Ou erosão.
O título podia ser uma outra palavra.
Vamos, então, para a decadência.
A convivência entre os semelhantes é feita de diversos componentes. Em primeiro lugar, a meu ver, a mera coexistência e partilha do mesmo espaço depende da tolêrancia que temos para com as diferenças do próximo.
Da mesma forma, nasce amizade quando muito mais é aquilo que une do que aquilo que nos separa, uma vez mais, do próximo.
As amizades, aquelas dignas desse nome, resistem bem ao tempo e, independentemente do tempo que passe entre a última vez que se viu um amigo e aquela vez em que se dá o reencontro, tudo está na mesma, com a mesma confiança e conforto que houve desde sempre.
Então, poder-se-á dar o caso de haver uma decadência de tão forte companheirismo?
Claro.
Lamentavelmente, constato que o tempo e respectivo decurso, devidamente acompanhado de episódios menos felizes, produz um fenómeno de afastamento progressivo e decadência naquilo que era algo bastante decente.
Isto é um dado meramente empírico ao qual os líricos responderão qualquer coisa como: "Pá, se forem mesmo grandes amigos, o tempo não significa nada".
Mas significa.
Thats a bitch.