quarta-feira, abril 25, 2007

Ideário Abrilesco

A Constituição falava nele...
Mário Soares falava nele...
Álvaro Cunhal estava à esquerda dele.

A verdade é que, hoje, o país sabe vários factos que ajudam a perceber o que se passou naquela madrugada, depois de Salgueiro Maia ter dito que o terceiro Estado era o "estado a que isto chegou".

Devemos aos militares a nossa liberdade. Não que se tratem como uma classe privilegiada. Como inseridos que estão na sociedade, cumprem as mesmas obrigações.

O grande desencanto, porventura, que se viva, e se vive mesmo, será não ter o país enveredado por um extremo. De uma ditadura fascista (discuto o carácter fascista com quem quiser) quis-se enveredar para um Estado, primeiro Socialista, e depois Comunista, com o PCP, única força política credível organizada, a assumir-se como o sol máximo do futuro da nação.
De protegidos pelos EUA, passariamos a ser uma colónia das URSS.
Do culto ao chefe passávamos para o culto ao Estado.
Portugal quis isto. Quis ler O "Capital" e o "Manifesto do Partido Comunista". Quis exterminar o fascismo e implementar uma variante, só que de esquerda.
O desencanto vem daí.
Não houve pão para o povo, os empregos são menos, as qualificações interessam pouco e a 4ª classe já não ensina nada.

Por isso Sócrates tem o capital que tem. Empreendeu reformas que sangram bolsos e bolsas por esse país fora.
Mas ninguém respinga: quis isto desde 1974.

Pela minha parte, muito feliz me deixa o facto de estar com a TVCabo ligada, a escrever num blog, com a informação que desejo, quando a desejo.
Não imagino um país sem liberdades que, para mim, para nós, parecem básicas e garantidas.

Outros blog têm uma excelente banda sonora.

Pela minha parte, fico-me por um verso: "Messias, Deus, Chefes supremos, Nada esperemos de Nenhum".