sexta-feira, novembro 30, 2007
Polissemias
Em buscas recentes, percebi algo: não sei o que é um problema.
Sei que há problemas matemáticos, problemas financeiros e, depois, há todos os outros e esses não sei quais são.
Pior: vejo-os em todo o lado. Vejo coisas que não sei o que são. Penso nelas e nem as conheço.
Isto sim, é bizarro.
Sei que há problemas matemáticos, problemas financeiros e, depois, há todos os outros e esses não sei quais são.
Pior: vejo-os em todo o lado. Vejo coisas que não sei o que são. Penso nelas e nem as conheço.
Isto sim, é bizarro.
quinta-feira, novembro 29, 2007
Urbi et Orbi
Anselmo vai à mercearia comprar 6 litros de leite. Paga, ao merceeiro, 6 euros por todos os pacotes.
Saindo da mercearia, dirige-se, a pé, para casa, quando o merceeiro lhe pergunta, do seu estaminé, se não quer comprar, também, ovos, farinha, açúcar e chocolate para fazer um bolo. Vendia-lhe tudo" barato". Anselmo aceita.
Quando chega a casa, Anselmo quer resolver o contrato.
- Qual contrato?
Saindo da mercearia, dirige-se, a pé, para casa, quando o merceeiro lhe pergunta, do seu estaminé, se não quer comprar, também, ovos, farinha, açúcar e chocolate para fazer um bolo. Vendia-lhe tudo" barato". Anselmo aceita.
Quando chega a casa, Anselmo quer resolver o contrato.
- Qual contrato?
terça-feira, novembro 27, 2007
Milagres
Estão 4 Seres-Humanos sentados a mesa. O espaço envolvente proíbe o fumo.
Todas as almas sentadas são respeitadores juristas, cumpridores da lei, regulamentos, normas corporativas e despachos normativos.
Tomam café.
Há uma empregada, diligente, uma autêntica empregada média, que arruma as mesas. Cabia-lhe, entre tantas funções, impedir o fumo naquela área.
A mesa onde os insignes conversavam estava coberta pela chávenas do já consumido café, praxe de um almoço completo. Cabia, então, à empregada, arrumar as peças.
Caminhando para a mesa, fumo sube, ad coelum, e a senhora nota. A proveniência era a parte de baixo do sacro tampo.
Servil à sua tarefa, pergunta à mais distinta donzela, uma imponente mulher, dotada de uma aparência carismática, se esta não estaria a fumar.
Espantada, pergunta: "Eu?". Com isto, levanta a mão direita, e entre o dedo indicador e média tinha, aceso, um Camel, causa de todo o fumo.
"Meu Deus!" exclamou a incandescente diva.
Tinhamos presenciado um Milagre.
Foi o Milagre da FDL
(Texto ortografica e gramaticalmente corrigido)
Todas as almas sentadas são respeitadores juristas, cumpridores da lei, regulamentos, normas corporativas e despachos normativos.
Tomam café.
Há uma empregada, diligente, uma autêntica empregada média, que arruma as mesas. Cabia-lhe, entre tantas funções, impedir o fumo naquela área.
A mesa onde os insignes conversavam estava coberta pela chávenas do já consumido café, praxe de um almoço completo. Cabia, então, à empregada, arrumar as peças.
Caminhando para a mesa, fumo sube, ad coelum, e a senhora nota. A proveniência era a parte de baixo do sacro tampo.
Servil à sua tarefa, pergunta à mais distinta donzela, uma imponente mulher, dotada de uma aparência carismática, se esta não estaria a fumar.
Espantada, pergunta: "Eu?". Com isto, levanta a mão direita, e entre o dedo indicador e média tinha, aceso, um Camel, causa de todo o fumo.
"Meu Deus!" exclamou a incandescente diva.
Tinhamos presenciado um Milagre.
Foi o Milagre da FDL
(Texto ortografica e gramaticalmente corrigido)
segunda-feira, novembro 26, 2007
Círculos
É frequente lembrar-me do efeito que a água estagnada produz assim que lhe toco com um dedo: aqueles círculos que se alastram, crescem e desaparecem.
É assim com tudo, mas tudo mesmo.
Tiradas filosóficas à parte, lembro-me dos círculos por um episódio ocorrido numa carruagem do metro, que parava, volta das 8.45h, na Cidade Universitária. Um diálogo:
- "Há bocado a senhora passou e bateu-me no pé e nem pediu desculpa. Eu não sou parede."
Dito isto, seguiu, não sem antes soltar um "anormal".
A destinatária ficou com ar de espanto e um sorriso sarcástico.
Á saída, uns estudantes, que partilhavam a carruagem, começam a comentar:
- "Dizia a Profª. Paula Costa e Silva que o processo existe porque, desde que existam dois Homens, pode haver conflito"
- "O que eu mais gostei foi da justificação"
- "Ehehehe"
Nasce a contenta, gera-se a discussão, acaba tudo ali.
Como os círculos na água.
É assim com tudo, mas tudo mesmo.
Tiradas filosóficas à parte, lembro-me dos círculos por um episódio ocorrido numa carruagem do metro, que parava, volta das 8.45h, na Cidade Universitária. Um diálogo:
- "Há bocado a senhora passou e bateu-me no pé e nem pediu desculpa. Eu não sou parede."
Dito isto, seguiu, não sem antes soltar um "anormal".
A destinatária ficou com ar de espanto e um sorriso sarcástico.
Á saída, uns estudantes, que partilhavam a carruagem, começam a comentar:
- "Dizia a Profª. Paula Costa e Silva que o processo existe porque, desde que existam dois Homens, pode haver conflito"
- "O que eu mais gostei foi da justificação"
- "Ehehehe"
Nasce a contenta, gera-se a discussão, acaba tudo ali.
Como os círculos na água.
domingo, novembro 25, 2007
Música para a Semana
Pedia-se, desde algumas semanas, um nome de verdadeira qualidade para esta rubrica semanal.
Ei-lo: Norah Jones.
Mais que uma música, é uma mensagem.
Porque, ao fim e ao cabo, todos os dias da semana vindoura, sem excepção, terão, ao final da sua tarde, esta expressão.
Ideias
Ao começar este blog, tinha duas ideias que eram como que dados adquiridos, na minha cabeça:
- Sou um velho mental;
- Tinha atingido o auge da minha existência, ou, numa linguagem mais óbvia, já tinha conhecido os limites superiores da uma existência feliz.
A isso declaro fim.
Não sou velho mental nenhum: falta-me viver tudo. Sei-o porque há situações para as quais só conseguirei dar resultado positivo e respectivo seguimento se as viver, intensa, árdua e totalmente.
Quanto à felicidade...
Se tratados há quanto à dita, o que sinto não é positivável: nunca será sequer palpável.
Hoje, o sentimento a que me refiro não é apreensível por acções solitárias, atitudes errantes ou episódios de one-man-show. Se em sociedade vivemos é por ela que recebemos o que falta faz. Desse grupo, terá de vir alguém, específico, que transmita uma mensagem tal que, por exemplo, se escrevam textos destes em blogs.
A felicidade concede-se.
Concederam-ma.
- Sou um velho mental;
- Tinha atingido o auge da minha existência, ou, numa linguagem mais óbvia, já tinha conhecido os limites superiores da uma existência feliz.
A isso declaro fim.
Não sou velho mental nenhum: falta-me viver tudo. Sei-o porque há situações para as quais só conseguirei dar resultado positivo e respectivo seguimento se as viver, intensa, árdua e totalmente.
Quanto à felicidade...
Se tratados há quanto à dita, o que sinto não é positivável: nunca será sequer palpável.
Hoje, o sentimento a que me refiro não é apreensível por acções solitárias, atitudes errantes ou episódios de one-man-show. Se em sociedade vivemos é por ela que recebemos o que falta faz. Desse grupo, terá de vir alguém, específico, que transmita uma mensagem tal que, por exemplo, se escrevam textos destes em blogs.
A felicidade concede-se.
Concederam-ma.
sábado, novembro 24, 2007
Coisas com (ou sem) piada
- Boa noite, queria participar um rapto, por favor.
- Com certeza! Quem é que foi raptado?
- As sabinas.
- Com certeza! Quem é que foi raptado?
- As sabinas.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Tudo
"Ocorre uma síntese, em sentido próprio: os princípios acolhidos para o núcleo do sistema não se obtêm de modo arbitrário, antes derivando da história e da cultura; os elementos existentes na periferia não têm mera origem empírica, antes se ordenando e completando em função dos princípios gerais presentes no centro. Todo o sistema se movimenta em vias de sentido duplo centro-periferia, numa junção entre cultura e racionalidade ou sistema interno e sistema externo que possibilitará, depois, sucessivos saltos qualitativos no campo jurídico-científico."
CORDEIRO, MENEZES TRATADO DE DIREITO CIVIL PORTUGUÊS I PARTE GERAL TOMO I, 3ª EDIÇÃO 2005
"Assentes as premissas de que a sociabilidade é uma característica natural do homem, de que a natureza é eminentemente normativa, que a lei natural constitui a participação humana, através da razão, na lei eterna, e é, portanto, imutável, embora susceptível de desenvolvimentos, o Anjo das Escolas conclui que o poder civil transcende o tempo e o espaço, a diversidade de crenças e raças"
ALBUQUERQUE, RUY E ALBUQUERQUE, MARTIM HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
1º VOLUME, 11ª EDIÇÃO
CORDEIRO, MENEZES TRATADO DE DIREITO CIVIL PORTUGUÊS I PARTE GERAL TOMO I, 3ª EDIÇÃO 2005
"Assentes as premissas de que a sociabilidade é uma característica natural do homem, de que a natureza é eminentemente normativa, que a lei natural constitui a participação humana, através da razão, na lei eterna, e é, portanto, imutável, embora susceptível de desenvolvimentos, o Anjo das Escolas conclui que o poder civil transcende o tempo e o espaço, a diversidade de crenças e raças"
ALBUQUERQUE, RUY E ALBUQUERQUE, MARTIM HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
1º VOLUME, 11ª EDIÇÃO
terça-feira, novembro 20, 2007
Fim da Sequência
Acabou a série de posts a postar pelo motivo previamente referido.
Grato pela compreensão.
Grato pela compreensão.
Fim da Sequência
Acabou a série de posts a postar pelo motivo previamente referido.
Grato pela compreensão.
Grato pela compreensão.
Consciências
Quando tinha 14 anos sempre me vi como um velho com cara de puto.
Hoje, descubro que sou um gajo novo. Um Puto
(Adendado/Emendado)
Hoje, descubro que sou um gajo novo. Um Puto
(Adendado/Emendado)
Decreto: Hino
She may be the face I can't forget
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She may be the song the summer sings
May be the chill the autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day
She may be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
She may not be what she may seem inside her shell
She who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so crowded and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
But I'll remember till the day I die
She may be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in many years
Me, I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is she
She
She
The trace of pleasure or regret
May be my treasure or the price I have to pay
She may be the song the summer sings
May be the chill the autumn brings
May be a hundred different things
Within the measure of a day
She may be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into a heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
The smile reflected in a stream
She may not be what she may seem inside her shell
She who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so crowded and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
But I'll remember till the day I die
She may be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough in many years
Me, I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is she
She
She
Sonoplatia
Ele há músicas ridículas.
Quis pôr a versão dos Santa Esmeralda, que é mais mexida.
Fica esta.
Sequência
Vão seguir-se uma série de posts, uns com videos, outros com ditos.
Não tenho nada melhor para fazer.
Não tenho nada melhor para fazer.
Calmamente...
Penso numa lareira a crepitar, vejo uma cadeira de baloiço, uma sala rústica, eventualmente de madeira, e toda uma mobília usada pelo tempo.
Há, na divisão, dois sofás e um está ocupado.
Vê TV como se toda a eternidade se tivesse apossado dele. Fuma cachimbo, provavelmente por, na juventude, nunca ter feito semelhante proeza.
Com ele, ela.
Não largou o mesmo olhar que a caracterizava quando mais nova. Não perde o riso e sorriso que faziam perder a cabeça do distraído transeunte.
Está formosa como teria sido sempre seu apanágio.
No seu diálogo, a reforma de todo um sistema legislativo civil. Alegremente, trocam-se piadas a esse respeito.
(mais um momento sala de estudo)
Há, na divisão, dois sofás e um está ocupado.
Vê TV como se toda a eternidade se tivesse apossado dele. Fuma cachimbo, provavelmente por, na juventude, nunca ter feito semelhante proeza.
Com ele, ela.
Não largou o mesmo olhar que a caracterizava quando mais nova. Não perde o riso e sorriso que faziam perder a cabeça do distraído transeunte.
Está formosa como teria sido sempre seu apanágio.
No seu diálogo, a reforma de todo um sistema legislativo civil. Alegremente, trocam-se piadas a esse respeito.
(mais um momento sala de estudo)
segunda-feira, novembro 19, 2007
Momentos
Da cabeça idiota, saiem pensamentos idiotas.
Mas, do ecrã colorido, sai uma resposta à altura.
É seu deixar-me assim.
Extasiado.
Mas, do ecrã colorido, sai uma resposta à altura.
É seu deixar-me assim.
Extasiado.
Post que Aparece sempre nestas alturas
Há alturas em que ficamos a saber aquilo que devia ter ficado esclarecido num momento prévio.
É ruim, é desagradável.
Pode sempre ser pior: se ficamos a saber por terceiros, ainda que esses terceiros nem tenham personalidade jurídica.
Contrariamente ao que se possa pensar, há acontecimentos, factos, tentativas, comportamentos que podem nunca chegar ao conhecimento da generalidade, ou da especificidade. O que caracteriza esses comportamentos é que não são, mesmo, de forma alguma, de jeito maneira (dizia o brasuca) susceptíveis de serem conhecidos. Se o são, posts destes acontecem.
Se o são, o blogger começa a reflectir sobre a essência do homo e, sobretudo, sobre a natureza das relações que ele establece.
Por fim, o blogger apercebe-se que perdeu tempo demais a pensar no mesmo centro de imputação de normas jurídicas. Perdeu tempo a pensar no que foi, mas pior: no que será.
Altura haverá em que não haverá mais paciência para reflexões deste tipo.
Altura chegará em que se percebe que tudo está em causa. Ainda que nada do que esteja escrito seja abalado.
Numa toada próxima: há meses terei tipificado um certo delito. Ora bem, preenchendo-se a previsão, cai a estatuição, verdad?
É ruim, é desagradável.
Pode sempre ser pior: se ficamos a saber por terceiros, ainda que esses terceiros nem tenham personalidade jurídica.
Contrariamente ao que se possa pensar, há acontecimentos, factos, tentativas, comportamentos que podem nunca chegar ao conhecimento da generalidade, ou da especificidade. O que caracteriza esses comportamentos é que não são, mesmo, de forma alguma, de jeito maneira (dizia o brasuca) susceptíveis de serem conhecidos. Se o são, posts destes acontecem.
Se o são, o blogger começa a reflectir sobre a essência do homo e, sobretudo, sobre a natureza das relações que ele establece.
Por fim, o blogger apercebe-se que perdeu tempo demais a pensar no mesmo centro de imputação de normas jurídicas. Perdeu tempo a pensar no que foi, mas pior: no que será.
Altura haverá em que não haverá mais paciência para reflexões deste tipo.
Altura chegará em que se percebe que tudo está em causa. Ainda que nada do que esteja escrito seja abalado.
Numa toada próxima: há meses terei tipificado um certo delito. Ora bem, preenchendo-se a previsão, cai a estatuição, verdad?
Causa/Efeito
Ser banana/Aprender a não ser
Ser flexível/Desprezo
Ser um gajo porreiro/Take me for granted
Ser flexível/Desprezo
Ser um gajo porreiro/Take me for granted
domingo, novembro 18, 2007
Musica para a Semana
Vem na linha de tudo o resto.
Oiço-a desde muito novo. Não que agora seja um velho, mas era uma autêntica criança quando ma enviaram através do IRC.
Eram alturas engraçadas: dava nomes falsos, falava com múltiplas personalidades, descobria novas culturas e ideologias e passava (muito) tempo.
Vêm algumas recordações à cabeça, mas a riqueza desta musica está na sua letra.
Apreciável.
sexta-feira, novembro 16, 2007
Decadência
Hoje fui ao cinema e assisti à exibição de um filme Português, cujo título começa com a letra C, acaba com a letra O e, no meio, tem orrupçã.
Antes deu o trailer do Gangster Americano.
O Bilhete custa 4 euros.
Falei de tempo e de dinheiro.
Se me perceberem bem, ainda aludo ao facto de poderem fazer a coisa certa com estes dois factores.
Antes deu o trailer do Gangster Americano.
O Bilhete custa 4 euros.
Falei de tempo e de dinheiro.
Se me perceberem bem, ainda aludo ao facto de poderem fazer a coisa certa com estes dois factores.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Subitamente…
Imagino-a, face alva, cabelos esvoaçando, na Costa da Caparica. Os olhos, semicerrados pela força do vento que contra ela voa, não perdem o encanto , continuam apaixonantes.
O encontro, marcado, viria, então, a ter lugar. Por trás, surgiu o corpulento vulto. De uma vez abraçou-a. Encostou a sua cara à dela, bochecha com bochecha. O sorriso na face de ambos era disfarçado mas sentido.
No horizonte, já se punha o sol, já se faziam horas para voltar.
( momento imaginado numa calma sala de estudo )
terça-feira, novembro 13, 2007
Frases de Sempre
"O Processo existe porque basta haver dois homens para haver conflitos".
Regencias Recentes.
Regencias Recentes.
segunda-feira, novembro 12, 2007
A Raridade
Inacreditável.
Descendo a escada, como faz de segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora, dificilmente me fariam mudar o ângulo de visão quando me deparo com aquela miragem.
Sublime.
O caminhar até mim arrepia: face, olhar, andar...tudo numa perfeita equação em que o resultado são duas almas que se interceptam.
Mas agora é para falar de uma dessas almas.
Sentado que estou, admiro. Está à minha frente o maior exemplar da divindade personificada. É mais que um corpo: é toda uma aura que a cerca, que me chama, que me conquista, a cada olhar e a cada suspiro.
Hoje, o negro misturava-se com o branco. A harmonia não poderia ser maior. Estava perante a mais pia das Madonnas renascentistas. O ar era mais puro.
Que tem isto de raro, afinal?
Nada.
Descendo a escada, como faz de segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora, dificilmente me fariam mudar o ângulo de visão quando me deparo com aquela miragem.
Sublime.
O caminhar até mim arrepia: face, olhar, andar...tudo numa perfeita equação em que o resultado são duas almas que se interceptam.
Mas agora é para falar de uma dessas almas.
Sentado que estou, admiro. Está à minha frente o maior exemplar da divindade personificada. É mais que um corpo: é toda uma aura que a cerca, que me chama, que me conquista, a cada olhar e a cada suspiro.
Hoje, o negro misturava-se com o branco. A harmonia não poderia ser maior. Estava perante a mais pia das Madonnas renascentistas. O ar era mais puro.
Que tem isto de raro, afinal?
Nada.
domingo, novembro 11, 2007
Algumas considerações
Naturalmente, as pessoas nascem com certas dotações. Uns nascem com propensões atléticas, outras nascem com espírito crítico, outros nascem inteligentes. Normalmente, estes últimos são fabulosos, em qualquer quadrante da análise: óptimos colegas, óptimas pessoas, óptimos alunos. Até serem confrontados com uma dificuldade séria, vão seguindo os estudos de forma airosa, combinando trabalho moderado, com notas altíssimas. Quem é inteligente é assim. Vê-se quem é mais inteligente pela forma e rapidez com que assimila conceitos e os combina. Não passa disto, é tão simples quanto.
Depois, chega o ensino superior. Quem é inteligente, continua a sê-lo. Quem não é... tem que compensar, tem que trabalhar o dobro.
Seja como for, quem trabalha só tem tanto mérito como o inteligente se este se desleixar.
Não acontece.
Pergunta: e quando o trabalho não chega?
Depois, chega o ensino superior. Quem é inteligente, continua a sê-lo. Quem não é... tem que compensar, tem que trabalhar o dobro.
Seja como for, quem trabalha só tem tanto mérito como o inteligente se este se desleixar.
Não acontece.
Pergunta: e quando o trabalho não chega?
Musica Para a Semana
A bem da verdade, era meu mais profundo desejo proferir estas palavras, as do refrão, em português.
Dificilmente conseguirei, mas queria dizê-las na mesma.
Ao chegar a velho perceberei que terei visto tudo. Mas agora, enquanto sou mais novo, não posso deixar de me surpreender com actos e atitudes, visões e alucinações.
Só posso esperar que passem.
...gostava mesmo de dizer don't look back in anger.
Slip inside the eye of your mind
Don't you know you might find
A better place to play
You said that you'd once never been
All the things that you've seen
Will slowly fade away
So I start the revolution from my bed
Cos you said the brains I have went to my head
Step outside the summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
You ain't ever gonna burn my heart out
So Sally can wait, she knows its too late as we're walking on by
Her soul slides away, but don't look back in anger I hear you say
Take me to the place where you go
Where nobody knows if it's night or day
Please don't put your life in the hands
Of a Rock n Roll band
Who'll throw it all away
So I start the revolution from my bed
Cos you said the brains I have went to my head
Step outside the summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
You ain't ever gonna burn my heart out
So Sally can wait, she knows its too late as we're walking on by
Her soul slides away, but don't look back in anger I hear you say
Don't look back in anger
Don't look back in anger
Don't look back in anger
At least not today
quinta-feira, novembro 08, 2007
Coisas Ininteligíveis
Costumo dormir mal quando não percebo uma coisa.
Por maioria de razão, durmo pior que mal quando não percebo várias coisas.
Dormirei pior que mal, então.
Mas, lá no fundo, como tem sido sempre, a culpa é toda minha.
Porque não aplico, de forma cabal e suficiente, a minha lei fundamental.
Por maioria de razão, durmo pior que mal quando não percebo várias coisas.
Dormirei pior que mal, então.
Mas, lá no fundo, como tem sido sempre, a culpa é toda minha.
Porque não aplico, de forma cabal e suficiente, a minha lei fundamental.
Coisas Ininteligíveis
Costumo dormir mal quando não percebo uma coisa.
Por maioria de razão, durmo pior que mal quando não percebo várias coisas.
Dormirei pior que mal, então.
Mas, lá no fundo, como tem sido sempre, a culpa é toda minha.
Porque não aplico, de forma cabal e suficiente, a minha lei fundamental.
Por maioria de razão, durmo pior que mal quando não percebo várias coisas.
Dormirei pior que mal, então.
Mas, lá no fundo, como tem sido sempre, a culpa é toda minha.
Porque não aplico, de forma cabal e suficiente, a minha lei fundamental.
quarta-feira, novembro 07, 2007
Estatísticas
O dia tem 24 horas.
Dessas:
8 passamos a dormir.
2 passamos em transportes.
1 em refeições.
4 em aulas.
Total= 15
Para o fim do dia faltam 9 horas. Dispomos de 9 horas, porque as outras estão longe de estarem na nossa posse.
Tendo isso presente, há que raciocinar. Raciocine-se.
Hoje apostei no tempo. Refi-lo, como pude.
E fui feliz.
Moldar o tempo à nossa vontade é sublime.
Que nos ajudem a moldá-lo pode ainda ser melhor. Assim, a primeira pessoa passa a ser a do plural e os minutos transformam-se em caminhadas rápidas, porque o tempo voa enquanto nos divertimos.
Passa quando estamos perto daqueles de quem gostamos.
Dessas:
8 passamos a dormir.
2 passamos em transportes.
1 em refeições.
4 em aulas.
Total= 15
Para o fim do dia faltam 9 horas. Dispomos de 9 horas, porque as outras estão longe de estarem na nossa posse.
Tendo isso presente, há que raciocinar. Raciocine-se.
Hoje apostei no tempo. Refi-lo, como pude.
E fui feliz.
Moldar o tempo à nossa vontade é sublime.
Que nos ajudem a moldá-lo pode ainda ser melhor. Assim, a primeira pessoa passa a ser a do plural e os minutos transformam-se em caminhadas rápidas, porque o tempo voa enquanto nos divertimos.
Passa quando estamos perto daqueles de quem gostamos.
terça-feira, novembro 06, 2007
Espuma dos Dias
No dia em que atinge a maioridade, sai de casa. Não é um sair definitivo. Quer sair com os amigos. Perceber o que acontece ao corpo depois de ingerir álcool a mais, ter experiências que o "farão adulto".
O Jantar da praxe é com a família. Próxima, afastada, 3º grau, 12º grau. Todos se sentam numa mesa longa, castanha, endurecida com os anos que passou a aguentar a loiça dos seus proprietários. Senta-se à ponta, hoje é ele o chefe da casa. O sorriso é de circunstância. Vem o cabrito, acompanhado de uns goles de vinho, servidos a propósito da ocasião. Termina com a sobremesa e bolo de anos, devidamente guarnecido com um gigante e sonoro "Parabéns a Você".
São 3h da manhã. Em Santos, convive com o melhor amigo e namorada do mesmo. O bar é pequeno, mas muito acolhedor. Conseguiu lá chegar por boleia. O carro era dela, a loira que acompanhava o seu compincha. Vale a pena falar dela: não era alta, mediria, se lá chegasse, 1.60m. Os olhos eram claros, a pele também. Trajava de verde, habitualmente. Naquela noite, estava de branco. Sem ser estonteante, qualquer homem que entrasse no bar não podia deixar de reparar nela. Tinha 31 anos.
Os shots estavam em saldos: 1 euro, cada um. Depois de voarem 3 laranjas, mal se aguentava de pé. O bar, antes acolhedor, era agora um buraco negro, em que cada coluna dançava uma espécie de dança do ventre, onde cada copo lançava um sorriso sinistro. Nunca lhe tinha acontecido, mas estava a acontecer.
A testa testa a lei da gravidade, e, antes de saber se tinha álcool no sangue, ou sangue no álcool, cai redonda no balcão. Ouvem-se risos.
São 5h da manhã. Estava a dormir na calçada. Da loira e do amigo não havia notícia. Na carteira, só mesmo o bilhete de identidade. Não tinha como seguir para casa.
Resolveu caminhar até à baixa. Nunca tinha estado em Lisboa em hora semelhante. Tudo bem, era segunda-feira, dia de aulas, sabia que havia cara pálidas às 8 horas, mas quando era suposto estar a dormir o 2º sono, não pensava, sequer, em raça humana.
Parou no Cais do Sodré para ver o rio.
12 anos mais tarde, com o estado civil do B.I alterado, contava isso ao seu amigo de sempre, aquele que o tinha deixado a repousar sobre a pedra calcetada.
História contada e recontada ao longo dos anos.
O pormenor, todavia, que para sempre fora ocultado permanecia um mistério: como tinha chegado a casa?
Depois do bagaço, que se tinha tornado ritual em dias de anos, e do café, naquela eterna tasca em Estremoz, perguntou:
- "Que é feito da loira?"
O Jantar da praxe é com a família. Próxima, afastada, 3º grau, 12º grau. Todos se sentam numa mesa longa, castanha, endurecida com os anos que passou a aguentar a loiça dos seus proprietários. Senta-se à ponta, hoje é ele o chefe da casa. O sorriso é de circunstância. Vem o cabrito, acompanhado de uns goles de vinho, servidos a propósito da ocasião. Termina com a sobremesa e bolo de anos, devidamente guarnecido com um gigante e sonoro "Parabéns a Você".
São 3h da manhã. Em Santos, convive com o melhor amigo e namorada do mesmo. O bar é pequeno, mas muito acolhedor. Conseguiu lá chegar por boleia. O carro era dela, a loira que acompanhava o seu compincha. Vale a pena falar dela: não era alta, mediria, se lá chegasse, 1.60m. Os olhos eram claros, a pele também. Trajava de verde, habitualmente. Naquela noite, estava de branco. Sem ser estonteante, qualquer homem que entrasse no bar não podia deixar de reparar nela. Tinha 31 anos.
Os shots estavam em saldos: 1 euro, cada um. Depois de voarem 3 laranjas, mal se aguentava de pé. O bar, antes acolhedor, era agora um buraco negro, em que cada coluna dançava uma espécie de dança do ventre, onde cada copo lançava um sorriso sinistro. Nunca lhe tinha acontecido, mas estava a acontecer.
A testa testa a lei da gravidade, e, antes de saber se tinha álcool no sangue, ou sangue no álcool, cai redonda no balcão. Ouvem-se risos.
São 5h da manhã. Estava a dormir na calçada. Da loira e do amigo não havia notícia. Na carteira, só mesmo o bilhete de identidade. Não tinha como seguir para casa.
Resolveu caminhar até à baixa. Nunca tinha estado em Lisboa em hora semelhante. Tudo bem, era segunda-feira, dia de aulas, sabia que havia cara pálidas às 8 horas, mas quando era suposto estar a dormir o 2º sono, não pensava, sequer, em raça humana.
Parou no Cais do Sodré para ver o rio.
12 anos mais tarde, com o estado civil do B.I alterado, contava isso ao seu amigo de sempre, aquele que o tinha deixado a repousar sobre a pedra calcetada.
História contada e recontada ao longo dos anos.
O pormenor, todavia, que para sempre fora ocultado permanecia um mistério: como tinha chegado a casa?
Depois do bagaço, que se tinha tornado ritual em dias de anos, e do café, naquela eterna tasca em Estremoz, perguntou:
- "Que é feito da loira?"
segunda-feira, novembro 05, 2007
Definitivamente, Absolutas
O Direito Penal tem um fundamento, primeiro que tudo, social.
Passando uma série de questões à frente, sou fã das teorias absolutas, isto falando em fins das penas.
Acredito que posso ter a lei a meu lado.
O Kant e o Hegel estão.
Passando uma série de questões à frente, sou fã das teorias absolutas, isto falando em fins das penas.
Acredito que posso ter a lei a meu lado.
O Kant e o Hegel estão.
Definitivamente, Absolutas
O Direito Penal tem um fundamento, primeiro que tudo, social.
Passando uma série de questões à frente, sou fã das teorias absolutas, isto falando em fins das penas.
Acredito que posso ter a lei a meu lado.
O Kant e o Hegel estão.
Passando uma série de questões à frente, sou fã das teorias absolutas, isto falando em fins das penas.
Acredito que posso ter a lei a meu lado.
O Kant e o Hegel estão.
domingo, novembro 04, 2007
Música Para a Semana
Porque vem um mini-teste.
Porque exprime um estado d'alma no início da semana.
Porque o Fim-de-Semana acabou.
sábado, novembro 03, 2007
Fundamentos do Direito Privado - Fala quem Sabe
Hoje, enriquecimento sem causa:
Independentemente de doutrinas da divisão do instituto, ou da concepção unitária que se tenha do mesmo, o que se deve focar neste conjunto concatenado de normas e princípios é o seu fundamento: o equilíbrio.
Pressupõe-se que se analisem os pressupostos antes de aplicar as regras. Considerem-se aplicados.
Levantam-se as perguntas: se eu der a alguém uma nota de X euros, a pessoas enriquece sem causa? Não, há a doação, que é um contrato, logo, há causa. Então e se eu deixar cair uma nota, do mesmo montante, na rua, e a apanharem? Também não se aplica, porque está consagrada, na lei, a subsidariedade do instituto, e isto resolvia-se pelo achamento.
Procure-se a luz: pego no carro do A., ando com ele, até, vá lá, Fátima, cumpro a promessa, volto e, no meio disto tudo, furei o escape, risquei a pintura e dei cabo dos estofos. Isto tudo é possível porque o A. deixou-me a chave em casa e disse-me para guardar o carro, mas não andar com ele, e eu aceitei.
Mas eu só usei o carro para cumprir uma promessa: enriqueci? O outro empobreceu, mas eu não enriqueci.
Exemplo-base: eu mando dinheirinho para uma conta que não é a certa. Ok, é apenas exemplo de uma modalidade do instituto, mas ajuda. O enriquecido devolve.
Devolve porquê?
Porque onde quer que haja desequilíbrio tem de haver intervenção. Para estes desequilíbrios existe a lei.
E para os outros?
Independentemente de doutrinas da divisão do instituto, ou da concepção unitária que se tenha do mesmo, o que se deve focar neste conjunto concatenado de normas e princípios é o seu fundamento: o equilíbrio.
Pressupõe-se que se analisem os pressupostos antes de aplicar as regras. Considerem-se aplicados.
Levantam-se as perguntas: se eu der a alguém uma nota de X euros, a pessoas enriquece sem causa? Não, há a doação, que é um contrato, logo, há causa. Então e se eu deixar cair uma nota, do mesmo montante, na rua, e a apanharem? Também não se aplica, porque está consagrada, na lei, a subsidariedade do instituto, e isto resolvia-se pelo achamento.
Procure-se a luz: pego no carro do A., ando com ele, até, vá lá, Fátima, cumpro a promessa, volto e, no meio disto tudo, furei o escape, risquei a pintura e dei cabo dos estofos. Isto tudo é possível porque o A. deixou-me a chave em casa e disse-me para guardar o carro, mas não andar com ele, e eu aceitei.
Mas eu só usei o carro para cumprir uma promessa: enriqueci? O outro empobreceu, mas eu não enriqueci.
Exemplo-base: eu mando dinheirinho para uma conta que não é a certa. Ok, é apenas exemplo de uma modalidade do instituto, mas ajuda. O enriquecido devolve.
Devolve porquê?
Porque onde quer que haja desequilíbrio tem de haver intervenção. Para estes desequilíbrios existe a lei.
E para os outros?
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