I., somos assim tão importantes para ti?
Se somos, porque é que nos repudiaste? Se somos, porque é que soubeste afastar-nos? Se somos, para quê essa jihad constante? Se somos, porque é que não o dizes? Se somos, pede-nos desculpa.
Mas admito a hipótese de não sermos.
Se não somos, para quê tanta celeuma à volta do que já não te diz respeito? Se não somos, porque é que opinas sobre algo que não te tem de interessar? Se não somos, porque raio havia a nossa agenda social ser assunto entre ti e o teu namorado? Se não somos, para quê tanta página de literatura virtual com dedicatória expressa?
Entendamos-nos. Não havia nem uma alma que não gostasse de ti. Hoje há várias.
Não havia ninguém com mais vontade das tuas piadas e do teu sarcasmo. Hoje ninguém o pode aturar.
Não havia ninguém que te dissesse não. Hoje não encontras ninguém que te diga sim.
Eu sei porque é que veio tudo isto. Sei bem.
Sei quando falas em horário conveniente para funerais.
Sei quando usas e abusas do termo cemitério.
Sei quando se deu tudo isto.
Responsabilizaste as pessoas erradas, as únicas que nunca te viraram a cara.
Por mim, perdeste-te. Para qualquer coisa. Para qualquer lado, para alguém.
Mas, se assim foi, de facto, porque é que continuamos a ser assim tão importantes para ti?