A sobrevivência (em qualquer forma), depende sempre da cedência.
Saber jogar com as cedências é fundamental. Não sei se sempre foi assim, mas sei que comigo não funciona de outra maneira.
É uma constante.
A sobrevivência de uma família faz-se com a cedência dos egos. Cada individuo sê-lo-á menos se quiser gozar daquela confortável união.
A sobrevivência no trabalho faz-se com a cedência de personalidade e auto-estima. Quanto mais merda fomos aguentando mais longe iremos. Claro que ser minimamente competente ajuda. Mas aí está um ponto de toque engraçado: só é mesmo preciso ser minimamente competente. Eu até tenho a medida: competência ao nível do cumprimento de ordens. E chega.
Depois, há os dias variáveis, onde se lida menos bem com a cedência.
Nesses dias, escrevem-se posts.
(E agora, uma constatação nada fática sobre a existência).
Entre o que existe e o que não existe estão as palavras.
Acabando de escrever estas linhas sobre cedências, a realidade far-se-á sentir. Que quer isto dizer em termos práticos, de modo a que um homem médio perceba?
"Olha, tudo bem com as cedências e tal. Vives iludido com aquilo que trouxeste da Faculdade. Já viste que não te serviu de nada. Insistes. Espera que saia a nota do teu exame. Nunca te vais cansar de tomar banhos de humildade."