Há uns anos, na célebre rúbrica chamada "O Homem que mordeu o cão", dizia-se que a Dina e o (actor que fazia de) Zé Gato eram uma e a mesma pessoa. Dos vários argumentos, o mais pujante vinha na forma de pergunta: Alguma vez foi vista a Dina e o Zé Gato no mesmo sítio?
Agora, tenha-se em consideração o seguinte caso:
Toda a gente, em princípio, conhece este senhor. Abebe Selassie, o Troi em Troika.
Este homem é Cee Lo Green. Passei a conhecê-lo por ser vocalista de Gnarles Barkley.
quinta-feira, dezembro 20, 2012
segunda-feira, dezembro 17, 2012
Estupidez, ainda antes da entrada em modo natalício
Se abrisse um negócio de comida para vegetarianos, apostava na internacionalização e chamar-lhe-ia Food Earth
terça-feira, dezembro 11, 2012
Estava, agora mesmo, a pensar numa cozinha daqueles restaurantes com Estrela Michelin.
Ali, esbate-se o preconceito do grande cozinheiro. Mais concretamente, o que se passa naquele espaço não é o mesmo que acontece numa cozinha doméstica, em que um dos habitantes da casa pega no tacho e, sozinho, produz a refeição.
Numa cozinha de grande gabarito, o chef há de ser sempre o responsável pela ideia, pela receita, que subjaz ao prato. Será sempre dele o tempo de cozedura, de grelha ou outro meio qualquer de produzir o bom do "morf". Também é dele o molho, o tempero, o "saber" onde comprar os bons igredientes.
Na hora da verdade, o chef não está na cozinha a grelhar o peixe, a assar a carne nem a preparar a salada. Para isso há "outras pessoas". Quando muito, um chef prova, "maquilha" o prato e faz com que os olhos também comam.
A constatação do dia é que sou "outra pessoa". Como as coisas estão, é bem possível que passe os próximos anos da minha vida a fritar as batatas ou a cozer arroz.
(Era para ter optado pela metáfora do jogador de futebol que aquece o banco, mas uso-a num outro dia, acompanhada de história própria e reminiscências infantis).
Ali, esbate-se o preconceito do grande cozinheiro. Mais concretamente, o que se passa naquele espaço não é o mesmo que acontece numa cozinha doméstica, em que um dos habitantes da casa pega no tacho e, sozinho, produz a refeição.
Numa cozinha de grande gabarito, o chef há de ser sempre o responsável pela ideia, pela receita, que subjaz ao prato. Será sempre dele o tempo de cozedura, de grelha ou outro meio qualquer de produzir o bom do "morf". Também é dele o molho, o tempero, o "saber" onde comprar os bons igredientes.
Na hora da verdade, o chef não está na cozinha a grelhar o peixe, a assar a carne nem a preparar a salada. Para isso há "outras pessoas". Quando muito, um chef prova, "maquilha" o prato e faz com que os olhos também comam.
A constatação do dia é que sou "outra pessoa". Como as coisas estão, é bem possível que passe os próximos anos da minha vida a fritar as batatas ou a cozer arroz.
(Era para ter optado pela metáfora do jogador de futebol que aquece o banco, mas uso-a num outro dia, acompanhada de história própria e reminiscências infantis).
quarta-feira, dezembro 05, 2012
Idades
(Fazia tempo que não escrevia aqui)
Eu ando sempre a dizer que estou velho. Faço grande parte da minha vida a resmungar e a maldizer a sorte. Ao fim e ao cabo, dou comigo a pensar que, até agora, tem tudo passado muito depressa.
Que já vi muito.
Que já passei por alguma coisa.
Que já ouvi e cheirei o que preferia não ter ouvido e cheirado.
Até que, numa bela tarde de Quarta-Feira (de acordo com o anterior acordo ortográfico), oiço algo que tinha por impensável. A juntar a isso, assisto ao que nunca pensei que pudesse acontecer.
Isto só para dizer que volto a pensar que não sou tão velho assim, como pensava quando andava no ensino básico, ali como quem vai para o 9.º ano.
Eu ando sempre a dizer que estou velho. Faço grande parte da minha vida a resmungar e a maldizer a sorte. Ao fim e ao cabo, dou comigo a pensar que, até agora, tem tudo passado muito depressa.
Que já vi muito.
Que já passei por alguma coisa.
Que já ouvi e cheirei o que preferia não ter ouvido e cheirado.
Até que, numa bela tarde de Quarta-Feira (de acordo com o anterior acordo ortográfico), oiço algo que tinha por impensável. A juntar a isso, assisto ao que nunca pensei que pudesse acontecer.
Isto só para dizer que volto a pensar que não sou tão velho assim, como pensava quando andava no ensino básico, ali como quem vai para o 9.º ano.
quarta-feira, outubro 17, 2012
Penitência
(Na sendo do que é habitual, ou seja, entrar a falar sem explicar o contexto, aqui segue)
Ainda nada está resolvido.
Nada é certo.
Porém, há grande probabilidade de ter passado um problema que me tirou o sono.
Criei um problema que outro resolveu. Calhou o outro ser aquele que mais fel me mereceu.
Hoje, há que pedir desculpa.
A ele, nunca. A mim. Porque sou mau demais a avaliar carácteres. Se calhar, nunca há tanto défice quanto se assume.
quinta-feira, junho 28, 2012
Ser advogado é uma bela merda.
Se alguém pensa que tem relação com o direito, está enganado.
Se alguém pensa que tem relação com a justiça, deve deixar a droga.
Se alguém pensa que tem prestígio, vá ver o que significa "prestígio" no dicionário.
E é isto, para já.
Claro, a vida correrá melhor a uns do que a outros. A mim, profissionalmente, corre mal. Corre mal financeira e motivacionalmente.
Também fui estúpido em pensar que seria o contrário. Levei 5 anos de faculdade a negar o cálice. Foi só acabar o calvário e já apanhei uma valente borracheira nele.
Depois, há os aspectos corporativos. A única coisa que me desagrada na OA é o carácter proteccionista que faz barrar os interesses dos que querem ingressar na profissão. De resto, adoro. É aqui que "marra" a minha confusão. É que não suporto os colegas. (Não todos, claro.) Mas, modo geral, é gente com um ego tão maior que o meu, com o convencimento e auto-engrandecimento tão patente que pasmo.
Os advogados são, incontornavelmente, aquilo que dizem deles.
Menos aqueles que não gostam de o ser.
(Sim, a regra comporta excepções.)
Se alguém pensa que tem relação com o direito, está enganado.
Se alguém pensa que tem relação com a justiça, deve deixar a droga.
Se alguém pensa que tem prestígio, vá ver o que significa "prestígio" no dicionário.
E é isto, para já.
Claro, a vida correrá melhor a uns do que a outros. A mim, profissionalmente, corre mal. Corre mal financeira e motivacionalmente.
Também fui estúpido em pensar que seria o contrário. Levei 5 anos de faculdade a negar o cálice. Foi só acabar o calvário e já apanhei uma valente borracheira nele.
Depois, há os aspectos corporativos. A única coisa que me desagrada na OA é o carácter proteccionista que faz barrar os interesses dos que querem ingressar na profissão. De resto, adoro. É aqui que "marra" a minha confusão. É que não suporto os colegas. (Não todos, claro.) Mas, modo geral, é gente com um ego tão maior que o meu, com o convencimento e auto-engrandecimento tão patente que pasmo.
Os advogados são, incontornavelmente, aquilo que dizem deles.
Menos aqueles que não gostam de o ser.
(Sim, a regra comporta excepções.)
segunda-feira, junho 25, 2012
Porque há muito tempo que não escrevia sobre baleias, ursos e restante fauna aplicável
Devia haver um meme para o meu superior hierárquico.
Era fácil.
Fotografia de fundo.
Em cima, uma pergunta. Qualquer coisa. Exemplifico: Chefe, tem horas?
Em baixo, a resposta: Vê o processo.
Volto a exemplificar. Em cima: Ligou o X a perguntar se amanhã sempre se mantém.
Em baixo: Vê o processo.
Trust me, this can last for hours and has its place in every circumstances
Era fácil.
Fotografia de fundo.
Em cima, uma pergunta. Qualquer coisa. Exemplifico: Chefe, tem horas?
Em baixo, a resposta: Vê o processo.
Volto a exemplificar. Em cima: Ligou o X a perguntar se amanhã sempre se mantém.
Em baixo: Vê o processo.
Trust me, this can last for hours and has its place in every circumstances
terça-feira, maio 22, 2012
Nas vésperas do quinquénio
Esta foto é de dia 24 de Maio de 2007.
Traz, tão-somente, as melhores recordações. Foi uma audiência bem conseguida, o espírito académico estava em alta e, naquela noite, tornei-me melhor pessoa. Levantei-me às 7 horas do dia 24 de Maio e adormeci às 23.40 do dia 25.
Sempre que contemplo a foto, lembro-me de tudo.
Foi, sem qualquer sombra de dúvida, o melhor dia da minha vida.
Nada correu mal.
Matou-se aquela máxima do "tudo o que pode correr mal vai correr mal".
Da prestação de consulta jurídica
Enquanto trocava umas ideias jurídicas, via MSN (estou velho), também andava pelo FB.
Dei com a respectiva face de uma antiga colega de escola, de turma.
Uma mulher que, declaradamente, me odiava.
Melhor aluna que eu. (Obviamente) Mais jeitosa que eu (ainda que para espécime feminino deixasse a desejar...). Mais amigos que eu. Está num escritório mais conceituado que o meu (ah, sim, foi para Direito, até já tem mestrado e brutas notas)
Epá, nunca me suportou. Falava mal de mim nas costas. Encontrava-me todos os defeitos. Era de cortar à faca o ambiente.
Ainda hoje pergunto "porquê".
Ainda hoje não sei.
Tese n.º 1: Porra, és insuportável.
Refutação: Bem verdade, mas ela odiou-me sem me conhecer. Acreditem se quiserem.
Tese n.º 2: Ela tinha uma paixão por ti.
Refutação: Sou profundamente feio e desinteressante.
Tese n.º 3: És profundamente feio e desinteressante.
Refutação: Certo, mas isso não tem nada a ver. Sou amigo de muita gente profundamente feia e desinteressante.
Tese n.º 4: Inveja
Refutação: De quê???
Run out of thesis.
Não chego lá.
Só resta a derradeira explicação: somos irmãos separados à nascença e a voz do sangue é mal ouvida por ela.
Dei com a respectiva face de uma antiga colega de escola, de turma.
Uma mulher que, declaradamente, me odiava.
Melhor aluna que eu. (Obviamente) Mais jeitosa que eu (ainda que para espécime feminino deixasse a desejar...). Mais amigos que eu. Está num escritório mais conceituado que o meu (ah, sim, foi para Direito, até já tem mestrado e brutas notas)
Epá, nunca me suportou. Falava mal de mim nas costas. Encontrava-me todos os defeitos. Era de cortar à faca o ambiente.
Ainda hoje pergunto "porquê".
Ainda hoje não sei.
Tese n.º 1: Porra, és insuportável.
Refutação: Bem verdade, mas ela odiou-me sem me conhecer. Acreditem se quiserem.
Tese n.º 2: Ela tinha uma paixão por ti.
Refutação: Sou profundamente feio e desinteressante.
Tese n.º 3: És profundamente feio e desinteressante.
Refutação: Certo, mas isso não tem nada a ver. Sou amigo de muita gente profundamente feia e desinteressante.
Tese n.º 4: Inveja
Refutação: De quê???
Run out of thesis.
Não chego lá.
Só resta a derradeira explicação: somos irmãos separados à nascença e a voz do sangue é mal ouvida por ela.
domingo, maio 06, 2012
O Dia da Mãe
Ao contrário da generalidade das pessoas, eu gosto que existam "dias" determinados de homenagem a certas coisas ou pessoas. Há o "dia da Mulher", o "dia do Pai" ou o "dia da Paz". Nenhum destes é só mais um dia. Termos presente que alguém se lembrou de instituir, por todo o mundo, uma data de justa evocação traz-nos a obrigação, nem que seja por breves segundos, de pensar nela.
Penso.
Eu não acredito numa "teoria geral da maternidade", isto é, não acredito que haja uma fórmula específica que os seres-humanos do sexo feminino que deram à luz possam aplicar para serem bem sucedidos na missão de se relacionarem com o filho. Acredito, antes, numa "ideia de mãe", sempre subjectiva.
Ao longo da história, tanto da universal, como da minha, conheci grandes mães. Ora, nenhuma delas era igual à anterior, isto é, não foi para os seus filhos aquilo que outras foram para os respectivos. Em cada uma, houve capacidade para perceber que matéria bruta tinham à sua frente, que defeitos e inseguranças despontavam e com elas souberam lidar, nunca apagando traços de personalidade, mas lidando com tudo com a chamada "classe". Sem ser um critério definitivo, é para mim uma boa mãe aquela que soube educar os filhos. Que lhes deu princípios e valores, aquela que os transformou em pessoas e não em mera escória.
Foi isto que fez da minha mãe alguém superior.
Não me quero usar como objecto de análise, mas sempre tenho uma irmã e posso recorrer ao que ela se tornou e, aí, tiro boas conclusões. Hoje, a minha irmã é independente, educada, profissional, há quem diga até que tem uma boa figura, arranja-se e costuma cheirar bem.
Prova dos nove: a minha mãe triunfou.
No que posso dizer, sem emitir parecer acerca do meu carácter, antes de ser mãe, ela é uma grande pessoa. Cresceu num meio em que o dinheiro não abundava. Apesar disso, tirou o seu curso superior enquanto trabalhava, "teve-me" quando "andava a assinar fitas de finalista" e nunca se lhe conheceu fraqueza. Está ali uma grande mulher, uma Senhora.
Deu-me tudo.
Devo-lhe muito daquilo que sou (para o bem e para o mal), daquilo que tive e daquilo que dou. É alguém incontornável na minha vida, uma alma permanente e perene.
Ainda bem que há o Dia da Mãe.
Não há trabalho de tanta responsabilidade.
Penso.
Eu não acredito numa "teoria geral da maternidade", isto é, não acredito que haja uma fórmula específica que os seres-humanos do sexo feminino que deram à luz possam aplicar para serem bem sucedidos na missão de se relacionarem com o filho. Acredito, antes, numa "ideia de mãe", sempre subjectiva.
Ao longo da história, tanto da universal, como da minha, conheci grandes mães. Ora, nenhuma delas era igual à anterior, isto é, não foi para os seus filhos aquilo que outras foram para os respectivos. Em cada uma, houve capacidade para perceber que matéria bruta tinham à sua frente, que defeitos e inseguranças despontavam e com elas souberam lidar, nunca apagando traços de personalidade, mas lidando com tudo com a chamada "classe". Sem ser um critério definitivo, é para mim uma boa mãe aquela que soube educar os filhos. Que lhes deu princípios e valores, aquela que os transformou em pessoas e não em mera escória.
Foi isto que fez da minha mãe alguém superior.
Não me quero usar como objecto de análise, mas sempre tenho uma irmã e posso recorrer ao que ela se tornou e, aí, tiro boas conclusões. Hoje, a minha irmã é independente, educada, profissional, há quem diga até que tem uma boa figura, arranja-se e costuma cheirar bem.
Prova dos nove: a minha mãe triunfou.
No que posso dizer, sem emitir parecer acerca do meu carácter, antes de ser mãe, ela é uma grande pessoa. Cresceu num meio em que o dinheiro não abundava. Apesar disso, tirou o seu curso superior enquanto trabalhava, "teve-me" quando "andava a assinar fitas de finalista" e nunca se lhe conheceu fraqueza. Está ali uma grande mulher, uma Senhora.
Deu-me tudo.
Devo-lhe muito daquilo que sou (para o bem e para o mal), daquilo que tive e daquilo que dou. É alguém incontornável na minha vida, uma alma permanente e perene.
Ainda bem que há o Dia da Mãe.
Não há trabalho de tanta responsabilidade.
quinta-feira, abril 12, 2012
Euro 2012
Bar velho.
Mesmo naquelas mesas ao pé da porta que dá para um projecto inacabado de jardim, onde há um relvado e vista para a biblioteca.
Num moleskine, apontávamos apostas: quem é que vai para o Euro 2008?
Há 4 anos.
Hoje vi um passatempo semelhante. Coisa já profissional, acho que até metia dinheirinho.
Lembrei-me daquele instante. Porque irrepetível, porque de tão banal e comum, senti como se uma chapada me fosse dada.
É verdade. Acorda.
Isto para chegar, mais uma vez, àquela conclusão que não me larga, mas teimo em não acatar: há um modo de vida que acabou.
Mesmo naquelas mesas ao pé da porta que dá para um projecto inacabado de jardim, onde há um relvado e vista para a biblioteca.
Num moleskine, apontávamos apostas: quem é que vai para o Euro 2008?
Há 4 anos.
Hoje vi um passatempo semelhante. Coisa já profissional, acho que até metia dinheirinho.
Lembrei-me daquele instante. Porque irrepetível, porque de tão banal e comum, senti como se uma chapada me fosse dada.
É verdade. Acorda.
Isto para chegar, mais uma vez, àquela conclusão que não me larga, mas teimo em não acatar: há um modo de vida que acabou.
segunda-feira, março 19, 2012
"Tenho ideia que são nove"
Isto foi o que Cavaco respondeu quando lhe perguntaram quantos Cantos têm "Os Lusíadas".
Acho que nunca escrevi um post sobre o Dia do Pai. Até tenho ideia da razão.
Vamos lá a uma pequena dissertação.
O meu Pai é oriundo de um terra sita em Trás-os-Montes. Já o Pai dele, meu avô, era transmontano. Os irmãos, amigos e vizinhos comungavam da cena. Há um traço muito particular no que toca aos transmontanos: combinam na perfeição o binómio frieza/masculinidade.
Naquelas paragens, não há necessidade de chamar "roto", "rabeta", "rabo" ou qualquer coisa parecida. Ali, vive-se de atitude, de actos e factos. Simplesmente, "é-se home".
Isto porquê? Por uma razão simples: o Pai do meu Pai, meu avô, bem como os irmãos, amigos e vizinhos nunca fariam uma dissertação sobre o Dia do Pai. Para eles, não há dias desses. Há autênticas existências de dedicação. Na terra quente, a homenagem é diária, reflectindo-se no respeito que se merece, observando-se no trabalho que se presta, na compreensão eterna jogada no lar.
Ainda que blogs houvesse na sua infância e o mundo Dele fosse o meu, jamais veria o meu velho com um assomo de laudatória a escrever fosse o que fosse a respeito do Pai dele. Não era preciso. Nunca foi. É que sempre esteve na cara o que um simbolizava para o outro. O que era o meu avô na vida do meu Pai e o meu Pai na vida do meu avô.
Eis que chegamos a estas linhas. Eu não sou transmontano. A linguagem que o nordeste fala (e sente) eu nunca aprendi. Tivesse sido nascido e criado em Vale de Prados e o assunto, hoje, era a dimensão axiológica do mito de Anteu.
Ao invés disso, faço uma pequena catarse e penitencio-me: o meu grande mal é nunca dar a entender às pessoas o que elas significam. Na grande maioria dos casos, não significam nada. (Vá lá saber-se porquê). Todavia, outros casos há em que ficou tudo por demonstrar. Mais do que dizer, lamento profundamente não expressar a gratidão por uma vida maravilhosa (não só dada por ele, mas também por todo o meu núcleo familiar). Mais do que convencer, será uma eterna mágoa nunca imputar naquele Homem, com o seu consentimento, a responsabilidade por tantos e tão bons valores e exemplos que me transmitiu.
Mas eu ainda sou novo. Bem vistas as coisas, ele também.
Acho que nunca escrevi um post sobre o Dia do Pai. Até tenho ideia da razão.
Vamos lá a uma pequena dissertação.
O meu Pai é oriundo de um terra sita em Trás-os-Montes. Já o Pai dele, meu avô, era transmontano. Os irmãos, amigos e vizinhos comungavam da cena. Há um traço muito particular no que toca aos transmontanos: combinam na perfeição o binómio frieza/masculinidade.
Naquelas paragens, não há necessidade de chamar "roto", "rabeta", "rabo" ou qualquer coisa parecida. Ali, vive-se de atitude, de actos e factos. Simplesmente, "é-se home".
Isto porquê? Por uma razão simples: o Pai do meu Pai, meu avô, bem como os irmãos, amigos e vizinhos nunca fariam uma dissertação sobre o Dia do Pai. Para eles, não há dias desses. Há autênticas existências de dedicação. Na terra quente, a homenagem é diária, reflectindo-se no respeito que se merece, observando-se no trabalho que se presta, na compreensão eterna jogada no lar.
Ainda que blogs houvesse na sua infância e o mundo Dele fosse o meu, jamais veria o meu velho com um assomo de laudatória a escrever fosse o que fosse a respeito do Pai dele. Não era preciso. Nunca foi. É que sempre esteve na cara o que um simbolizava para o outro. O que era o meu avô na vida do meu Pai e o meu Pai na vida do meu avô.
Eis que chegamos a estas linhas. Eu não sou transmontano. A linguagem que o nordeste fala (e sente) eu nunca aprendi. Tivesse sido nascido e criado em Vale de Prados e o assunto, hoje, era a dimensão axiológica do mito de Anteu.
Ao invés disso, faço uma pequena catarse e penitencio-me: o meu grande mal é nunca dar a entender às pessoas o que elas significam. Na grande maioria dos casos, não significam nada. (Vá lá saber-se porquê). Todavia, outros casos há em que ficou tudo por demonstrar. Mais do que dizer, lamento profundamente não expressar a gratidão por uma vida maravilhosa (não só dada por ele, mas também por todo o meu núcleo familiar). Mais do que convencer, será uma eterna mágoa nunca imputar naquele Homem, com o seu consentimento, a responsabilidade por tantos e tão bons valores e exemplos que me transmitiu.
Mas eu ainda sou novo. Bem vistas as coisas, ele também.
quinta-feira, março 15, 2012
Banalidades e Lugares Comuns
Era a vida toda a correr à frente dos olhos.
Desde o momento do nascimento, até à morte.
Normalmente, quando se ouvem estes mitos, o filme que "rola" na retina é o dos êxitos, o das coisas que se fizeram.
Ali, não. Para além do que foi feito e alcançado, sobrava o que passou ao lado. O que deixou de se fazer, o que se ignorou e aquilo de que se fugiu.
De certa forma, a tónica era essa mesma. A despedidas faziam-se em lágrimas e as palavras dirigidas não eram de congratulação, muitos menos de enaltecimento. O que cantavam aquelas almas era o que estava por fazer, o que estava ao alcance e não podia, por força das circunstâncias, agora ser atingido.
No momento da última batida, onde deveria aparecer a palavra "Fim" a marcar, precisamente, o final do supra citado filme, há uma imagem e um som. Plácido Domingo. Anos mais novo mas com incrível potência vocal. Cantava uma aria qualquer. Em grande.
Partia, assim, para o outro mundo ou para a falta dele.
Desde o momento do nascimento, até à morte.
Normalmente, quando se ouvem estes mitos, o filme que "rola" na retina é o dos êxitos, o das coisas que se fizeram.
Ali, não. Para além do que foi feito e alcançado, sobrava o que passou ao lado. O que deixou de se fazer, o que se ignorou e aquilo de que se fugiu.
De certa forma, a tónica era essa mesma. A despedidas faziam-se em lágrimas e as palavras dirigidas não eram de congratulação, muitos menos de enaltecimento. O que cantavam aquelas almas era o que estava por fazer, o que estava ao alcance e não podia, por força das circunstâncias, agora ser atingido.
No momento da última batida, onde deveria aparecer a palavra "Fim" a marcar, precisamente, o final do supra citado filme, há uma imagem e um som. Plácido Domingo. Anos mais novo mas com incrível potência vocal. Cantava uma aria qualquer. Em grande.
Partia, assim, para o outro mundo ou para a falta dele.
terça-feira, março 13, 2012
Do "achismo" certo.
Aconteceu a este blogger a única coisa que nunca quis. Ok, uma entre muitas.
Ao almoço:
"- Parabéns, pá. Foi declarada a execução específica do !"#$%."
"- Parabéns porquê? Nem fiz o julgamento..."
"-Não houve julgamento..."
I - Preliminares:
Não sou interveniente nesta conversa. Estava ao lado.
II - Da causa:
No processo supra referido, o fulano que "nem fez o julgamento" foi mandatário do !"#$%. Alguém fez a Petição Inicial, não ele. Ele entregou-a via citius. (Nota: petição inicial é o articulado entregue pelo autor da acção judicial onde vem pedir que se faça justiça, i.e, uma folha A4 com artigos em que são descritos factos e feito um pedido, v.g, "o A. deu-me uma chapada, quero ser indemnizado")
O réu não contestou. Quando isso acontece, o Autor da acção é notificado para alegar, nos termos do artigo 484.º, n.º 2 do Código de Processo Civil. Por alegar entenda-se fazer uma exposição de factos e de direito a justificar a nossa razão.
É aí que eu entro. Fui o autor dessas alegações.
III - Da coisa
Chefe congratula o outro que deu o nome para os autos e disse que era lá advogado para a coisa ficar bonita. As alegações foram aceites, bem como o pedido formulado e foi ganha a acção.
IV - Da condição
Nem o chefe se lembrava que tinha sido eu a fazer as alegações nem a outra besta foi capaz de dizer que se limitou a enviar aquilo que eu fiz.
V - Conclusões
1. O trabalho foi bem feito e isso devia deixar-me contente.
2. O trabalho foi bem feito, mas para quem isso interessa, não tive relação com nada aquilo.
3. Já me têm repreendido por uma ou outra falta de atenção. Se me esqueço de pôr um acento, tenho de me levantar do gabinete e ouvir. Se sou responsável por algo valioso, não sou.
4. O custo de oportunidade. Sempre ele.
Ao almoço:
"- Parabéns, pá. Foi declarada a execução específica do !"#$%."
"- Parabéns porquê? Nem fiz o julgamento..."
"-Não houve julgamento..."
I - Preliminares:
Não sou interveniente nesta conversa. Estava ao lado.
II - Da causa:
No processo supra referido, o fulano que "nem fez o julgamento" foi mandatário do !"#$%. Alguém fez a Petição Inicial, não ele. Ele entregou-a via citius. (Nota: petição inicial é o articulado entregue pelo autor da acção judicial onde vem pedir que se faça justiça, i.e, uma folha A4 com artigos em que são descritos factos e feito um pedido, v.g, "o A. deu-me uma chapada, quero ser indemnizado")
O réu não contestou. Quando isso acontece, o Autor da acção é notificado para alegar, nos termos do artigo 484.º, n.º 2 do Código de Processo Civil. Por alegar entenda-se fazer uma exposição de factos e de direito a justificar a nossa razão.
É aí que eu entro. Fui o autor dessas alegações.
III - Da coisa
Chefe congratula o outro que deu o nome para os autos e disse que era lá advogado para a coisa ficar bonita. As alegações foram aceites, bem como o pedido formulado e foi ganha a acção.
IV - Da condição
Nem o chefe se lembrava que tinha sido eu a fazer as alegações nem a outra besta foi capaz de dizer que se limitou a enviar aquilo que eu fiz.
V - Conclusões
1. O trabalho foi bem feito e isso devia deixar-me contente.
2. O trabalho foi bem feito, mas para quem isso interessa, não tive relação com nada aquilo.
3. Já me têm repreendido por uma ou outra falta de atenção. Se me esqueço de pôr um acento, tenho de me levantar do gabinete e ouvir. Se sou responsável por algo valioso, não sou.
4. O custo de oportunidade. Sempre ele.
segunda-feira, março 12, 2012
Constantes e variáveis
A sobrevivência (em qualquer forma), depende sempre da cedência.
Saber jogar com as cedências é fundamental. Não sei se sempre foi assim, mas sei que comigo não funciona de outra maneira.
É uma constante.
A sobrevivência de uma família faz-se com a cedência dos egos. Cada individuo sê-lo-á menos se quiser gozar daquela confortável união.
A sobrevivência no trabalho faz-se com a cedência de personalidade e auto-estima. Quanto mais merda fomos aguentando mais longe iremos. Claro que ser minimamente competente ajuda. Mas aí está um ponto de toque engraçado: só é mesmo preciso ser minimamente competente. Eu até tenho a medida: competência ao nível do cumprimento de ordens. E chega.
Depois, há os dias variáveis, onde se lida menos bem com a cedência.
Nesses dias, escrevem-se posts.
(E agora, uma constatação nada fática sobre a existência).
Entre o que existe e o que não existe estão as palavras.
Acabando de escrever estas linhas sobre cedências, a realidade far-se-á sentir. Que quer isto dizer em termos práticos, de modo a que um homem médio perceba?
"Olha, tudo bem com as cedências e tal. Vives iludido com aquilo que trouxeste da Faculdade. Já viste que não te serviu de nada. Insistes. Espera que saia a nota do teu exame. Nunca te vais cansar de tomar banhos de humildade."
Saber jogar com as cedências é fundamental. Não sei se sempre foi assim, mas sei que comigo não funciona de outra maneira.
É uma constante.
A sobrevivência de uma família faz-se com a cedência dos egos. Cada individuo sê-lo-á menos se quiser gozar daquela confortável união.
A sobrevivência no trabalho faz-se com a cedência de personalidade e auto-estima. Quanto mais merda fomos aguentando mais longe iremos. Claro que ser minimamente competente ajuda. Mas aí está um ponto de toque engraçado: só é mesmo preciso ser minimamente competente. Eu até tenho a medida: competência ao nível do cumprimento de ordens. E chega.
Depois, há os dias variáveis, onde se lida menos bem com a cedência.
Nesses dias, escrevem-se posts.
(E agora, uma constatação nada fática sobre a existência).
Entre o que existe e o que não existe estão as palavras.
Acabando de escrever estas linhas sobre cedências, a realidade far-se-á sentir. Que quer isto dizer em termos práticos, de modo a que um homem médio perceba?
"Olha, tudo bem com as cedências e tal. Vives iludido com aquilo que trouxeste da Faculdade. Já viste que não te serviu de nada. Insistes. Espera que saia a nota do teu exame. Nunca te vais cansar de tomar banhos de humildade."
segunda-feira, março 05, 2012
Da Quebra Justificada do Jejum de Posts
Reza o Código Penal Português que, caso se preencham certos requisitos, certo facto pode justificar a ilicitude, o que fará com que não haja crime.
Ora, o que quero dizer não tem nada a ver.
Sobretudo um espelho de estados de espírito, este blogue já dedicou inúmeras palavras àquela que justifica a cada dia que o blogger subscritor não seja uma "ilicitude andante" (era só para relacionar).
Faz hoje anos.
Queria só dizer que está cada vez melhor. Está tão melhor que a comparação vai deixar de ser com o vinho do Porto. Doravante, as pessoas dirão: "Jesus, aquele Davidovich é como a Diligentia, quanto mais velho, melhor!".
Parabéns, mulherão.
Ora, o que quero dizer não tem nada a ver.
Sobretudo um espelho de estados de espírito, este blogue já dedicou inúmeras palavras àquela que justifica a cada dia que o blogger subscritor não seja uma "ilicitude andante" (era só para relacionar).
Faz hoje anos.
Queria só dizer que está cada vez melhor. Está tão melhor que a comparação vai deixar de ser com o vinho do Porto. Doravante, as pessoas dirão: "Jesus, aquele Davidovich é como a Diligentia, quanto mais velho, melhor!".
Parabéns, mulherão.
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
Foi bom ouvir aquilo.
(Aquilo o quê?)
Tudo.
Sei bem que sou o mais difícil de aturar. Demasiado.
Acontece é que, às vezes, até os chatos têm razões para chatearem.
Quando isso acontece, também eles precisam de uma palavra. Às vezes, só querem falar para que os oiçam.
Foi bom ouvir aquilo.
Também foi bom ser ouvido.
quinta-feira, janeiro 26, 2012
quarta-feira, janeiro 25, 2012
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Tocou o telemóvel.
O Pingo Doce tinha comprado a Vodafone, a rede que utilizava para as telecomunicações móveis. Era o momento de cobrar a dívida, pelo que se impunha o primeiro telefonema de cortesia a avisar que era devedor e teria mesmo de pagar. Tudo era dito com a uma voz feminina delicodoce, como, aliás, se impunha.
Nada era devido. Era o que faltava. O que impunham as condições contratuais era, tão-somente, um pagamento mensal de "X". A partir daí, "liberar geral".
Toca a campainha.
Era um anão. Vestia uma camisa vermelha, que estava fora das calças, calças essas que eram de ganga. Ou bege. Os sapatos eram pretos, a atirar para o verniz. O traço distintivo, para além do tamanho, era o cabelo. Enorme, encaracolado, seboso. Não com caracóis perfeitos "tipo-anuncio-da-pantene", mas umas curvas capilares.
- "Sim?"
- "Sou advogado de $%&/, ando à procura de um devedor. É a !"()?=.
-"E o que é que eu tenho a ver com isso?"
- "Você não foi advogado da !"()?= ?"
- "Não. Por acaso, já litiguei, também contra era".
- "Ou isso. Não me sabe dizer onde anda, ou sabe?" (A pergunta era parva. A devedora era pessoa colectiva.)
O Pingo Doce tinha comprado a Vodafone, a rede que utilizava para as telecomunicações móveis. Era o momento de cobrar a dívida, pelo que se impunha o primeiro telefonema de cortesia a avisar que era devedor e teria mesmo de pagar. Tudo era dito com a uma voz feminina delicodoce, como, aliás, se impunha.
Nada era devido. Era o que faltava. O que impunham as condições contratuais era, tão-somente, um pagamento mensal de "X". A partir daí, "liberar geral".
Toca a campainha.
Era um anão. Vestia uma camisa vermelha, que estava fora das calças, calças essas que eram de ganga. Ou bege. Os sapatos eram pretos, a atirar para o verniz. O traço distintivo, para além do tamanho, era o cabelo. Enorme, encaracolado, seboso. Não com caracóis perfeitos "tipo-anuncio-da-pantene", mas umas curvas capilares.
- "Sim?"
- "Sou advogado de $%&/, ando à procura de um devedor. É a !"()?=.
-"E o que é que eu tenho a ver com isso?"
- "Você não foi advogado da !"()?= ?"
- "Não. Por acaso, já litiguei, também contra era".
- "Ou isso. Não me sabe dizer onde anda, ou sabe?" (A pergunta era parva. A devedora era pessoa colectiva.)
terça-feira, janeiro 03, 2012
Ao contrário do que as produções Hollywoodescas nos fazem parecer, o fracasso não é um momento que marca o fim de qualquer coisa.
Por exemplo, o "Suspeito da Rua Arlington". Aquilo acaba mal. Pode falar-se em fracasso. E há o fim. Let's move on.
Na vida real, não. Trata-se de uma diferença colossal.
Na vida real, não naquela onde o Jeff Bridges existe, um erro não determina o fim dos erros. A seguir a um vem outro. Ao outro segue-se outro. O outro melhor que outro. And so on.
Isto, basicamente, para dizer que, na modesta idade que tenho, já fracassei mais que a maioria. É uma coisa muito minha, pronto.
Não sei se será da proximidade da data, se será da perda progressiva de qualidades próprias a que tenho vindo a assistir. Uma das duas. Talvez as duas.
Constatada a primeira facada (não hoje constatada, apenas hoje relatada), a segunda vem já: como resolver? O problema do fracasso (como da humanidade em geral) é que não consegue reverter os ponteiros do relógio. O tempo não volta atrás, oh António Mourão. Pior: nada do que se faça agora deixará de ter o célebre e funesto rótulo: "Estás a compensar a merda que fizeste".
Pois é, é um dilema. Não há é vontade de ligar para a Maya (Eunice, de sua graça). De certeza que ela "sacava" logo de um Dependurado e me dizia qualquer coisa como: "venda a sua casa, que ela está cheia de más vibrações" ou "compre um pequeno hamster".
Quando souber o que fazer depois do fracasso, volto a escrever outro texto sobre a temática. Poupar-me-ei ao esforço se a resposta for um simples: "segue a tua vida".
Por exemplo, o "Suspeito da Rua Arlington". Aquilo acaba mal. Pode falar-se em fracasso. E há o fim. Let's move on.
Na vida real, não. Trata-se de uma diferença colossal.
Na vida real, não naquela onde o Jeff Bridges existe, um erro não determina o fim dos erros. A seguir a um vem outro. Ao outro segue-se outro. O outro melhor que outro. And so on.
Isto, basicamente, para dizer que, na modesta idade que tenho, já fracassei mais que a maioria. É uma coisa muito minha, pronto.
Não sei se será da proximidade da data, se será da perda progressiva de qualidades próprias a que tenho vindo a assistir. Uma das duas. Talvez as duas.
Constatada a primeira facada (não hoje constatada, apenas hoje relatada), a segunda vem já: como resolver? O problema do fracasso (como da humanidade em geral) é que não consegue reverter os ponteiros do relógio. O tempo não volta atrás, oh António Mourão. Pior: nada do que se faça agora deixará de ter o célebre e funesto rótulo: "Estás a compensar a merda que fizeste".
Pois é, é um dilema. Não há é vontade de ligar para a Maya (Eunice, de sua graça). De certeza que ela "sacava" logo de um Dependurado e me dizia qualquer coisa como: "venda a sua casa, que ela está cheia de más vibrações" ou "compre um pequeno hamster".
Quando souber o que fazer depois do fracasso, volto a escrever outro texto sobre a temática. Poupar-me-ei ao esforço se a resposta for um simples: "segue a tua vida".
segunda-feira, janeiro 02, 2012
O Orçamento "Zero"
É um nome pouco técnico de um documento do mais complexo possível.
Não o vou definir. Primeiro, porque acho que todos os Orçamentos devem ser "Zero" e são (Vide LEO). Segundo, porque não me apetece.
O ano 2012 vai ser o meu Orçamento "Zero". Não vou esperar nada. Cada rubrica da minha vida vai ter exactamente aquilo que precisa e nem mais um tusto.
(Isto é) Bom porquê?
Porque a parte "maniaco-depressiva-obsessiva-ursa" tem recursos a mais. Digamos que é o sector empresarial do Estado e eu sou o Estado. O Banco (que é a minha boa vontade) está a emprestar demais e isso está a criar um crowding out effect (não se escreve assim) que faz com que as rubricas restantes não gozem do melhor de mim.
Pronto. Era tudo o que queria dizer, numa alusão clara a conceitos económicos que cheguei a perceber mas nunca dominar.
Bom Ano a Todos.
Não o vou definir. Primeiro, porque acho que todos os Orçamentos devem ser "Zero" e são (Vide LEO). Segundo, porque não me apetece.
O ano 2012 vai ser o meu Orçamento "Zero". Não vou esperar nada. Cada rubrica da minha vida vai ter exactamente aquilo que precisa e nem mais um tusto.
(Isto é) Bom porquê?
Porque a parte "maniaco-depressiva-obsessiva-ursa" tem recursos a mais. Digamos que é o sector empresarial do Estado e eu sou o Estado. O Banco (que é a minha boa vontade) está a emprestar demais e isso está a criar um crowding out effect (não se escreve assim) que faz com que as rubricas restantes não gozem do melhor de mim.
Pronto. Era tudo o que queria dizer, numa alusão clara a conceitos económicos que cheguei a perceber mas nunca dominar.
Bom Ano a Todos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)