Um pequeno post sobre isto que se está a passar com José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Estava no cinema, à espera de ver um filme que, penso, dispunha de bastantes predicados. Recebo uma mensagem (em rigor, duas) de meu pai:
- "Já viste a última?"
Respondi que não
- "Sócrates detido".
Foi como uma bomba.
Na verdade, quase sempre apoiei Sócrates. Ainda hoje acho que, caso se tem mantido à frente dos destinos do País, isto não tinha chegado à miséria a que chegou. Claro, admito estar enganado. Adiante.
Desde que Sócrates foi preso que tenho adivinhado tudo quanto se tem passado de relevante. Resumindo:
- Depois da detenção, acertei na medida de coação: Prisão Preventiva;
- Depois da medida de coação, adivinhei o desfecho: Perder todos os recursos e mais alguns que invente para alterar a dita medida de coação;
- O Advogado que Sócrates escolheu pode ser um bom Advogado. Não serve para este processo;
- Havia de se chegar à conclusão que o livro não fora escrito por ele.
Ora bem, para não parecer presumido, vou jogar no totobola e apostar nos próximos acontecimentos:
- Os prazos de prisão preventiva vão bater nos limites máximos: antes disso, Sócrates não sai da cadeia.
- A Acusação vai ser conhecida a meio de uma qualquer campanha eleitoral (Dica do meu progenitor), seja ela a das Legislativas ou Presidenciais;
- Os advogados vão abrir instrução: Sócrates vai ser pronunciado;
- Feito o julgamento, que se irá arrastar, Sócrates vai ser condenado por todos os crimes, mas, em cúmulo (que é o que a mula diz ao mulo) não passa dos 7 anos e meio;
- Vai haver recurso para tudo o que seja instância: Sócrates não ganha mais nada, senão umas férias pagas num E.P deste Portugalão.
Coisa diferente é perguntarem-me se acho que os crimes foram cometidos. A isso, respondo como a quase tudo o que mete vida jurídica: não conheço o processo, portanto não sei.