Eis que chega o dia 30, último dia de orais, como, "manualmente", escrevem nas marcações das dolorosas.
Aqui, o ano termina. O Ano académico finda, bem para uns, não tão bem para outros.
Honrosamente, estive na minha faculdade, hoje, que se fechavam as portas.
Foi um dia quente, polvilhado com multiplos reencontros, desejos de boas férias, novidades, e excelentes notícias.
A nível pessoal, acho que impossívelmente seria melhor.
A nível estudantil, terá sido o pior ano de sempre. Não reprovei, mas isso nem sempre é o pior que pode acontecer. Há uma frase marcante, proferida vezes sem conta, nestes últimos dias: "Depois disto são férias". Totalmente de acordo. Mas eu não ansiarei por férias, sabendo que o "isto" pode dar para o torto, como pode dar. Como deu. Há que restaurar as forças e entrar com ânimo. Pode ser dificil, mas o "tem de ser" tem mesmo muita força.
Deixo um grande tema.
Dedico-to, porque, como ele, és sublime.
terça-feira, julho 31, 2007
Ponto Final Académico
domingo, julho 29, 2007
Pessoa
Não sei nada
Nunca saberei nada
Não posso querer saber nada
à parte disso quero saber tudo o que vai no mundo.
Um Poema é bom quando se torna paradigma, quando se torna lugar comum.
Este é o meu paradigma.
Diálogos
- Curtiste?
- Não, nem por isso.
- Nepes, então não tiveste curte nenhuma.
sábado, julho 28, 2007
Teses
Nem me vou referir aos livros da família e das sucessões, causadores de tantas e tantas rupturas familiares.
Reais, Parte Geral, Obrigações, não necessariamente pela mesma ordem.
Começar pela posse é tentador. Como dificilmente resisto, é por aí mesmo.
sexta-feira, julho 27, 2007
Notícias
Há algo que nunca se deve discutir neste P.M: o seu inegável jeito para estes momentos. Se há alguém que sabe desembaraçar-se de apertos e responder bem e na hora, esse alguém é Sócrates.
Transformou os temas polémicos com palavras sumariamente proferidas, sendo que ficou tudo como dantes, é certo, mas esquecido.
Mostra total confiança em si e nos seus. Fá-lo bem, convincentemente.
Como qualquer entrevista é uma prova, também, física, para além do tempo que concede aos entrevistadores, é senhor para continuar mais algum tempo, off-record, a conversar com os mesmos.
No aspecto mental, imbatível. Tem o jogo cerebral incrível.
De resto, lembro-me de entrevistas concedidas por Guterres, no apogeu da desgraça. As reacções eram as melhores. Lembro-me de uma frase proferida por um popular: "Convenceu-me. Se virmos bem, não há ninguém melhor para lá estar".
Com Sócrates é semelhante: responde à pergunta mas o problema continua. Resiste ao entrevistador, mas difícil será mesmo resistir-lhe.
quinta-feira, julho 26, 2007
Isto às vezes...
Quando se transpõe a barreira do meio-dia e se entra na tarde, já se descortina que não vai correr tudo bem: Na TV, sendo dia dos Avós, havendo uma emissão em directo do Pavilhão Atlântico para a RTP1, eis que surge Borga, o Padre.
"Kumbaya, Jesus, Kumbaya"
Pronto...
Quando são 1.24 da Manhã
É instantânea a memória: lembro-me de cada momento, do começo e da continuação, da hesitação e concretização.
Lembro-me da hora que passa agora, e como estava, à mesma hora, há 62 dias atrás.
Não haja dúvida: muito melhor hoje.
quarta-feira, julho 25, 2007
Fiquemo-nos Por Aqui
"She, who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She maybe the love that cannot hope to last
May come to me from shadows in the past
That I remember 'till the day I die"
Mais tarde...
"The meaning of my life is
She....She
Oh, she...."
terça-feira, julho 24, 2007
Pão e Circo
Tudo agora é o "El Solitario".
Foi a polícia tuga!!!
Que orgulho!
A leviandade lusa devia parar.
Hoje, à porta do tribunal, milhares de populares esperavam o homem. Porquê?
Os telejornais não falam de mais nada, tudo em prol da policia portuguesa. Eu já sabia que era boa, a sério!
Não devemos ficar exultantes quando tudo funciona.
Devemos ficar preocupados quando o contrário acontece.
segunda-feira, julho 23, 2007
Noites
Na mente, um só assunto.
Tenho o terrível hábito de me deixar afectar por diálogos de 3 minutos.
Tenho o péssimo defeito de não conseguir deixar de pensar em simples linhas que li, que não me soaram como pensei que soariam.
Apesar de tudo isto, sinto-me nervoso, como se fosse a primeira vez.
De tudo.
Pensar é, mesmo, estar doente dos olhos.
Poderá ser, também, não ver, simplesmente.
Não é já que me deito.
Por aí
Perduras na memória.
Não será, com certeza, com o Inverno.
Aqueces-me o coração.
Não será, com certeza, no Outono.
És parte da minha história.
Nem será, com certeza, na Primavera.
Deixar-me-ias sem qualquer emoção.
Serei apenas mais um a discutir a intemporalidade.
Serei mais um que foge à evidência:
"Tudo é eterno até que se acabe".
Mas, se fugir, haja honra.
Se tiver que a natureza contradizer,
Irei até ao fim, mesmo que morra.
Fatalidades à parte,
Complementas-me.
DNOC
domingo, julho 22, 2007
Para acabar a Noite
"Não sou galã nenhum, aproveito o que me toca"
Incrível
Há alturas em que somos o argumentista.
O que terá graça é sermos o realizador.
sábado, julho 21, 2007
Sempre disse que as Conversas de Madrugada Eram as Melhores
Percebo, mas só agora, que, afinal, não pensei em tudo.
sexta-feira, julho 20, 2007
Diferenças
Hoje, tou pronto para o que vier.
Férias...
quinta-feira, julho 19, 2007
Uma que Faz Parte da Santíssima Trindade
A música que melhor me descreverá é esta.
Desabafos à parte, preferia a versão original, por John Lennon. Só que me lembrei que estes senhores existem. Há, claro, o facto de já ter sido muito feliz ao som do grupo, daqui a minha sentida homenagem, portanto.
Todavia, se houve momentos felizes, ao som da banda, já ao som da música...
Uma vez, discutindo o papel da música com quem gosta de signos, me terão dito que era típico dos capricórnios passar pela catarse por via musical.
Cada vez que oiço este Jealous Guy fico obrigado a concordar, se bem que a obrigação seja natural e não civil.
Para o momento karaoke, eis a letra:
I was dreaming of the past.
And my heart was beating fast,
I began to lose control,
I began to lose control,
I didn't mean to hurt you,
I'm sorry that I mad you cry,
I didn't want to hurt you,
I'm just a jealous guy,
I was feeling insecure,
You night not love me any more,
I was shivering inside,
I was shivering inside,
I was trying to catch your eyes,
Thought that you were trying to hide,
I was swallowing my pain,
I was swallowing my pain.
Ausência
Numa tarde de verão, o calor era o de sempre. Certo amigo meu sucumbia ao efeito do sol na mioleira humana: estava apaixonado. Bem o ouvia eu: de tipo duro e convencido, havia caído na rota da seta cupidesca, e já ninguém o conhecia. A vida dele era ela. Os pensamentos dele eram ela.
Consumou-se, começaram.
Mas, como tudo, como sempre, havia que manter acessa a chama, para que o calor durasse...para o mais que desse.
Tomou uma atitude: escrever-lhe uma carta de amor, de paixão, reveladora, inocente, totalmente inovadora, para alguém que me chegou a perguntar o que queria dizer bibliografia.
Não assisti à redacção do documento, mas ela teve lugar no domicílio do remetente.
Deu-se a tradição, por mão, da dita epístola.
Para surpresa minha, a destinatária adorou-a, deslumbrou-se e caiu de quatro, ainda mais do que já se encontrava. Digo "para surpresa minha" porque a li, e, para alguém como eu, ninguém poderia gostar daquilo. Os erros ortográficos eram grosseiros, as frases não tinham nexo nem a mensagem conseguia passar. Se ele queria dizer-lhe que a amava, melhor maneira teria de arranjar.
Qual quê...
Por toda uma noite, a domina epistolae, empunhou o pedaço de papel que lhe tinha sido endereçado e, sorridente, como nunca mais a terei visto, quase bailava.
Fui comentar aquilo com alguém bem mais velho que qualquer dos intervenientes e observadores próprios.
A conclusão foi marcante: uma carta com erros ortográficos vale mais que carta nenhuma.
Uns dias mas tarde acabou tudo.
Apesar de ter sido responsável por algumas cartas românticas, nunca fui descoberto.
Deve ser por não as ter assinado.
Seja como for, as destinatárias não lêem o blog, posso falar à vontade.
Também foi há anos...
É a ausência de alguém que me faz lembrar disto.
5 minutos com ela é melhor que nenhum.
quarta-feira, julho 18, 2007
Os Problemas do Método Tópico
Se eu der a solução e só fundamentar depois terei que assumir o erro inicial, se a ele houver lugar.
terça-feira, julho 17, 2007
Porque se adequa
Banda sonora desta semana.
Bem a propósito, por uma data de coisas, designadamente várias. Para além delas, não posto um video vai para mais de 15 dias, ou seja, um escândalo.
Como gosto bem dos meus leitores, fiquem com a letra, em baixo.
It's not
What you thought
When you first began it
You got
What you want
Now you can hardly stand it though
By now you know
It's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up.
You're sure
There's a cure
And you have finally found it
You think
One drink
Will shrink you 'til you're underground
And living down
But it's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up.
Prepare a list of what you need
Before you sign away the deed
'Cause it's not going to stop
No, it's not going to stop
'Til you wise up
No, it's not going to stop
'Til you wise up
No, it's not going to stop
So just give up
O Tango da Margem Sul
É "típica": cabelos escuros, encaracolados. Veste um top, com as devidas alças. Mala pendurada no ombro esquerdo, telemóvel na mão direita.
Tão calma que está.
Olhar para ela é não saber coisa nenhuma. Será estudante? Será uma contratada?
No fundo, ela é uma pessoa como as outras.
Dela não sabemos coisa nenhuma.
Aqui e ali, nos caminhos mentais, é uma figura daquelas que usamos para preencher todo um espaço que imaginamos, toda uma sociedade que rodeie os devaneios próprios. Para encher, mesmo, o dito espaço, procedemos a uma multiplicação daquele ser por vários et voilá.
Nada é melhor que almejar a esse estatuto.
Para além da forma, importa o conteúdo. Sobretudo ele.
Poderia tecer inúmeras considerações sobre aquela calma a descer a rua, sobre aquela rapariga que escrevia qualquer coisa no telemóvel.
Apostar, no que quer que fosse, era ceder ao preconceito e injustiça.
É bom não saber tudo sobre alguém.
Melhor que isso, é não saber, rigorosamente, nada. Não há margem para qualquer tipo de engano, porque não houve chance para se proceder em erro.
Não é que concorde com o que escrevi.
Mas há algo de fascinante no facto de ninguém saber quem somos.
É a liberdade que daí deriva.
Pensar algo de alguém é condicionar qualquer acção que se possa ter.
Saber que se é visto, que se é objecto de tempo dispendido a ser estudado é limitador da liberdade.
A miúda que descia a rua, perante mim, é totalmente livre.
segunda-feira, julho 16, 2007
Não se Percebe à Primeira
"A Alegria é a coisa mais séria da vida"
Não é uma citação nada fácil.
Eu entendo-a num sentido totalmente diferente do que seria apreendido, à primeira vista.
sexta-feira, julho 13, 2007
domingo, julho 08, 2007
sábado, julho 07, 2007
Formas de Ganhar Certezas
Eu sei resolver bem a questão. Mas, faço já essa advertência, não se trata de arranjar certezas ou corrigir algo que esteja mal: é simplesmente saber se ela gosta, ou sente alguma coisa forte, por nós. Só funciona se tiverem uma relação estabelecida. Se não tiverem, também se arranja, mas o texto é outro.
Posto isto, comece-se.
Tudo parte de uma incerteza, de uma insegurança.
Uma reacção dos inseguros é trair a parceira que têm com outra, normalmente, muito mais reles.
Isso não se faz.
A tónica tem mesmo de ser outra: acaba-se tudo com ela.
Pode ser num jantar, num almoço, depois de algum acto isolado.
A justificação da rutura tem de ser leve: pede-se um tempo, diz-se que há muita indecisão na cabeça, tanto faz. Mas NUNCA se utiliza como desculpa a intervenção provocada de terceiros.
Posto isto, é dar tempo ao tempo.
Em duas semanas tudo tem de ficar resolvido.
Se ela continua a gostar, ao fim de duas semanas ainda não arranjou, sequer, uma curte, logo, é voltar e casar, é a pessoa certa.
Se, ao fim desse espaço de tempo, a senhora inicia uma relação com outro, será possível que, com a devida intervenção, ela volte. Mas nunca será a pessoa certa e a vida com ela será sempre incerta.
Se arranjar uma curte significa que se segue caminho, que é melhor. Ali já não há nada.
Esta solução é inovadora: nada mais util que brincar com sentimentos alheios para se chegar às melhores conclusões.
Hoje
Still,
desejo.
Hoje é mais um dia que passa e me lembro: se fosse alguém que não sou, tudo era diferente.
Este post não seria,
Esta disposição não havia,
Este receio não tinha razão de ser.
Todavia, eis-me....e tudo cá está, tudo habita.
De explosivo, passo a paciente.
De reacionário, transformo-me num observador.
Eu não sou assim.
Mas estou assim.
O Duplo Sentido
A lingua Portuguesa Vive dele.
Passam 2 minutos desde que ouvi aquela que é, provavelmente, a sua expressão paradigma.
terça-feira, julho 03, 2007
Lições
Para além daquele sotaque, que tentarei, oportunamente, reproduzir, lembro, neste espaço, o catecismo daquele dia.
Era, então, sobre o menino Samuel.
Como todo e qualquer catecismo que se prezasse, o ponto de partida era uma imagem. Aquela é memorável: Em tons de laranja, não PSD, mas daquelas laranjas de há 15 dias, quiçá podres, mesmo, um menino, o Samuel, apoiava o cotovelo esquerdo na carteira e o braço direito encontrava-se erguido, com um dedo esticado. Com cabelo encaracolado, também laranja, olhos a olhar para lado nenhum, camisola, provavelmente com uma risca no meio, ficamos com o rapaz descrito.
Eis que começa o discurso:
"O Sámuel é un minino muito aplicado, estudá sempre sua lizão, tira sempre suas duvidas e, quando chega a casa, vai logo rezar, ao Pai. Têm que ser como o Sámuel: Não deixem que a caixinha mágica vos destrua as ideias, acreditem"
Digamos que tinha os meus 6 ou 7 anos e fiz uma força danada para não me rir: então, para além de ir rezar, ainda não podia ver televisão?
A minha professora primária tinha medo de mim, nunca fui lá muito conveniente, mas calei-me.
Só fazia, a mim mesmo, uma pergunta: Porque é que eu tinha de a estar a ouvir? Para além de Italiana, ainda me mostrava imagens de um beato, marrão, que não via t.v?
Também lá costumava ir um Padre, cujo nome não revelo. A brincadeira preferida dele era dizer Café, ao que nós respondiamos olé. Ria-se muito. Esse, acho, era polaco.
Actualmente, não sei se ainda existe essa visita, sistemática, dos entes bafientos da Igreja às salas de aula. A existir, é bom que acabe rápido: para além de ser uma seca das antigas, é inconstitucional.
segunda-feira, julho 02, 2007
Triptíco
Dificilmente se é superado por qualquer coisa, qualquer vicissitude da vida. Normalmente, melhor ou pior, supera-se o que está à frente, com maior ou menor leveza.
Mas isto não é assim com tudo: há factos incontornáveis, matérias que, por mais voltas que a existência dê, nunca se alterarão.
Com esses factos não se lida. Eles toleram-se, sustêm-se.
Ora bem, constatar isto é mais difícil do que, depois, aceitá-lo.
Há, portanto, que olhar bem para isto.
Num belo dia, instalados, sentados ou de pé, a verdade cai-nos no colo. Percebê-la é necessário.
Por mais voltas que se dêem, por mais momentos que passem, por mais palavras que ouçamos...dali não se pode fugir. Nasce a evidência.
Subitamente, um cumprimento, uma "boa tarde" muda tudo, muda todos.
Constatado que foi, pergunta-se, quais os efeitos?
Não releva a nível formal, antes relevasse.
O problema é material.
É lembrar o erro vício.
É relembrar o objecto processual.
Pode ser modificado?
O problema pode residir na cabeça, e isso é o mais natural. Que tal essa constatação, em vez da estuporada que se propõe?
Já nasceu a evidência, e dessa não se pode fugir. Bem disse: olhar bem para isto.