segunda-feira, novembro 12, 2007

A Raridade

Inacreditável.
Descendo a escada, como faz de segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora, dificilmente me fariam mudar o ângulo de visão quando me deparo com aquela miragem.
Sublime.
O caminhar até mim arrepia: face, olhar, andar...tudo numa perfeita equação em que o resultado são duas almas que se interceptam.
Mas agora é para falar de uma dessas almas.
Sentado que estou, admiro. Está à minha frente o maior exemplar da divindade personificada. É mais que um corpo: é toda uma aura que a cerca, que me chama, que me conquista, a cada olhar e a cada suspiro.
Hoje, o negro misturava-se com o branco. A harmonia não poderia ser maior. Estava perante a mais pia das Madonnas renascentistas. O ar era mais puro.

Que tem isto de raro, afinal?
Nada.