein Boot
der beste Seemann
war doch ich
Jetzt stehst du da an der Laterne
hast Tränen im Gesicht
das Feuer nimmst du von der Kerze
die Zeit steht still und es wird Herbst
Sie sprachen nur von deiner Mutter
so gnadenlos ist nur die Nacht
am Ende bleib ich doch alleine
die Zeit steht still
und mir ist kalt
segunda-feira, agosto 27, 2007
Comentando
Pondera, responde, conversa. O assunto pode ser delicado. O proferimento da sentença pode ser inconveniente.
Ele dá-a na mesma.
Não sei se isto é bom ou mau.
Eu não gosto.
Eu repito-me...
...mas pouco importa.
Esta música faz-me lembrar os bailes da aldeia e os engates que lá têm lugar.
Pessoalmente, não me aconteceu.
Mas sou testemunha ocular.
Boa Musica:
[verse]
Stop making the eyes at me,
I'll stop making the eyes at you.
What it is that surprises me is that I don't really you to
And your shoulders are frozen (as cold as the night)
Oh, but you're an explosion but you're dynamite
Your name isn't Rio, but I don't care for sand
Lightning the fuse might in a bang with a bang-go
[chorus]
I said I bet that you look good on the dance floor
I don't know if you're looking for romance or what
Don't know what you're looking for
Well I bet that you look good on the dance floor
Dancing to electro-pop like a robot from 1984
from 1984!
[verse]
I wish you'd stop ignoring me because you're sending me to despair,
Without a sound yeh you're calling me and I don't think it's very fair
That your shoulders are frozen (as cold as the night)
Oh, but you're an explosion (You're dynamite)
Your name isn't Rio but I don't care for sand
Lighting the fuse might result in a bang with a bang-go
[chorus]
I said I bet that you look good on the dancefloor
I don't know if you're looking for romance or what
I don't know what you're looking for
I said I bet that you look good on the dance floor
Dancing to electro-pop like a robot from 1984
From 1984!
domingo, agosto 26, 2007
Concordo
É totalmente pertinente a questão que deixa no fim.
Pessoalmente, a resposta é não.
Se sou Piegas? Sou
...e depois?
Terei dito, há anos atrás, que se me transformasse em alguém que até gostava de bon jovi podiam dar-me um tiro na testa e acabar com o sofrimento.
Ora bem, eu não gosto de Bon Jovi, mas gosto desta música.
Gosto dela por duas razões:
- Razão nº1: Foi gravado na Bela Fontana di Trevi, em Roma. Quando lá estive, estava mais cheio...era até recomendado algum cuidado com os rattones...carteiristas.
- Razão nº2: A Letra.
Epá, há dias em que isto soa bem. Há dias em que se invertem gostos.
Não todos.
Estes.
Seguem as lyrics:
t's hard for me to say the things
I want to say sometimes
There's no one here but you and me
And that broken old street light
Lock the doors
We'll leave the world outside
All I've got to give to you
Are these five words when I
Chorus:
Thank you for loving me
For being my eyes
When I couldn't see
For parting my lips
When I couldn't breathe
Thank you for loving me
Thank you for loving me
I never knew I had a dream
Until that dream was you
When I look into your eyes
The sky's a different blue
Cross my heart
I wear no disguise
If I tried, you'd make believe
That you believed my lies
Chorus:
Thank you for loving me
For being my eyes
When I couldn't see
For parting my lips
When I couldn't breathe
Thank you for loving me
You pick me up when I fall down
You ring the bell before they count me out
If I was drowning you would part the sea
And risk your own life to rescue me
Solo
Lock the doors
We'll leave the world outside
All I've got to give to you
Are these five words when I
Chorus:
Thank you for loving me
For being my eyes
When I couldn't see
You parted my lips
When I couldn't breathe
Thank you for loving me
When I couldn't fly
Oh, you gave me wings
You parted my lips
When I couldn't breathe
Thank you for loving me
Milhos
E o financimento ilegal do PSD, por uma empresa de construção civil...no tempo do Presidente da Comissão Europeia?
Direitas...
sábado, agosto 25, 2007
Queda de Um Vulto
Diálogos
- (...)
- Não consigo perceber a crença na religião. Consigo, todavia, perceber a sua influência na província.
- Sim faz algum sentido. Mas tenho um bom exemplo de alguém que passou a acreditar, já no leito de morte.
- Não percebo...
- O Meu Pai.
- O seu Pai?
- Sim. Toda a vida foi ateu. Desprezava a igreja. Quando estava perto da morte, converteu-se.
- Como é que isso é possível?
- Nunca se sabe o que está do lado de lá...
A irracionalidade disto chega a dar-me calafrios. Acho que foi o melhor argumento que me foi apresentado para se seguir a fé.
Nas conversas que têm lugar nessas ledas madrugadas...
Esta cena vem à baila.
Não digo qual era o tópico de conversa.
Não faço comentários sobre o desenvolvimento do diálogo.
Mas muito se teria poupado se esta sucessão de imagens fosse conhecida por todos.
Fica o contributo.
Há que tempos que não postava um video, ein.