sexta-feira, maio 07, 2010

De rerum natura

(Lamentável blogger este que repete títulos batidíssimos. Natureza da mediocridade)

Fazendo mal as contas, concluiu-se o ensino superior há cerca de 10 meses.
Portanto, mal citando la palisse, foi há menos de um ano.

Bom, está tudo como estava antes de se ter começado o dito, ou seja, há 6 anos.

O que quero eu dizer com isto?

De muitos momentos de soliedariedade, planos conjuntos, vivências mutuas, resta nada.
Como se ninguém se conhecesse.
Como nunca houvesse lugar a tantas e tantas horas de angustias e alegrias, a vida prosseguiu.
E isso é tão duro.

A vida continuou por um lado, renasceu, por outro, findou num outro ainda, e melhorou, isto para rematar.

Há uma diáspora, um movimento migratório sem devir. É tão estranho.
Findo o espaço comum, nada mais resta. Nada mais restou.

Para sempre está isto condenado.

Não que o encontro casual seja como seria se nada neste quinquénio tivesse acontecido. Pelo contrário. Acontece é que nada mais será, senão mesmo um encontro casual.

Irremediavelmente, estamos vetados à vida adulta.

Normalmente ela traria dinheiro e responsabilidades, alegria e luta, quiçá mesmo bem em mal.

Hoje, há luta, responsabilidades e mal.

Alguém se esqueceu que a moeda tem duas caras.