Um dos dilemas no espécime humano do sexo masculino é saber se outro espécime humano do sexo feminino o aprecia.
Eu sei resolver bem a questão. Mas, faço já essa advertência, não se trata de arranjar certezas ou corrigir algo que esteja mal: é simplesmente saber se ela gosta, ou sente alguma coisa forte, por nós. Só funciona se tiverem uma relação estabelecida. Se não tiverem, também se arranja, mas o texto é outro.
Posto isto, comece-se.
Tudo parte de uma incerteza, de uma insegurança.
Uma reacção dos inseguros é trair a parceira que têm com outra, normalmente, muito mais reles.
Isso não se faz.
A tónica tem mesmo de ser outra: acaba-se tudo com ela.
Pode ser num jantar, num almoço, depois de algum acto isolado.
A justificação da rutura tem de ser leve: pede-se um tempo, diz-se que há muita indecisão na cabeça, tanto faz. Mas NUNCA se utiliza como desculpa a intervenção provocada de terceiros.
Posto isto, é dar tempo ao tempo.
Em duas semanas tudo tem de ficar resolvido.
Se ela continua a gostar, ao fim de duas semanas ainda não arranjou, sequer, uma curte, logo, é voltar e casar, é a pessoa certa.
Se, ao fim desse espaço de tempo, a senhora inicia uma relação com outro, será possível que, com a devida intervenção, ela volte. Mas nunca será a pessoa certa e a vida com ela será sempre incerta.
Se arranjar uma curte significa que se segue caminho, que é melhor. Ali já não há nada.
Esta solução é inovadora: nada mais util que brincar com sentimentos alheios para se chegar às melhores conclusões.