Sou um bimbo camuflado.
Vale a pena ser mais concreto. Sou um bimbo sentimentalão. Não daqueles que são "azeite" (viva o princípio da aquisição linguística, se é que existe), ou da terrinha, ou mesmo rapioqueiros.
Gosto de ver o amor na forma real do termo (e por real refiro-me a pertença, como quem fala de direitos reais e da aquisição originária da posse).
Daí ser bimbo. Ouvir com gosto a Lana del Rey quando canta o "Nothing without you", esta dos Madredeus ou uma obra qualquer do Sérgio Godinho.
Acaba por ser um aspecto em mim que gostava de relegar. O problema, sempre o mesmo, são as associações que o subconsciente acaba por fazer.
Hoje, dia em que perco (e pode perder-se em tantos campos), lembro-me que o amparo está naqueles que aqui estão.
E eis o amor. Amor é amparo. Pelo menos na minha idade.