Como referido há uns posts abaixo, estou em casa desde dia 14 de Março, tendo saído, contas actualizadas, cerca de 10 vezes, para três efeitos: trabalho, despejo de resíduos e abastecimento.
Ao contrário do que foi por mim esperado, não tive muito com o que ocupar o tempo, uma vez que sou Pai de um Vasco bem activo e que pede atenção.
Não obstante, consegui (nestes quase dois meses) visualizar duas peças antigas que faltavam ao meu CV audiovisual.
A primeira é o filme Era uma vez na América. Será escusado tecer grandes comentários. Praticamente toda a gente já teve oportunidade de se "degladiar" com a obra maior de Sérgio Leone. É absolutamente excelente. Tem o que, até agora, não vi noutros filmes de idêntico cartel: as personagens têm, todas elas, péssimo carácter. Não há moral, hipótese de redenção, nada: ali, ninguém presta. E, nem sendo essa a sua mais apelativa caracteristica, mesmo assim, é soberbo.
A segunda é a série Twin Peaks. Consegui, finalmente, assistir à série original, de 1990. Estou, agora, a ver a temporada mais recente, a qual apresenta um registo de ritmo, música e até narrativo, algo diferente, mas igualmente ímpar.
Estou, ainda, na recta final de dois livros: The man in the high castle e Dr. Sono. Não é Eça, mas a qualidade está lá. Conto terminá-los esta semana.
O triste de ser culturalmente diminuído é este: o que se perde.