segunda-feira, julho 02, 2007

Triptíco

Há que olhar bem para isto.

Dificilmente se é superado por qualquer coisa, qualquer vicissitude da vida. Normalmente, melhor ou pior, supera-se o que está à frente, com maior ou menor leveza.
Mas isto não é assim com tudo: há factos incontornáveis, matérias que, por mais voltas que a existência dê, nunca se alterarão.
Com esses factos não se lida. Eles toleram-se, sustêm-se.

Ora bem, constatar isto é mais difícil do que, depois, aceitá-lo.

Há, portanto, que olhar bem para isto.

Num belo dia, instalados, sentados ou de pé, a verdade cai-nos no colo. Percebê-la é necessário.
Por mais voltas que se dêem, por mais momentos que passem, por mais palavras que ouçamos...dali não se pode fugir. Nasce a evidência.
Subitamente, um cumprimento, uma "boa tarde" muda tudo, muda todos.

Constatado que foi, pergunta-se, quais os efeitos?
Não releva a nível formal, antes relevasse.
O problema é material.
É lembrar o erro vício.
É relembrar o objecto processual.
Pode ser modificado?

O problema pode residir na cabeça, e isso é o mais natural. Que tal essa constatação, em vez da estuporada que se propõe?

Já nasceu a evidência, e dessa não se pode fugir. Bem disse: olhar bem para isto.