segunda-feira, novembro 26, 2007

Círculos

É frequente lembrar-me do efeito que a água estagnada produz assim que lhe toco com um dedo: aqueles círculos que se alastram, crescem e desaparecem.
É assim com tudo, mas tudo mesmo.

Tiradas filosóficas à parte, lembro-me dos círculos por um episódio ocorrido numa carruagem do metro, que parava, volta das 8.45h, na Cidade Universitária. Um diálogo:

- "Há bocado a senhora passou e bateu-me no pé e nem pediu desculpa. Eu não sou parede."
Dito isto, seguiu, não sem antes soltar um "anormal".

A destinatária ficou com ar de espanto e um sorriso sarcástico.

Á saída, uns estudantes, que partilhavam a carruagem, começam a comentar:

- "Dizia a Profª. Paula Costa e Silva que o processo existe porque, desde que existam dois Homens, pode haver conflito"
- "O que eu mais gostei foi da justificação"
- "Ehehehe"

Nasce a contenta, gera-se a discussão, acaba tudo ali.

Como os círculos na água.