Na sequência de mais um ataque feito por um cão de raça perigosa, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, tomou medidas: Quem não se livrar do seu cão perigoso, depois de devido processo de citação e notificação, pode vir a ser despejado.
Sem querer ferir qualquer susceptibilidade, esta medida é quase fascista.
Repare-se: Não se vai impedir que o cão volte a matar. Em circunstâncias normais, o despejado pode continuar a ter o seu "melhor amigo" e usá-lo no que bem entender!
Para além de não resolver o problema, este acto viola o coração de vários princípios e direitos fundamentais do estado de direito democrático.
Acima de tudo, há um manifesto desrespeito pelo principio do proporcionalidade, consagrado na CRP. O simples não abatimento de um cão não pode redundar numa perda forçada de domicílio. Não há equilíbrio possível. É como mandarem cortar um braço a quem possuir drogas ilegais.
Depois, ataca-se um direito, igualmente consagrado na lei fundamental. que é o Direito à Habitação, afectado em consequência da desproporcionalidade da medida.
Não se quer com isto dizer que tudo o que é direito, liberdade ou garantia não pode ser mexido. Não. A minha professora de Direitos Fundamentais I (isto numa terminologia "carinhosa"), Isabel Moreira (uma grande senhora) terá ensinado aos seus pupilos, numa das primeiras aulas, que tudo sofre restrições.
A questão, aqui, é que não se está a restringir coisa alguma: está a atacar-se a constituição e, pior que tudo, estão a atacar-se pessoas.
Não se pode, de maneira alguma, compactuar-se com isto.
segunda-feira, abril 30, 2007
Na volta do Fim-de-Semana e à entrada do Feriado:
- Sou Padrinho de um ser-humano que se apresenta totalmente bom. Para além da calma invulgar, dado que poucos bebés se portarão como aquele, mostra um olhar de amizade que, com certeza, farão dele uma pessoa nobre (Ahh, conversa de padrinho...Ainda assim, espero que seja verdade, estou convicto que é)
- Confirma-se o que esperava: A realidade não confia em mim :P (Esta está em código)
- A Comunidade Europeia e o Sistema Fiscal interno, bem como o Financeiro são esperanças...espero eu que não sejam das vãs...
Sem dúvida...um ano irregular.
- Confirma-se o que esperava: A realidade não confia em mim :P (Esta está em código)
- A Comunidade Europeia e o Sistema Fiscal interno, bem como o Financeiro são esperanças...espero eu que não sejam das vãs...
Sem dúvida...um ano irregular.
sexta-feira, abril 27, 2007
Diálogos Comigo
Acima de tudo, importa saber o porquê. A partir daí, há a causa e o efeito, sendo que este último explica-se na decorrência do primeiro.
De facto, ao assimilar as informações que me correm à frente dos olhos, não consigo deixar de concordar com isso. Mesmo assim, não se sabe o porquê.
Não sabendo, das duas uma: ou se especula ou se esquece.
Não parece ser caso para esquecer: coisas como esta surpreendem.
Podem ser respondidas questões já antigas, de vários anos!
De facto, de facto...
Sei que hoje fui infeliz quando percebi uma coisa incontornável: não tenho um certo passado. Quando olho para trás, não tenho aquela memória...Não tenho aquela somma...Bola ou meia bola. Não tenho ninguém que se lembre de mim, nem tenho ninguém de quem me lembrar.
O que tem de bom, tem de mau. Vida vivida sem certas preocupações, certos problemas de indole sentimental poderá ter atribuido anos de vida. Claro que não soubeste o que são as garantias do contribuinte. Não se pode ter tudo. Ninguém pode. Porquê tu?
Não se havia de mudar isto?
Claro!
E depois?
Pois...Causa e efeito...causa e efeito.
Precisava ser outro, com outro cérebro, outra dicção e feitio.
Já velho, não aprendes linguas. Gordo aos 18, gordo para sempre. Mutatis Mutandis, incapaz desde sempre, incapaz para sempre...
Sentido Jurídico?
Não, não. Incapacidade moral, mental, física e psicológica.
Ahn?
Não atinjo metas, este ano. A nada.
Ahn?
Sabes/Sei/Intelego.
Morrituri te salutant?
Non, sed idea bonna est. Caesar dixit.
Quid est Caesar? Iturus es ad fortunam?
Aut Caesar, aut Deus...nihil. Hic,
Só saber os paradigmas e frases feitas não vale.
Ainda assim...exercitar a mente ajuda.
O Fernando Pessoa teria a razão do lado dele: sem ser nada e não almejando a nada, tem todos os sonhos dentro dele. Mas talvez só meia razão: não basta o homem sonhar para ter obra...nem basta deus querer.
Por falar em Deus. Uma vez ao dia pode ser inaceitável. Duas é motivo de homicídio.
É verdade...Terá havido conversas?
Ingénuo.
Claro...Claro que sim. O Hobbie de um é ver-te pelas costas ou do outro é fingir que nem existes.
Não sei. Paranoia pode ser perigosa. Tirar uns dias e descansar, talvez seja o melhor. Mas uma pessoa com várias características poder atentar nas de outra pessoa assim e gostar espanta-me.
Desde o meu sétimo ano que descobri a filosofia...causa-me assim tanto espanto?
Não pode deixar de causar. Declinei.
Ainda não há explicação para isto. Aparentemente, não pode haver.
Eliminadas as hipóteses...só causa interrogação? de facto...
É uma questão de espanto.
Mas, bem vistas as coisas, faz muito sentido. Tudo se conjuga.
De facto, ao assimilar as informações que me correm à frente dos olhos, não consigo deixar de concordar com isso. Mesmo assim, não se sabe o porquê.
Não sabendo, das duas uma: ou se especula ou se esquece.
Não parece ser caso para esquecer: coisas como esta surpreendem.
Podem ser respondidas questões já antigas, de vários anos!
De facto, de facto...
Sei que hoje fui infeliz quando percebi uma coisa incontornável: não tenho um certo passado. Quando olho para trás, não tenho aquela memória...Não tenho aquela somma...Bola ou meia bola. Não tenho ninguém que se lembre de mim, nem tenho ninguém de quem me lembrar.
O que tem de bom, tem de mau. Vida vivida sem certas preocupações, certos problemas de indole sentimental poderá ter atribuido anos de vida. Claro que não soubeste o que são as garantias do contribuinte. Não se pode ter tudo. Ninguém pode. Porquê tu?
Não se havia de mudar isto?
Claro!
E depois?
Pois...Causa e efeito...causa e efeito.
Precisava ser outro, com outro cérebro, outra dicção e feitio.
Já velho, não aprendes linguas. Gordo aos 18, gordo para sempre. Mutatis Mutandis, incapaz desde sempre, incapaz para sempre...
Sentido Jurídico?
Não, não. Incapacidade moral, mental, física e psicológica.
Ahn?
Não atinjo metas, este ano. A nada.
Ahn?
Sabes/Sei/Intelego.
Morrituri te salutant?
Non, sed idea bonna est. Caesar dixit.
Quid est Caesar? Iturus es ad fortunam?
Aut Caesar, aut Deus...nihil. Hic,
Só saber os paradigmas e frases feitas não vale.
Ainda assim...exercitar a mente ajuda.
O Fernando Pessoa teria a razão do lado dele: sem ser nada e não almejando a nada, tem todos os sonhos dentro dele. Mas talvez só meia razão: não basta o homem sonhar para ter obra...nem basta deus querer.
Por falar em Deus. Uma vez ao dia pode ser inaceitável. Duas é motivo de homicídio.
É verdade...Terá havido conversas?
Ingénuo.
Claro...Claro que sim. O Hobbie de um é ver-te pelas costas ou do outro é fingir que nem existes.
Não sei. Paranoia pode ser perigosa. Tirar uns dias e descansar, talvez seja o melhor. Mas uma pessoa com várias características poder atentar nas de outra pessoa assim e gostar espanta-me.
Desde o meu sétimo ano que descobri a filosofia...causa-me assim tanto espanto?
Não pode deixar de causar. Declinei.
Ainda não há explicação para isto. Aparentemente, não pode haver.
Eliminadas as hipóteses...só causa interrogação? de facto...
É uma questão de espanto.
Mas, bem vistas as coisas, faz muito sentido. Tudo se conjuga.
quinta-feira, abril 26, 2007
Por Motivos de Justiça
Uma amiga, após minha intervenção defendendo o Salário do Dr.Paulo Macedo, fica espantada com o fundamento que uso: Quem trabalha bem deve ter remuneração adequada.
De facto, outro amigo levantou a questão da moralidade, que se põe quando há funcionários públicos a ganhar mais que o P.R.
A meu ver, a moralidade tem de ser subjugada por um interesse maior: Justiça.
É da mais elementar justiça que ganhe quem para isso trabalhar.
Lembro-me de uma docente universitária, que lecciona no estabelecimento de ensino que frequento, a perguntar numa oral: "Porque é que o Figo ganha mais que eu?" Resposta certa: Produz muito. Vende Revistas, dá dinheiro a ganhar aos seus patrões, muito mais do que lhes custa o seu salário.
O Caso de Paulo Macedo não é diferente. Uma pessoa competente tem de ser premiada. Não pode ceder porque está no sector público.
Mas atenção: Não se confundam com políticos. Não que trabalhem menos, nada disso. São funções distintas, com fins distintos.
De facto, outro amigo levantou a questão da moralidade, que se põe quando há funcionários públicos a ganhar mais que o P.R.
A meu ver, a moralidade tem de ser subjugada por um interesse maior: Justiça.
É da mais elementar justiça que ganhe quem para isso trabalhar.
Lembro-me de uma docente universitária, que lecciona no estabelecimento de ensino que frequento, a perguntar numa oral: "Porque é que o Figo ganha mais que eu?" Resposta certa: Produz muito. Vende Revistas, dá dinheiro a ganhar aos seus patrões, muito mais do que lhes custa o seu salário.
O Caso de Paulo Macedo não é diferente. Uma pessoa competente tem de ser premiada. Não pode ceder porque está no sector público.
Mas atenção: Não se confundam com políticos. Não que trabalhem menos, nada disso. São funções distintas, com fins distintos.
A Reunião
Caso Prático: Direito Canónico
A. convida B. para ser padrinho do seu filho, C.. Os organizadores do ritual perguntam ao pároco se B., sem ter completado a instrução religiosa, ou seja, sem ter o crisma, pode ser padrinho de C.
Quid Juris se o Padre lhe pedisse opinião?
A. convida B. para ser padrinho do seu filho, C.. Os organizadores do ritual perguntam ao pároco se B., sem ter completado a instrução religiosa, ou seja, sem ter o crisma, pode ser padrinho de C.
Quid Juris se o Padre lhe pedisse opinião?
quarta-feira, abril 25, 2007
Razões
Com uma travessia no deserto que já dura há uns tempos valentes, começo a pensar nas razões. Ocorreu-me quando caminhava perto da Igreja Paroquial da minha terra, quando ia ao seu cartório.
Quando penso em mim, vejo-me destrutivo.
Sou mesmo incapaz de constituir o que quer que seja com quem quer que seja. Isto tem multiplas explicações:
- A minha aparência física é má demais. Penso que se fosse mulher não me dava um segundo olhar;
- A minha expressão facial é de constante zanga para com o mundo;
- Tenho sentimentos de ciúme e possessão inimagináveis;
- Nunca me senti capaz de amar;
- Adoro mulheres mais velhas;
- Perdi oportunidades de ouro.
São aspectos a mais. A estes todos, pode juntar-se outro: não há ninguém que os desminta.
Quando penso em mim, vejo-me destrutivo.
Sou mesmo incapaz de constituir o que quer que seja com quem quer que seja. Isto tem multiplas explicações:
- A minha aparência física é má demais. Penso que se fosse mulher não me dava um segundo olhar;
- A minha expressão facial é de constante zanga para com o mundo;
- Tenho sentimentos de ciúme e possessão inimagináveis;
- Nunca me senti capaz de amar;
- Adoro mulheres mais velhas;
- Perdi oportunidades de ouro.
São aspectos a mais. A estes todos, pode juntar-se outro: não há ninguém que os desminta.
Ideário Abrilesco
A Constituição falava nele...
Mário Soares falava nele...
Álvaro Cunhal estava à esquerda dele.
A verdade é que, hoje, o país sabe vários factos que ajudam a perceber o que se passou naquela madrugada, depois de Salgueiro Maia ter dito que o terceiro Estado era o "estado a que isto chegou".
Devemos aos militares a nossa liberdade. Não que se tratem como uma classe privilegiada. Como inseridos que estão na sociedade, cumprem as mesmas obrigações.
O grande desencanto, porventura, que se viva, e se vive mesmo, será não ter o país enveredado por um extremo. De uma ditadura fascista (discuto o carácter fascista com quem quiser) quis-se enveredar para um Estado, primeiro Socialista, e depois Comunista, com o PCP, única força política credível organizada, a assumir-se como o sol máximo do futuro da nação.
De protegidos pelos EUA, passariamos a ser uma colónia das URSS.
Do culto ao chefe passávamos para o culto ao Estado.
Portugal quis isto. Quis ler O "Capital" e o "Manifesto do Partido Comunista". Quis exterminar o fascismo e implementar uma variante, só que de esquerda.
O desencanto vem daí.
Não houve pão para o povo, os empregos são menos, as qualificações interessam pouco e a 4ª classe já não ensina nada.
Por isso Sócrates tem o capital que tem. Empreendeu reformas que sangram bolsos e bolsas por esse país fora.
Mas ninguém respinga: quis isto desde 1974.
Pela minha parte, muito feliz me deixa o facto de estar com a TVCabo ligada, a escrever num blog, com a informação que desejo, quando a desejo.
Não imagino um país sem liberdades que, para mim, para nós, parecem básicas e garantidas.
Outros blog têm uma excelente banda sonora.
Pela minha parte, fico-me por um verso: "Messias, Deus, Chefes supremos, Nada esperemos de Nenhum".
Mário Soares falava nele...
Álvaro Cunhal estava à esquerda dele.
A verdade é que, hoje, o país sabe vários factos que ajudam a perceber o que se passou naquela madrugada, depois de Salgueiro Maia ter dito que o terceiro Estado era o "estado a que isto chegou".
Devemos aos militares a nossa liberdade. Não que se tratem como uma classe privilegiada. Como inseridos que estão na sociedade, cumprem as mesmas obrigações.
O grande desencanto, porventura, que se viva, e se vive mesmo, será não ter o país enveredado por um extremo. De uma ditadura fascista (discuto o carácter fascista com quem quiser) quis-se enveredar para um Estado, primeiro Socialista, e depois Comunista, com o PCP, única força política credível organizada, a assumir-se como o sol máximo do futuro da nação.
De protegidos pelos EUA, passariamos a ser uma colónia das URSS.
Do culto ao chefe passávamos para o culto ao Estado.
Portugal quis isto. Quis ler O "Capital" e o "Manifesto do Partido Comunista". Quis exterminar o fascismo e implementar uma variante, só que de esquerda.
O desencanto vem daí.
Não houve pão para o povo, os empregos são menos, as qualificações interessam pouco e a 4ª classe já não ensina nada.
Por isso Sócrates tem o capital que tem. Empreendeu reformas que sangram bolsos e bolsas por esse país fora.
Mas ninguém respinga: quis isto desde 1974.
Pela minha parte, muito feliz me deixa o facto de estar com a TVCabo ligada, a escrever num blog, com a informação que desejo, quando a desejo.
Não imagino um país sem liberdades que, para mim, para nós, parecem básicas e garantidas.
Outros blog têm uma excelente banda sonora.
Pela minha parte, fico-me por um verso: "Messias, Deus, Chefes supremos, Nada esperemos de Nenhum".
segunda-feira, abril 23, 2007
Boris
Morreu Boris Yeltsin.
Os jornais televisivos atribuiram-lhe o feito de ter desmantelado a URSS. Não podia estar em maior desacordo. Esse papel coube a Gorbatchov, o senhor da Mancha na Cabeça.
A Yelstin podiam ter oferecido outros epitetos: Dançarino; Americano; Maestro ou Vodka.
Até teve uma casa branca em Moscovo...
Consta que era engenheiro.
Os jornais televisivos atribuiram-lhe o feito de ter desmantelado a URSS. Não podia estar em maior desacordo. Esse papel coube a Gorbatchov, o senhor da Mancha na Cabeça.
A Yelstin podiam ter oferecido outros epitetos: Dançarino; Americano; Maestro ou Vodka.
Até teve uma casa branca em Moscovo...
Consta que era engenheiro.
sábado, abril 21, 2007
O papel do Juiz
Quando a família é grande, ou, pelo menos, é constituída por um agregado familiar de número igual, ou superior, a 4 pessoas, os pais vêem a sua tarefa semelhante à de um juiz.
Como qualquer bom magistrado desse calibre, importa-lhes assegurar o contraditório, zelar pelo bom funcionamento da instância e jamais decidir sobre aquilo que não lhe é pedido. Para além do cumprimento escrupuloso destas concretizações de princípios processuais, não nos vamos esquecer que também estão vinculados à CRP, quanto mais não seja, via artº18.
Assim sendo, o que se conclui é que o principio da Igualdade é para levar em consideração!
O "bonito" nesta analogia, é que também se torna necessário ler esse princípio à luz do espírito processual. Que igualdade se assegura? Uma igualdade formal? Porventura, uma igualdade substancial?
Se a opção tomada tivesse por fonte a primeira hipótese, a formal, o que qualquer irmão fizesse, todos poderiam fazer. Sem restrições. Igualdade é igualdade. Claro está que este não é o caminho a seguir:
- Em matéria legal, como é tirar a carta, se um irmão tem 18 anos e o outro 16, está claro que não se segue esta formula capaz;
-No seguimento da primeira, Se o irmão mais velho sai à noite, o outro não tem o direito de exigir sair também, primeiro porque cada vida é separada, segundo porque não tem de ter acesso às coisas ao mesmo tempo que o seu irmão mais velho tem. Isso seria penalizante para o primeiro, na medida em que teve de esperar algum tempo para aceder a certos espaços e até atitudes.
O ideal mesmo será seguir aquela igualdade substancial. Ficam todos a ganhar. Consistirá em ceder ao mais novo as oportunidades que o mais velho teve, na idade em que tudo aconteceu. Permitir que se faça o que se bem entender, conceder que haja regalias, decidir justamente, sempre percebendo que há uma decalage etária entre pessoas.
Como qualquer bom magistrado desse calibre, importa-lhes assegurar o contraditório, zelar pelo bom funcionamento da instância e jamais decidir sobre aquilo que não lhe é pedido. Para além do cumprimento escrupuloso destas concretizações de princípios processuais, não nos vamos esquecer que também estão vinculados à CRP, quanto mais não seja, via artº18.
Assim sendo, o que se conclui é que o principio da Igualdade é para levar em consideração!
O "bonito" nesta analogia, é que também se torna necessário ler esse princípio à luz do espírito processual. Que igualdade se assegura? Uma igualdade formal? Porventura, uma igualdade substancial?
Se a opção tomada tivesse por fonte a primeira hipótese, a formal, o que qualquer irmão fizesse, todos poderiam fazer. Sem restrições. Igualdade é igualdade. Claro está que este não é o caminho a seguir:
- Em matéria legal, como é tirar a carta, se um irmão tem 18 anos e o outro 16, está claro que não se segue esta formula capaz;
-No seguimento da primeira, Se o irmão mais velho sai à noite, o outro não tem o direito de exigir sair também, primeiro porque cada vida é separada, segundo porque não tem de ter acesso às coisas ao mesmo tempo que o seu irmão mais velho tem. Isso seria penalizante para o primeiro, na medida em que teve de esperar algum tempo para aceder a certos espaços e até atitudes.
O ideal mesmo será seguir aquela igualdade substancial. Ficam todos a ganhar. Consistirá em ceder ao mais novo as oportunidades que o mais velho teve, na idade em que tudo aconteceu. Permitir que se faça o que se bem entender, conceder que haja regalias, decidir justamente, sempre percebendo que há uma decalage etária entre pessoas.
quinta-feira, abril 19, 2007
Coreano
Tive oportunidade de assistir a alguns minutos daquele discurso de despedida e de justificação do autor do "Massacre no Virginia".
Obviamente insano.
Aquele discurso dá-me pena que ele tenha morrido.
É que se estivesse vivo e aquele video fosse visionado...digamos que se lhe curava a maluqueira.
Obviamente insano.
Aquele discurso dá-me pena que ele tenha morrido.
É que se estivesse vivo e aquele video fosse visionado...digamos que se lhe curava a maluqueira.
Nobreza de Carácter
Não me sentiria bem se não dissesse que, ontem, soube o que distinguia alguém com e sem carácter.
Trata-se de apoiar quem precisa, sentir o que se defende, falar na hora certa.
Quem apoie o que lhe convém, falar levianamente, sempre com sentido de inconveniência...Bem...
Neste momento, há duas pessoas que se enquadram em cada descrição.
Com muita pena minha, porque odeio quem não consiga, sequer, esforçar-se.
Trata-se de apoiar quem precisa, sentir o que se defende, falar na hora certa.
Quem apoie o que lhe convém, falar levianamente, sempre com sentido de inconveniência...Bem...
Neste momento, há duas pessoas que se enquadram em cada descrição.
Com muita pena minha, porque odeio quem não consiga, sequer, esforçar-se.
sexta-feira, abril 13, 2007
Der Santain
Pedro Santana Lopes.
Foi entrevistado, disse que houve mal-entendidos na campanha para as legislativas, disse que quer ser da facção liberal e...
Deu duas prendas a Mário Crespo, um livro de Geo-Política e o Seu, devidamente autografado e dedicado.
Ao fim deste tempo todo...Quem é que acredita?
Quem é que acredita que este senhor volte a ser quem era? Mudasti...
Quem é que dá crédito a este docente universitário?
Quem é que se esquecerá que este individuo já foi P.M deste país?
Quem és tu?
Ninguém...
Foi entrevistado, disse que houve mal-entendidos na campanha para as legislativas, disse que quer ser da facção liberal e...
Deu duas prendas a Mário Crespo, um livro de Geo-Política e o Seu, devidamente autografado e dedicado.
Ao fim deste tempo todo...Quem é que acredita?
Quem é que acredita que este senhor volte a ser quem era? Mudasti...
Quem é que dá crédito a este docente universitário?
Quem é que se esquecerá que este individuo já foi P.M deste país?
Quem és tu?
Ninguém...
Racismo
Haverá poucas coisas que causem tamanha sensação de desconforto, insegurança e indignidade, como ser vítima de racismo.
Para além destes sintomas, não nos podemos esquecer de quem os provoca. Estão na base destes sentimentos preconceituosos situações de infância mal ou muito mal resolvidas, um leite materno azedo e companhias pouco recomendáveis.
Haverá alguma outra vicissitude que cause os mesmo arrepios?
Há pouco lembrava-me de uma aula de história, do 12º ano, onde a Professora dissertava sobre os colarinhos brancos. Para quem não sabe, foi esta a designação que se "arranjou" para os trabalhadores administrativos do Estado. Eram pessoas que tinham a seu cargo trabalhos de secretaria. O seu aparecimento terá sido importante, isto por volta do século XIX, inícios, porque passava a garantir aos trabalhores outras condições de vida, melhores, claro está. Criavam-se mais condições de poupança, o que permitiria salvaguardar o futuro sempre incerto. Por outro lado, davam-se os primeiros passos para uma segurança social.
Mas o que é que isto tem a ver com situações reflexas do racismo?
O facto é que estes administrativos provinham do mais baixo estrato social: o proletariado. De uma certa forma, estava a nascer uma burguesia paralela, não comerciante como era a outra, mas mais modesta, a dita classe média. Relembrando as palavras da doutora, "quem subia de classe passava, automaticamente, a sentir desprezo pela inferior". Confesso que me terei rido. Não fazia sentido nenhum. A propria docente me terá dito que não tinha razão, que era como eal dizia. Retorqui: " Como pode alguém sentir desprezo por aquilo que já foi e está na iminência de voltar, a qualquer instante?".
Bastaram umas horas para ver isso.
Diariamente, os programas televisivos, os telejornais, a imprensa escrita e radiofónica o mostram. Eu estava mesmo errado.
Veja-se o Jet7, com todo o "faz-de-conta", onde desgraçados vestem armani e comem a sua única refeição em festas.
Tome-se o exemplo dos pais que são operários, alguns sem instrução, que, ao assistirem à entrada de um filho na Universidade se sentem orgulhosos como se o mundo fosse a sua quinta privada e atiram esse facto, qual tijolo, aos vizinhos que não viram o mesmo filme.
Relembre-se o cruzamento de classes, onde alguém rico se apaixona por alguém mais pobre. A que estigma está sujeito aquele que vem de baixo. Surgem os rótulos, surge a conversa do Golpe do Baú.
Para não variar, o Capitalismo trouxe esta novidade para o mundo moderno. Se o racismo deve alguma coisa à escravatura, o preconceito social deve tudo à acumulação de capitais. Atente-se ao seguinte: é um comportamento básico do ser-humano, este que é comparar o que se tem. Só que, aqui, está muito mais em jogo: não é o modo como se vê a sociedade ou cada individuo em particular, nada disso. O relevante aqui é como olham para nós e quaõ positivo pode ser o juizo.
O Desprezo pelo inferior é milenar, é talvez um fenómeno de sempre. Já o desprezo pelo pobre só pode existir despois de ter sido inventado a mais valia.
Para além destes sintomas, não nos podemos esquecer de quem os provoca. Estão na base destes sentimentos preconceituosos situações de infância mal ou muito mal resolvidas, um leite materno azedo e companhias pouco recomendáveis.
Haverá alguma outra vicissitude que cause os mesmo arrepios?
Há pouco lembrava-me de uma aula de história, do 12º ano, onde a Professora dissertava sobre os colarinhos brancos. Para quem não sabe, foi esta a designação que se "arranjou" para os trabalhadores administrativos do Estado. Eram pessoas que tinham a seu cargo trabalhos de secretaria. O seu aparecimento terá sido importante, isto por volta do século XIX, inícios, porque passava a garantir aos trabalhores outras condições de vida, melhores, claro está. Criavam-se mais condições de poupança, o que permitiria salvaguardar o futuro sempre incerto. Por outro lado, davam-se os primeiros passos para uma segurança social.
Mas o que é que isto tem a ver com situações reflexas do racismo?
O facto é que estes administrativos provinham do mais baixo estrato social: o proletariado. De uma certa forma, estava a nascer uma burguesia paralela, não comerciante como era a outra, mas mais modesta, a dita classe média. Relembrando as palavras da doutora, "quem subia de classe passava, automaticamente, a sentir desprezo pela inferior". Confesso que me terei rido. Não fazia sentido nenhum. A propria docente me terá dito que não tinha razão, que era como eal dizia. Retorqui: " Como pode alguém sentir desprezo por aquilo que já foi e está na iminência de voltar, a qualquer instante?".
Bastaram umas horas para ver isso.
Diariamente, os programas televisivos, os telejornais, a imprensa escrita e radiofónica o mostram. Eu estava mesmo errado.
Veja-se o Jet7, com todo o "faz-de-conta", onde desgraçados vestem armani e comem a sua única refeição em festas.
Tome-se o exemplo dos pais que são operários, alguns sem instrução, que, ao assistirem à entrada de um filho na Universidade se sentem orgulhosos como se o mundo fosse a sua quinta privada e atiram esse facto, qual tijolo, aos vizinhos que não viram o mesmo filme.
Relembre-se o cruzamento de classes, onde alguém rico se apaixona por alguém mais pobre. A que estigma está sujeito aquele que vem de baixo. Surgem os rótulos, surge a conversa do Golpe do Baú.
Para não variar, o Capitalismo trouxe esta novidade para o mundo moderno. Se o racismo deve alguma coisa à escravatura, o preconceito social deve tudo à acumulação de capitais. Atente-se ao seguinte: é um comportamento básico do ser-humano, este que é comparar o que se tem. Só que, aqui, está muito mais em jogo: não é o modo como se vê a sociedade ou cada individuo em particular, nada disso. O relevante aqui é como olham para nós e quaõ positivo pode ser o juizo.
O Desprezo pelo inferior é milenar, é talvez um fenómeno de sempre. Já o desprezo pelo pobre só pode existir despois de ter sido inventado a mais valia.
quinta-feira, abril 12, 2007
Depois da Entrevista
Pode dizer-se que o P.M esteve seguro, esteve bem. Respondeu, com clareza, a tudo o que lhe foi perguntado. Esclareceu, seguro, que está inocente de qualquer acusação.
A Direita deste país, pelo contrário, está mal e não se recomenda. Ribeiro e Castro, quiçá a prazo no CDS, não ficou elucidado. Lança suspeitas, lança achas para uma fogueira que não existe. Lobo Xavier, na Quadratura do Circulo enveredou pelo mesmo caminho. Marques Mendes com aquela convicção que emprega em tudo o que diz, veio, naquele discurso Marquesiano falar da única coisinha que pode falar. Pobre, mesmo muito pobre.
Já os outros partidos com assento parlamentar, de esquerda, tiveram reacções dignas de registo. O B.E, pela voz de Francisco Louçã, disse que o P.M deve responder a nivel político pelas políticas por que opta. Não há interesse em explorar a vida académica de Sócrates. Mas mais curisosa , ainda, foi a resposta do PCP. Não conheço o senhor que proferiu as palavras, mas disse que esta foi uma situação que desviou as atenções do país para qiestões acessórias. Não podia estar mais de acordo.
A Direita deste país, pelo contrário, está mal e não se recomenda. Ribeiro e Castro, quiçá a prazo no CDS, não ficou elucidado. Lança suspeitas, lança achas para uma fogueira que não existe. Lobo Xavier, na Quadratura do Circulo enveredou pelo mesmo caminho. Marques Mendes com aquela convicção que emprega em tudo o que diz, veio, naquele discurso Marquesiano falar da única coisinha que pode falar. Pobre, mesmo muito pobre.
Já os outros partidos com assento parlamentar, de esquerda, tiveram reacções dignas de registo. O B.E, pela voz de Francisco Louçã, disse que o P.M deve responder a nivel político pelas políticas por que opta. Não há interesse em explorar a vida académica de Sócrates. Mas mais curisosa , ainda, foi a resposta do PCP. Não conheço o senhor que proferiu as palavras, mas disse que esta foi uma situação que desviou as atenções do país para qiestões acessórias. Não podia estar mais de acordo.
quarta-feira, abril 11, 2007
A Terra do Meu Pai
1
É Vale de Prados. Aqui, numa foto que podia ser bem mais feliz, temos a "porta de entrada". Trata-se da Igreja Matriz: imponente, agora restaurada, na parte interior, continua a ser o passatempo de alguns habitantes da aldeia. A Fé tem, aqui, poderes congregadores. Não é que sejam todos totalmente católicos, nada disso. Têm a crença neles e a crença deles.
2
Aqui, o Pelorinho. Monumento histórico e desculpa razoável para o IPPAR limitar a capacidade construtiva e criativa na area abrangente. Apesar da pouca simpatia burocrática que tenho para com as instituições que o "sustentam", é um orgulho ter uma pedaço de história ali tão perto de casa. Deixo uma ideia: que tal instalarem um rooter para "oferecer" Internet Wireless" à população?
3
Aqui, a tradição. Na província, ela tende a estar mais presente. Na foto, pode notar-se a falta de um Padre. Veio um Seminarista. O Pároco estava sobrecarregado.
Em minha casa, pela primeiríssima vez, deu-se a Visita Pascal. Receber Jesus, ouvir a oração e deixar seguir a viagem. Não sou crente, todavia saber a origem deste ritual teria o seu interesse.
Em Baixo está o altar, que se exige nestas alturas:
4
Felizmente, nem só de religião vive o homem.
5
Há paz.
6
Há descanso.
7
Há algum paraíso.
Quando me apetecer, volto a por mais qualquer coisa.
Aquela aldeia é optima para descansar.
Ali ao lado, Macedo tem uma noite bem capaz de proporcionar belos momentos.
A visitar!
É Vale de Prados. Aqui, numa foto que podia ser bem mais feliz, temos a "porta de entrada". Trata-se da Igreja Matriz: imponente, agora restaurada, na parte interior, continua a ser o passatempo de alguns habitantes da aldeia. A Fé tem, aqui, poderes congregadores. Não é que sejam todos totalmente católicos, nada disso. Têm a crença neles e a crença deles.
2
Aqui, o Pelorinho. Monumento histórico e desculpa razoável para o IPPAR limitar a capacidade construtiva e criativa na area abrangente. Apesar da pouca simpatia burocrática que tenho para com as instituições que o "sustentam", é um orgulho ter uma pedaço de história ali tão perto de casa. Deixo uma ideia: que tal instalarem um rooter para "oferecer" Internet Wireless" à população?
3
Aqui, a tradição. Na província, ela tende a estar mais presente. Na foto, pode notar-se a falta de um Padre. Veio um Seminarista. O Pároco estava sobrecarregado.
Em minha casa, pela primeiríssima vez, deu-se a Visita Pascal. Receber Jesus, ouvir a oração e deixar seguir a viagem. Não sou crente, todavia saber a origem deste ritual teria o seu interesse.
Em Baixo está o altar, que se exige nestas alturas:
4
Felizmente, nem só de religião vive o homem.
5
Há paz.
6
Há descanso.
7
Há algum paraíso.
Quando me apetecer, volto a por mais qualquer coisa.
Aquela aldeia é optima para descansar.
Ali ao lado, Macedo tem uma noite bem capaz de proporcionar belos momentos.
A visitar!
terça-feira, abril 03, 2007
P.R.A.C.E
Os Economistas gritam por uma reforma.
A oposição berra pelo "emagrecimento" do peso do Estado.
Discutem-se números, tomam-se medidas, ponderam-se acções e mandam-se uns bitaites.
Tudo o que não é funcionário público se insurge contra a "máquina do estado".
Hoje, é assim.
Por trás de um quadro de excedentários, estão centenas de pessoas que vão deixar de ter o bife ao fim do dia, pessoas que vão cortar no seu modo de vida, pessoas que vão ficar mais pobres.
O precognizado emagrecimento do Estado pode custar centenas de empregos, centenas de almas a consumir ainda menos.
Que é feito do Estado Social?
As empresas abandonam o país.
Não há poupança, porque a carga tributária satura.
Não há governo possível.
O que é, afinal, estimular a economia?
(to be continued)
A oposição berra pelo "emagrecimento" do peso do Estado.
Discutem-se números, tomam-se medidas, ponderam-se acções e mandam-se uns bitaites.
Tudo o que não é funcionário público se insurge contra a "máquina do estado".
Hoje, é assim.
Por trás de um quadro de excedentários, estão centenas de pessoas que vão deixar de ter o bife ao fim do dia, pessoas que vão cortar no seu modo de vida, pessoas que vão ficar mais pobres.
O precognizado emagrecimento do Estado pode custar centenas de empregos, centenas de almas a consumir ainda menos.
Que é feito do Estado Social?
As empresas abandonam o país.
Não há poupança, porque a carga tributária satura.
Não há governo possível.
O que é, afinal, estimular a economia?
(to be continued)
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