Quando era uma criança, rechonchuda, roliça, divertida, mas sobretudo inconsciente, fartei-me de ir a festas de anos. Bastantes. Também organizei muitas.
Dei por mim a constatar que esses eventos já não existem na minha caminhada pelo mundo. Hoje penso nisso, penso na razão que terá levado a isso.
De alguns nem me lembro, simplesmente, sei que aconteceu um evento, estive, vi, gostei, mas nem me lembro da cara. Outros foram viver para longe. Outros incompatibilizaram-se com esta alma. Ainda há, também, aqueles desapareceram. Sem mais. Sem menos.
O que me põe a pulga atrás da orelha são os casos em que continuei a ser amigo da pessoa, continuei a ser estimado e, no entanto...
Houve ali qualquer coisa que se perdeu. Como um imóvel, registado numa qualquer conservatória do registo predial, sabe-se que o Zé Manel é o proprietário do prédio hoje, mas há 20 anos não era, constava outro do registo. Sem se saber como, nem porquê, agora o dono do "pedaço" é ele.
Caramba. Que tipo de contrato macaco terei eu celebrado para se perder o trato.
- No final das acções, costumava pedir a condenação em custas e condigna procuradoria. - Isso acabou, havia no C.C.J, agora é uma outra coisa... - Quê? - Código das Custas Judiciais.
Um pouco antes das 9 horas. Começava volta dessa hora.
Se não era na mesa no fundo, dali a uns tempos ela não escapava e seria o nosso albergue durante belas tardes de café, algum estudo e muito desenvolvimento.
Durante 5 anos aquelas cadeiras sustentaram sonhos, ouviram desabafos. Aquelas mesas sabem a minha vida melhor que eu.
Mas o que são as coisas materias?
Nada. Foram eles. Foram vocês. Foi graças à inesgotável paciência, à incrivel persistência que fizeram nevar sobre um inferno académico. Por tantas horas de bairro, de piadas, até de cartas, fomos resistindo. Se há quem pense que a faculdade é o chamado "passeio no parque", eu nunca partilhei dessa opinião.
Mais do que Januários, Menezes, Blancos e afins, a faculdade foram vocês.
Agora que se aproxima o segundo natal em que as 9 horas se passam num outro banco, numa outra paróquia, deixem que seja lamechas e diga que vos adoro.
O problema de toda a gente que concorre a programas do género é sempre o mesmo. "É o meu sonho". "Sou um ídolo". "Quero fazer disto a minha vida". É o que se ouve.
Reiterando que não conheço os detalhes, na pureza do princípio em que esta decisão se deve inspirar, há que começar a processar o Estado por não permitir que os licenciados pelas faculdades que ministram os chamados cursos de "ciências humanas" tenham emprego.
Qualquer coisa como: "licenciei-me em latim, não consigo dar aulas. Tou deprimido. Vou processar alguém."
Entenda-se: compreendo a dor da miúda, sei o que custa que a vida não corra como queremos e planeamos. Mas tem de ser a Sic responsável por isto?
Ela inscreveu-se, de livre vontade, no concurso (sim, porque aquilo não mais é que um concurso) Lançou um CD em que é ela a voz e interprete. Não deu certo.
There's a storm outside, and the gap between crack and thunder Crack and thunder, is closing in, is closing in The rain floods gutters, and makes a great sound on the concrete On a flat roof, there's a boy leaning against the wall of rain Aerial held high, calling "come on thunder, come on thunder"
Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul
It's a monsoon, and the rain lifts lids off cars Spinning buses like toys, stripping them to chrome Across the bay, the waves are turning into something else Picking up fishing boats and spewing them on the shore
The boy is hit, lit up against the sky, like a sign, like a neon sign And he crumples, drops into the gutter, legs twitching The flood swells his clothes and delivers him on, delivers him on
Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul
There's four new colors in the rainbow An old man's taking polaroids But all he captures is endless rain, endless rain He says listen, takes my head and puts my ear to his And I swear I can hear the sea
Somtimes, when I look in your eyes I can see your soul (I can reach your soul) (I can touch your soul) Sometimes
Acho que mais ninguém colocaria esta série neste lugar. Eu coloco, pronto. Esta série prendeu-me. Religiosamente, sento-me em frente à TV quando ela é transmitida. Porquê? Pois. Gosto dos termos técnicos, dos raciocínios em cadeia, dos diálogos, dos dramas pessoais das personagens e do elenco. Nada falhou. Nesta 7ª temporada que está a ser emitida pela Fox, em Portugal, está normalizada uma situação que durou vários episódios. O problema da droga, da falta de amor, dos conflitos, do brilhantismo em situações de pressão...tudo voou. Resta saber o que vai acontecer. E isto é um ponto a favor. Muito a favor. Cá para mim, o médico vai quinar. Mas já fui muitas vezes supreendido.
Estou perfeitamente ciente da subjectividade da escolha. Nunca vi série tão pouco consensual. Na realidade, para ser sincero, devia pô-la empata com aquela que estará, amanhã, em primeiro lugar. É que gosto mesmo dela.
Trata-se, a meu ver, de uma óbvia hiperbole e de uma caricatura. Ninguém assim, nem aquelas situações existem...mas quase. Nada é previsível, ninguém tem uma qualidade que se veja e todos caminham inevitavelmente para o erro e miséria. Ninguém está feliz. Quando está, deixa de estar.
Para os que nunca viram, trata-se do retracto da vida de dois cirurgiões plásticos, um deles casado e pai de família e outro um boémio, seguidor do carpe diem. Este é o ponto de partida. A vida deles, por si daria história. Imagine-se quando entram novas personagens ainda piores que as existentes e residentes.
Actualmente, acompanho a última temporada. Está em grande nível.
Trata-se, de facto, de uma obra prima. Nada falhou. Grande elenco, grandes diálogos, cenas de fazer chorar a rir e um conceito que agradava as massas. Ainda assim, a série não foi consensual...o que só reforça o facto de ser fenomenal.
Teve tudo a seu favor. Em vez de estar para aqui a tecer grandes considerandos, chamo a atenção para o último episódio. Está extraordinário. Se há problema com o qual todas as grandes séries têm de lidar esse problema é o seu final. Pensemos, assim de repente, no Lost (por acaso, até não desgostei, mas o facto é que ficou aquém do esperado), que imediatamente constatamos o busilis da questão. O Seinfeld teve o seu final perfeito. Se virmos, até nem podia ser de outra maneira. Mas só ele se lembrou daquilo. Só ele.
Digamos que, a partir do 4.º lugar, todas as que vêm a seguir podiam estar em 1.º. Esta sobretudo. Naturalmente, ainda não tinha nascido quando a série se estreou no ecrã da RTP. Vi-a, somente, muitos anos mais tarde. Que me lembre, foi transmitida na RTP2, à tarde. Nada aqui falhou. Desde o elenco, recheado de "monstros sagrados", às "missões", genialmente pensadas e magistralmente executadas, tudo impressionava à séria. Para um puto (que efectivamente era quando via a série), realçava todo aquele aparato das máscaras, em que um personagem se transformava noutro e mantinha o público completamente enganado.
Para sempre me hei de recordar daquela frase que abria o episódio em circunstâncias contigentes: "Bom dia Mr. Phelps, a sua missão, caso a aceite é..." (Em inglês tem muito mais pinta.)
O protagonista, chamado Jarod, era um autêntico objecto de estudo de uma organização putativamente secreta. Era objecto porque tinha uma capacidade intrinsseca de adoptar a profissão que quisesse: médico, advogado, dentista, militar, jornalista e tudo mais. Tinha os conhecimentos, até tinha o know-how. O que gerava, então, o drama e a tensão?
Primeiro, o rapaz fartou-se de ser estudado, e então partiu...fugiu. Logo, anda tudo atrás dele. Desde um suspeito de ser seu pai, um gajo que mal respira e...uma senhora que cuidado com ela...in many ways. Segundo, em cada episódio, o Jarod infiltra-se num meio e quer ajudar. Logo nesse meio, ou há um assassinato, um roubo, um dramalhão qualquer.
A acção, é portanto qualquer coisa parecida com isto: Jarod vai para o Minnesota, faz-se de médico, descobre que há um negócio escuro de contrabando de medicamentos, enquanto vai tendo flashes da sua infância ou passado recente sim, também há disto). Entretanto, os membros do Centro (eis o nome da organização) vão no encalço dele e até descobrem onde é que ele caiu. No final da trama, já os maus estão presos e os stalkers chegam quando o rapaz já deu ares de Vila Diogo.
Contado assim até parece uma trampa, mas todas as Sextas-Feiras a TVI forçava a minha atenção.
Vou dizer aquilo que realmente me fazia feliz no Natal (isto vai parecer mesmo à velho...mas vendo bem, novo é que nunca fui):
- Saúde para todos. A família que não está velha, está doente. - Juventude para alguns. A família que não está doente, está velha. - Felicidade para ti que, calada e aguentando, lá deixas sair uns desabafos. Sim, para ti. É mesmo de ti que estou a falar. - Permitir aos meus pais que vivam a vida com o ordenado deles sem que comigo se preocupem. - Um emprego remunerado que fosse capaz de executar bem.
São cinco coisas. Todas elas, apesar de poucas, impossíveis.
Sempre achei que o pior que pode acontecer a alguém é ser uma "fase" na vida de outrém.
Cada vez mais me sinto uma fase.
Acho que, ao fim e ao cabo, nunca fui visto como mais que isso.
Um intervalo, um lapso. Assim uma espécie de suplente que jogou bem e lá o deixaram fazer um segundo jogo a titular, sendo que bem pode sonhar com o terceiro, que nunca há de lá estar.
É. Anda por aí. Em ultima análise, cansam-se de mim.
Come up to meet you, Tell you I’m sorry, You don’t know how lovely you are I had to find you, Tell you I need you, Tell you I set you apart Tell me your secrets, And ask me your questions, Aww let’s go back to the start Runnin’ in circles, Comin’ our tails, Heads on the science apart
Nobody said it was easy It’s such a shame for us to part Nobody said it was easy No one ever said it would be this hard Aww take me back to the start
I was just guessin’, At numbers and figures, Pullin’ the puzzles apart Questions of science, Science and progress, Do not speak as loud as my heart Tell me you love me, Come back to haunt me, Oh when I rush to the start Runnin’ in circles, Chasin’ our tails, Comin’ back as we are
Nobody said it was easy Aww It’s such a shame for us to part Nobody said it was easy No one ever said it would be so hard I’m goin’ back to the start
Aqui há uns anos, estávamos na biblioteca. Não raras vezes, quotidianamente mesmo, era aquele o nosso espaço de estudo e, ao contrário de tudo o que a deontologia e ética aconselham, de boa conversa.
Fui interpelado:
- Epá, mas não queres ser advogado porquê? - Tu já viste a responsabilidade? Então vai depender de mim se alguém vai preso? E se faço merda? Se azelho? Lá vai o desgraçado bater com os costados à pildra e eu lá terei de me atirar da ponte. - Então e pensas que se fores juiz é melhor? - Se for juiz não sou advogado e continuo a pensar o que penso hoje: a culpa é dos advogados.
A incompetência, o danoninho e eu próprio tratamos de desvirtuar todas as crenças, mezinhas e benzeduras e pronto...hoje, mais que alguém, sou um número que termina com duas letrinhas: LE.
Isto foi esquecido. Pelo menos, tirou umas férias. Deve ter andado lá para Cancun ou mesmo Cuba. Eis que voltou bronzeado.
- Estou sim? É o senhor Y? - Sou sim. - Olhe, eu sou seu advogado, estou a ligar da parte de Z, que já falou consigo, gostava que cá viesse, para falarmos um bocado. - Ok! Mas, oh Doutor, preciso que seja franco comigo. Preciso mesmo de saber. - Claro, diga. - Doutor...eu vou preso?
Lá se teve a reunião com o Y. Perguntei-lhe se sabia por que crime estava acusado. Depois perguntei-lhe se sabia da moldura penal.
Quando lhe falei num par foi como se toda a vida dele fosse um grande arrependimento que não matava mas moía. E estava a moe-lo bem.
Disse-lhe para ter calma.
Porra. Sei lá eu o que digo.
quarta-feira, outubro 27, 2010
Há dias em que parece que o único ser de merda, indigno da raça humana, capaz de provocar tanto nojo como a fusão de uma barata com um ditador qualquer...sou eu.
Eu queria ter seguido um caminho. Tentei segui-lo. Foi por pouco que não o apanhei. Mas, e isso é que conta, não fui capaz.
Retrocesso.
Quando ultimava a minha saída de lá, sempre pensei que isto não ia ser assim. Mas é. Verdadeiramente, é mau. Escamotear é errado. Esconder é feio. Está mau, está injusto.
Hoje sou tratado como o pior estagiário que já teve a vergonha de aparecer naquela igreja-escritório.
Escória. Reles. Um verme.
Quando para lá mandei o curriculum, para o sacro-santo-centro, pensei que, ao menos, enquanto o pau vai e vem, as costas folgavam ali. Ainda por cima, não saía completamente da Faculdade, estava num mestrado, pelo que mau não podia ser.
Foi e é.
Sou paranoico. Quero lá saber. Este blogue serve para alguma coisa.
- Desde que lá entrei, em cada 3 conversas que tem comigo, 1 é para dizer que as "médias hoje já não são o que eram na altura" (NdR: Cavaleiro Ferreira acabou com 19. Acho que se licenciou antes daquela gordura frita. Galvão Telles, com quanto foi?)
- Não sou remunerado porque sou distraído.
- Permanentemente arranja desculpas para todas as aberrações jurídicas que profere, fazendo sempre crer que a culpa de ele ter disse o que disse foi dele.
Com este desabafo, queria só dizer uma coisa: não me lembrei que o mestrado ia acabar e que o sonho não passava disso mesmo.
Hoje, que até estava no mood para um estágio...só penso no dia em que aquilo lá há de ter um fim.
Este sitio pode já quase não servir para muito, mas tem utilidade para um especial "tudo".
Não é este o meu quadragésimo primeiro obrigado.
Seguramente, não é o quadragésimo primeiro "adoro-te".
Nem o quadragésimo primeiro "venero-te".
É, isso sim, um quadragésimo primeiro motivo para te dizer que és a tal.
Porque és.
segunda-feira, outubro 18, 2010
O tempo demora a passar. Mas demora mesmo. Não estou a falar de dias, nem de horas.
Os meses passam devagar. Os anos parecem tinta a secar numa tempestade de inverno. Os ponteiro não avançam, nada se dá.
Tenho que mudar de profissão. Acho que morrem sonhos de sociedades conjuntas, amigos a trabalharem no bem comum. Nasci para ser caixa, repositor, empregado de balcão, quiçá empregado de mesa (que ninguém ouse pensar que estou a rebaixar estas profissões! Estou só a dizer que, naturalmente, são muito menos técnicas que as minhas actuais funções...e não necessitam de tanta qualificação)
Não tenho jeito para isto, como tantas vezes terei dito ao E. e à E. Na verdade, nos últimos tempos tenho lutado contra a evidência, mas lutado a sério. Não tenho como fugir à verdade. As coisas são o que são. Isto não é a minha praia.
Só queria acabar isto para ter a sensação do dever cumprido. Depois disto...ninguém sabe. Nem eu.
O tempo demora a passar. Quem me dera que esse dia fosse amanhã.
(Estou farto daquela realidade. Farto daquela miséria fingida. Farto daquela presunção que não conhece limites. Não tenho outro remédio.)
O espaço que separava a porta da rua com a porta do carro não chegava a liquidar-se em 100 metros. Era, claramente, menos.
A conversa era a banal. Entre explicações do caso e a graçola de oportunidades, os três que partilhavam as palavras encontra um cavalheiro a limpar algo.
Era o seu camião "de fazer negócio". Todo ele de um branco angelical. Até ontem à noite. De um momento para o outro, o alvo veículo estava todo "grafitado". Os desenhos não tinham ponto de partido e certamente nunca iriam chegar.
"Viram isto muito branquinho", disse o homem que aplicava a esfregona conta a tinta. "Mas até ficou giro!". Surpresa. Ele ria-se. Achou um piadão. Estava a limpar somente o que achava imperfeito. Aparentemente, aquele acto de vandalismo foi um favor que lhe fizeram.
Os impostos vão aumentar. Muitos deles. Os salários vão descer. Para o ano estamos mais pobres. Vamos sair por cima. Porque vamos ver estes ataques como um grafiti num camião branco. Limpamos o que está a mais e vivemos com o novo desenho. Vamos adorá-lo.
- Gostava de ter, ou que existisse, um "eu daqui a um ano". Assim um "eu" que aparecesse aqui agora, vindo dali e que me dissesse qual seria a minha situação daqui por um ano. - Ahn? - Pá, do tipo, eu entregava os relatórios e o "eu daqui a um ano" aparecia e dizia o que acontecia. - Ou podia nem aparecer, porque tavas morto.
Desde ontem, por volta das 17 horas que não tenho nada para fazer, no que a desempenho profissional diz respeito.
Já hoje, passei a manhã a trocar e-mails e telefonemas com determinado fornecedor de serviços informáticos numa tentativa (até agora) infrutífera de lograr arranjo.
Eis que, depois da tarde de ontem e a manhã de hoje surge...a tarde. Fantástico.
Para além de estar a escrever tão mal, como nunca me lembro, devo dizer que é uma tarde especialmente penosa. Está a custar a passar, o que virá a seguir será divino e amanhã já é sexta. Logo, objectivamente, isto não está a ser fácil.
Há multiplas razões. Enumerem-se, a título sumário.
- Não sei o que pensar acerca de saída abrupta do Rui Moreira do programa em que ele costuma comentar qualquer coisa. Por um lado, cada um (António-Pedro Vasconcelos) diz o que bem lhe interessa e se está a desrepeitar a lei, numa hipótese remota, será responsabilizado por isso, pelo que não se vê onde se pode ter tido origem tal acção do comentador afecto ao FCP; Por outro, sei bem o que é gostar de um clube, gostar da massa associativa e da classe dirigente. Também sei o que é não gostar, mas não está aqui em causa isso. Dúvidas, dúvidas...dúvidas (Na verdade, isto não torna a minha tarde má, mas como há falta de réplica ao sucedido nos blogues em geral, apeteceu-me, lá diz a minha irmã);
- Falei, ainda há minutos, com uma colega de escritório. Para quem não sabe, há advogados estagiários que levam uma vida profissionalmente oca e desprovida de sentido. A minha só é oca. Voltando ao texto, a colega foi fazer a pergunta (que pergunta???). Fez a pergunta e a respsta foi má. Não há muitos outros adjectivos que possam servir. Má. Má de maldade. Má de perversa. Má. "O teu trabalho não traz mais-valia ao escritório (...) e o horário não é respeitado" (Something like that). Ora, devo dizer que ando para fazer a mesma pergunta há uma data de tempo. Acho que levaria a mesma resposta.
O que é que me provoca nervos e coisas perifericamente semelhantes? Saber que, há meses, fui confrontar o respondedor com a dúvida da qualidade do meu trabalho e foi-me dito que não estava nada mal.
Também sei que venho a horas, quase sempre primeiro que a secretária, algumas vezes primeiro que ele. Tenho mestrado? Não era o único e por isso não houve consequências.
Então? O que pensar disto tudo?
Pareço uma gaja, tipo Carrie sexo-e-a-cidade e este texto, por isso mesmo, acaba já aqui.
Se há um ano atrás me tivessem apresentado os textos que hoje entreguei não sei que diria. Se calhar sei. Talvez pensar que foram escritos por mim ajudasse. É isso, vou supor que há um ano me entregavam uns textos escritos por alguém que, diziam, estava numa fase de transição.
Eu lia aquilo. Que diria? Que juízo faria? Tenho em mim todas as respostas. Tenho em mim as certezas que...ter feito aquilo ou não ter feito nada quase dava o mesmo resultado. Então porque é que fiz? Porque outra não era a minha opção.
Eles lá estão. Jazem numa pilha. Foram entregues. A recepção foi de uma simpatia nunca vista, sobretudo por quem era. Foi simpática. Deu-me conselhos. Disse para ir até ao fim. Tamém disse que 14 era mau e abaixo de 14 era pior.
Depois de dizer isto só me lembrava de HRA, FAB, MBK...NAP...enfim, aqueles com quem aprendi alguma coisa. Quando penso na exclusão das responsabilidades do transportador na CB de 24 fico consciente da minha realidade, do meu campeonato. Digamos...2ª B.
Hoje, estou inabalavelmente com a auto-estima em alta.
Which means:
- Só eu é que tenho razão; - Só eu é que sei; - Só eu só eu; - Ostracismo a quem não pense o mesmo; - Tortura a quem se opuser; - Chapada a quem ousar duvidar.
Reconheço metade da culpa. Sempre achei que o repatriamento dos Romenos era justo nos moldes em que se fazia. Mas digo metade da culpa porque sempre pensei (e agora confirmo) que tal foi só uma desculpa, um precedente para o que havia de vir.
Juristas do mundo, especializados noutras areas do saber, dizei: o que são meios económicos duradouros?
Se eu estivesse em França, exactamente na mesma situação que estou em Portugal já estava a ser recambiado.
Ai pois estava.
quinta-feira, setembro 02, 2010
O mundo está cheio de pessoas infelizes.
Por infelizes entendo as pessoas que não têm aquilo que querem. Estou disposto a conversar sobre a definição, que pode sempre ser melhor.
Não sou infeliz, de acordo com a minha definição. Serei, eventualmente, parcialmente infeliz. Mas todos são, ninguém tem tudo o que quer.
Acabei de evoluir. Infeliz é a pessoa que não tem algo essencial que queria/precisava mesmo na sua vida.
Belo exercício.
O que é algo essencial?
A meu ver, isso é meramente subjectivo. Para muitos (até para mim, se bem que em menor escala, por enquanto) é dinheiro, amor, sucesso.
A quem falte, em quantidades desmesuradas, um destes três é infeliz.
Sou um presunçoso. Que sei eu disso?
Sou estou a dar uma opinião.
No entanto, se falta ao leitor um deste três em quantidade vertiginosa e é feliz, by all means, comunique. Concluirei (talvez precise mesmo de concluir) que a falta de amor, dinheiro e sucesso não traze a felicidade.
Comemora-se um aniversário, começa-se a fazer balanços. É inevitável, incontronável.
Quando os balanços são bons (assim do estilo: "epá, há um ano tinha mais 40 kilos, hoje estou impecável!" Ou "Caneco, e pensar que há um ano ainda vivia de ajudas, o salário não chegava ao final do mês e hoje está tudo tão bem encarrilado...alegria!") nada a apontar.
Pois bem, não são.
São péssimos. Tenebrosos. Dignos de por em causa projectos e ideias, estados e feitos.
O arrependimento não mata. Ainda bem.
Apesar de tudo, insisto no erro.
Por um lado, porque não consegui mudar. E se tentei... Por outro, porque quero ver até onde isto vai dar.
Apesar de tudo, há alguma juventude no autor do blogue. Resta-lhe passar por coisas ainda bem piores.
Aqui há uns anos, (diriam os antigos: quando cristo andava pelo mundo) apareceu uma campanha publicitária revolucionária.
Aquilo consistia em colocar à disposição de um individuo duas bebidas, duas colas (A pepsi e a outra...coca-cola). Ele provaria as duas, sendo que os copos de onde ingeriria tanto uma como a outra estariam tapados, sendo-lhe impossível relacionar a bebida com a marca.
Eis o anuncio, para que se perceba melhor:
Ora, como este blogue é um esgoto priviligiado da analogia e comparação fácil, abre-se o texto que se segue a dizer o seguinte: este teste serviria para tudo e mais um par de botas.
Dou uns exemplos.
- Hamburguers. - Outras bebidas, como Iced Teas. - Teclados de Computador. - Redes de Telemóvel.
Podia estar aqui a inventar mais uns quantos exemplos, mas sigo adiante (sereno e confiante, deixo a tristeza para trás - Xutos)
Se tal fosse possível, ou sequer exequível, peguemos numa mulher...digamos...uma da madragoa...quiçá do castelo...pronto, uma da margem sul, que é para não ferir susceptibilidades.
A "dama" 'tá na praia, aparecem-lhe dois fulanos. (Homens). Cada um veste igual, te corte de cabelo igual, perfume igual...resumindo, está tudo igual menos a feições que os progenitores poderam conceber.
Quanto ao físico, as diferenças são só mesmo as notórias. Quanto ao resto, por um lado teremos o sério, generoso, pacífico e amigo. Do outro não. Está o fácil, o possível, aquele que costuma de servir de bitola à expressão "são todos iguais)
Cabe a respeitável senhora escolher. Ela não sabe nada disto.
Quem é que ela vai escolher?
Como ando permanentemente a esquivar-me ao dever ser que devia mesmo ser, ando a pensar em coisas que podia reservar para o final do dia, fora do arbit. Mas não.
Lendo por ali e acolá sempre a velha treta do "são tod@s iguais" (tantos homens como mulheres dizem isto uns dos outros) parece-me tempo de ver até que ponto a coisa se verifica.
Como tenho dito, até hoje, que (ainda bem que) as mulheres não são todas iguais (já viram se tudo fosse igual, de corpo e feito, à Manuela PSD?), e que os cavalheiros muito menos (embora não me importasse de ser gabado como o são os astros hollywoodescos), as próximas horas são passadas a constatar da dita igualdade.
Sim, eu sei. Não é preciso dizer. Vou arranjar que fazer.
Títulos parvos à parte, há uma coisa que me fascina no PSD: o remate do discurso. É qualquer coisa como "Viva o PSD, viva Portugal".
"Normal", dirão uns. "Normalissimo", dirão outros. "Um big mac, menu verão com coca-cola", dirão, ainda outros. O que me faz confusão, não é o remate. É o tom, a oportunidade e a repetição da fórmula seja qual for o discurso. Se aquilo é dito no final de um texto cuja mensagem "escape", gera-se uma estranheza impar.
Testemos.
"O Homem teve a necessidade de encontrar energias alternativas a aquelas que são esgotáveis para suprimir as suas necessidades e eliminar os problemas ambientais. Das alternativas possíveis são a Energia Eólica, energia Solar, energia Geotérmica, energia das marés, energia Hidrológica e a energia da Biomassa. As fontes de energia estão ligadas ao tipo de economia: quanto mais industrializada ela for, maior será o uso de energia"
Viva o PSD, viva Portugal.
ou ainda,
"A expressão “fontes de Direito” admite diversos entendimentos, ou conteúdos. Um substancial respeita à origem e à razão vinculativa das normas; outro formal, abrange os revestimentos pelos quais os preceitos jurídicos se revelam, são enunciados, se apresentam aos seus destinatários. É neste sentido formal que a expressão vai aqui ser empregada. A Constituição material, abrange necessariamente, os mais diversos sectores. Assim, não será concebível que o direito á vida, o direito a constituir família, a não retroactividade da lei penal, o poder paternal, etc., não tenham relevância, e ao nível das formas fundamentais, impondo-se ao legislador ordinário, se a Constituição escrita, por demasiado sucinta, ou por qualquer outro motivo, não tiver enunciado tais princípios ou direitos. Não há dúvida que a difusão das “declarações de direitos” e das regras fundamentais do chamado “Estado de Direito” vieram reforçar a orientação neo-jusnaturalista e dar volume à ideia de uma Constituição material que se sobrepõe à Constituição formal. Esta sobreposição poderá mesmo suscitar o problema de uma admissível inconstitucionalidade formal, por inobservância de alguma ou mais regras da Constituição material."
Viva o PSD, viva Portugal.
Qual será, então, a conclusão a que quero chegar? Simples.
Terminavam o discurso assim: "É memo assim". (Memo, não mesmo).
Dá para tudo. Não soa a fascista. Soa ligeiramente a bronco. Mas isso ninguém leva a mal.
Digamos que a toada, neste momento, está abstrata. Como o início do "all I need". Diria mesmo que a melodia (lyrics and vocals off) estava tipo luva para a mão cheia de tudo que o dia de hoje está a trazer.
Tá bem, este arrazoado de letras cabia no facebook.
O SCP procedeu, neste verão, a duas importantes acções de gestão. A primeira foi, num negócio em que o clube de Alvalade, de que eu sou adepto, só ganha, vender João Moutinho a um rival directo. Ganhou-se dinheiro, minou-se o adversário. Menos um. A segunda foi vender Miguel Veloso (todos os grandes da Europa atrás dele...)...ao Génova. Quando um clube com o nome da cidade que representa não consegue ser o melhor do pedaço (Sampdória...) está tudo dito.
Mais do que o dinheiro, venderam-se dois elementos que nunca souberam o valor que tinha. Mais do que alivio, só se pode sentir com a partida daquelas aves raras uma limpeza no balneário e, se não no balneário, nos zunzuns que se faziam, cada vez que os meninos queriam sair, já não queriam brincar mais ao Sporting.
Ao contrário de Viana, Quaresma, Simão que sairam a bem (e só falo das saídas de imediato e não na carreira subsequente), estas pérolas serviram para degradar o tradicionalmente elevado nível de capital humano que o Sporting tem.
Se somos, porque é que nos repudiaste? Se somos, porque é que soubeste afastar-nos? Se somos, para quê essa jihad constante? Se somos, porque é que não o dizes? Se somos, pede-nos desculpa.
Mas admito a hipótese de não sermos.
Se não somos, para quê tanta celeuma à volta do que já não te diz respeito? Se não somos, porque é que opinas sobre algo que não te tem de interessar? Se não somos, porque raio havia a nossa agenda social ser assunto entre ti e o teu namorado? Se não somos, para quê tanta página de literatura virtual com dedicatória expressa?
Entendamos-nos. Não havia nem uma alma que não gostasse de ti. Hoje há várias. Não havia ninguém com mais vontade das tuas piadas e do teu sarcasmo. Hoje ninguém o pode aturar. Não havia ninguém que te dissesse não. Hoje não encontras ninguém que te diga sim.
Eu sei porque é que veio tudo isto. Sei bem. Sei quando falas em horário conveniente para funerais. Sei quando usas e abusas do termo cemitério.
Sei quando se deu tudo isto.
Responsabilizaste as pessoas erradas, as únicas que nunca te viraram a cara.
Por mim, perdeste-te. Para qualquer coisa. Para qualquer lado, para alguém.
Mas, se assim foi, de facto, porque é que continuamos a ser assim tão importantes para ti?
O autor (termo extremamente técnico) está com calor e assinalavelmente entediado. Vai daí, posta uns videos porque, diga-se e sublinhe-se, não tem o talento e a criatividade de outr@s.
Para hoje, uma batalha de bandas. Melhor, de uma banda contra uma pessoa singular. Sentido técnico, também.
Para mim, ganha sempre quem estiver mais perto da peninsula ibérica.
7 — São admitidos a exame psicológico de selecção os candidatos que obtiverem classificação igual ou superior a 10 valores em todas as provas de conhecimentos que integram a fase oral.
Legislador ordinário
Sublinho: todas.
A bem da verdade, se lá dissesse "alguma das" em vez de "todas" dava exactamente no mesmo.
Disse uma vez o David: "I'll guess i'll try again tomorrow".
Se fossemos lá por dias, dava qualquer coisa como 1095 dias. Por horas, 26280. Ainda que sejam contas que não relevem, nem só um bocadinho, a verdade é que quero, preciso, que tripliquem, quadrupliquem, por aí fora.
Estou contigo.
Quando estava a ver a minha sobrevivência académica a ir-se, apareceste. Quando já via que era impossível seguir para uma vida digna desse epiteto, constaste.
Todas estas palavras são demasiado públicas, bem o sei, mas tenho que encontrar todas as maneiras que tiver ao meu alcance para te elogiar.
Mereces cada verbo.
É grande o teu peso em mim. É determinante a tua influência, o teu efeito.
Como tal, pela bilionésima vez, obrigado.
Por tantos dias, por óptimas noites, por todas as horas, por cada minuto, por cada beijo, por cada ajuda, por cada paciência, por tudo.
Hoje, como sempre, não te mereço.
Mas, se me escolheste, tentarei fazer de ti a pessoa mais feliz do mundo.
Escrevo este post da Bilbioteca da Faculdade de Direito de Lisboa, instituição onde pude tomar contacto com o génio académico.
Só sabendo da sua importância antes e depois da revolução de Abril de 74 através de leituras multiplas, a superioridade intelectual foi vivida e sentida na pele. Recordo as aulas, os manuais, até uma oral de melhoria, a primeira do meu iter jurídico.
Obnubila-se aquele que era, provavelmente, o mais incompreendido.
A Faculdade já lhe sente a falta desde que saiu.
Com toda a certeza, o mundo está muito mais pobre.
Tem existido um sentimento de nostalgia, acho que está bem patente. Tem-me dado, então, para rever o passado recente, ver o que se passou, o que fiz, sozinho, ou conjuntamente. Deparei-me com isto.
Lembro-me que foi feita numa mesa da parte cimeira do bar novo da Faculdade de Direito de Lisboa.
Estavam, então, dois junior-juristas sentados, cheios de boas intenções e prontos para o debate.
As semanas de campanha foram do melhor. Naquela instituição de ensino, obviamente, as posições extremavam-se. Dialogar, perceber pontos de vista, rebater argumentos foram exercícios levados a cabo, tanto por mim como pelo colega de blog. Foi mesmo enriquecedor.
Já há algum tempo que não converso com o camarada de painel sobre o tema. Quanto a mim, subscrevo, hoje, a totalidade daquela carta.
Chegou, novamente, aquele momento que é cíclico na minha vida. O momento em que a continuidade, mais ou menos agradável, conforme a época, acaba, entra uma ruptura colossal, vem a mudança e o passado é mais que certo e fica lá bem arrumado.
Nunca senti tão na pele a importância das minhas palavras.
(Lamentável blogger este que repete títulos batidíssimos. Natureza da mediocridade)
Fazendo mal as contas, concluiu-se o ensino superior há cerca de 10 meses. Portanto, mal citando la palisse, foi há menos de um ano.
Bom, está tudo como estava antes de se ter começado o dito, ou seja, há 6 anos.
O que quero eu dizer com isto?
De muitos momentos de soliedariedade, planos conjuntos, vivências mutuas, resta nada. Como se ninguém se conhecesse. Como nunca houvesse lugar a tantas e tantas horas de angustias e alegrias, a vida prosseguiu. E isso é tão duro.
A vida continuou por um lado, renasceu, por outro, findou num outro ainda, e melhorou, isto para rematar.
Há uma diáspora, um movimento migratório sem devir. É tão estranho. Findo o espaço comum, nada mais resta. Nada mais restou.
Para sempre está isto condenado.
Não que o encontro casual seja como seria se nada neste quinquénio tivesse acontecido. Pelo contrário. Acontece é que nada mais será, senão mesmo um encontro casual.
Irremediavelmente, estamos vetados à vida adulta.
Normalmente ela traria dinheiro e responsabilidades, alegria e luta, quiçá mesmo bem em mal.
Eis a descoberta de uma grande amiga. (Bons tempos em que escrevias, miúda) Na verdade, ainda que exagerem na parte dos assaltos, há que transigir em muito. Desde imagens do quotidiano diário, até memórias de um passado não muito distante, está cá tudo. Palpita-me que vou ouvir isto vezes e vezes...
Claro que não era vivo quando tudo aconteceu. Evidentemente que não vivi numa época anterior e, na prática, não tenho termo de comparação. Não é menos verdade que nunca comi dejectos e sei que os odeio. Perceber que hoje somos e estamos melhor é saber que valeu a pena.
Um mimo, a fazer lembrar os tempos em que o mesmo perguntava quid juris se o presidente da AAFDL fosse apanhado a ter relações com uma menor. Sempre na berra, o cavalheiro. Sempre na ordem do dia.
Pensa-se na pergunta, coloca-se a mão em cima do livro, pensa-se na pergunta por 10 segundos, aproxiamadamente, abre-se, folheia-se até à página que terá a resposta e lê-se.
Hoje fiz duas vezes a mesma pergunta.
1ª Resposta: Vai ficar desiludido.
2ª Resposta: Terá de tomar a iniciativa.
Começo a acreditar. É que ambas fazem sentido e, mais ainda, não se anulam, antes complementam-se!
"- Bem, agora que chegámos ao fim destas sessões, gostaria de ouvir as vossas opiniões sobre as mesmas. Vamos começar por si, que esteve sempre tão bem e tão segura. - Bom, sr.Professor, eu adorei, aprendi imenso, foi óptimo, foram os meus seminários preferidos, e espero que a tese tenha a ver com isto, porque eu sinto a vocação. Obrigado por todo o apoio, dos senhores professores e dos colegas. - Ah, obrigado! Foi sempre um prazer ouvi-la. Faz-me lembrar uma história com o (...) em que ele estava a dar uma aula e, quando acabou, veio ter comigo e perguntou se queria ir jogar bridge. Eu, na altura, não jogava bridge, nem sabia bem o que isso era, lá fui...e olhe, foi até hoje. Você faz-me lembrar esse professor, que só me levou por bons caminhos e sempre disse qualquer coisa de útil. Bom, de um lado completamente oposto, ahahahaha, temos aqui o lev davidovich, diga lá de sua justiça! - Bom, a honestidade intelectual lá me obriga a dizer que foram seminários onde tive efectivamente de puxar pela cabeça, mas cumpre ser sincero: foram ataques permanentes ao ego, à pessoa e às palavras. Nunca na vida terei visto tanto enxovalho. Felizmente, tão depressa era eu o visado pelas críticas pessoais, como certos e determinados professores, designadamente, outros que regem uma cadeira que aparenta ser por si ambicionada. Aí, tudo igual. Agora, felizmente que têm ambos uma carreira universitária, uma melhor que outra, convenha-se, porque as relações humanas, o respeito básico e tudo o que pode caracterizar a decência está em falta, se não mesmo perdido para todo o sempre. Termino o que aqui digo com votos dos maiores sucessos. Não para mim, claro, que depois de tudo dito, a penalização, oportunamente, virá. Digo para o vosso futuro. Não o perspectivo brilhante, nem especialmente feliz."
Supondo (esta já mais possível e até mesmo já agendada),
"- Queria dar-lhe uma palavrinha, posso entrar? - Sim, sim, entra! Diz! - Bom, tendo em conta a entrevista e o que me disse nela, só posso concluir que o trabalho não foi suficiente. Na verdade, pensei que haveria uma evolução, da minha parte, naturalmente, no que toca a este mundo que descubro todos os dias. - Ahn? - Tenho mesmo de perceber, e percebo, que, aqui, só um estorvo, mais que um contributo. Mais uma despesa e fonte de preocupações, miúdas claro, que pode bem ser dispensada. O que quero dizer é que vou sair daqui, deste edificio, desta companhia. - Hmmm... - Há episódios que não consigo contornar, há atitudes suas que não são suportáveis, não sei mesmo até que ponto não terá havido falta de respeito, pelo menos, intelectual. Percebi que, numa primeira fase, a qualidade, volume e exigência do trabalho teriam que ser menores. Não o contesto. Acontece que passo aqui 10 horas do meu dia, ainda que com um pequeno intervalo. Não estando cá todos os dias da semana, isso não lhe pareceu ser impeditivo do que quer que seja. Hoje, com um cartãozinho azul, tenho exactamente o mesmo estatuto de há 8 meses. Não evolui, não regredi, estou na mesma. Daqui retiro que não percebo nada disto, que não sou preciso, que não faço a diferença, nem sequer consigo contar para a estabilidade. É frustrante e, francamente, pensei que fosse diferente trabalhar consigo. Afinal de contas, e isto que fique bem esclarecido, não lhe imputo seja o que for. De resto, já lhe disse que não é certo que me tenha faltado ao respeito. Acontece que, quando me vejo enquanto problema, torna-se fácil resolver, resolver-me. Aceite a minha saída, guardarei boas memórias, suas e do resto."
Parece que passou despercebida a intenção do meu último post. Na verdade, quero inaugurar nova categoria. Noto, de resto, que preferem o meu lado azeiteiro, pois então hei de encher isto de autênticos lagares de unto. Pois bem, peguem lá um clássico!
O eterno confronto entre os velhos e novos tempos tem expressão em tudo. Até na música. Veremos até que ponto as velhas roupagens ficam bem quando re-vestidas por novos tecidos.
(Não se deve começar texto algum com a expressão "ora bem", não é bonito, não é correcto)
Ora bem, desde que foi eleito, tenho com ele uma conta corrente. Ora entra benefício, ora sai. Digamos que não está no alto. Todavia, há certas alturas, em que sobe...e sobe muito.
Com os testes de aferição aí à porta... Com as apresentações a quererem pôr a cabeça de fora...
Com situações como estas...
Recordo-me, muitas vezes mesmo, de um diálogo que existiu, há uns bons anos, bons mas mesmo bons, ocorrido no programa "Minas e Armadilhas", que era dos primórdios da Sic.
Trata-se de um programa de apanhados.
Sem me lembrar bem qual era a situação, Sem saber ao certo qual dos intervenientes era o apanhado,
Inesquecível é a tirada:
"Shor guarda! Olhe que a gente está aqui no meio da merd@.."