Atrás do meu escritório, um pouco antes de chegar ao serviço de CTT, um velhinho urinava no meio da rua.
Vi-o de longe.
Mudei de direcção.
Inevitavelmente, e porque precisava de ir ao dito serviço, tive de me aproximar, ainda se sacudia a mais valia.
Disse-me bom dia, enquanto apanhava os alhos e um saco que tinha colocado no chão para concretizar o serviço.
A primeira sensação foi de algum repúdio. A segunda foi de aceitação. Um dia, poderei ser eu. Quem sabe?
Nunca me tinha acontecido.