quinta-feira, dezembro 20, 2012

Teses

Há uns anos, na célebre rúbrica chamada "O Homem que mordeu o cão", dizia-se que a Dina e o (actor que fazia de) Zé Gato eram uma e a mesma pessoa. Dos vários argumentos, o mais pujante vinha na forma de pergunta: Alguma vez foi vista a Dina e o Zé Gato no mesmo sítio?

Agora, tenha-se em consideração o seguinte caso:


Toda a gente, em princípio, conhece este senhor. Abebe Selassie, o Troi em Troika.


Este homem é Cee Lo Green. Passei a conhecê-lo por ser vocalista de Gnarles Barkley.


segunda-feira, dezembro 17, 2012

Estupidez, ainda antes da entrada em modo natalício

Se abrisse um negócio de comida para vegetarianos, apostava na internacionalização e chamar-lhe-ia Food Earth

terça-feira, dezembro 11, 2012

Estava, agora mesmo, a pensar numa cozinha daqueles restaurantes com Estrela Michelin.

Ali, esbate-se o preconceito do grande cozinheiro. Mais concretamente, o que se passa naquele espaço não é o mesmo que acontece numa cozinha doméstica, em que um dos habitantes da casa pega no tacho e, sozinho, produz a refeição.

Numa cozinha de grande gabarito, o chef há de ser sempre o responsável pela ideia, pela receita, que subjaz ao prato. Será sempre dele o tempo de cozedura, de grelha ou outro meio qualquer de produzir o bom do "morf". Também é dele o molho, o tempero, o "saber" onde comprar os bons igredientes.

Na hora da verdade, o chef não está na cozinha a grelhar o peixe, a assar a carne nem a preparar a salada. Para isso há "outras pessoas". Quando muito, um chef prova, "maquilha" o prato e faz com que os olhos também comam.

A constatação do dia é que sou "outra pessoa". Como as coisas estão, é bem possível que passe os próximos anos da minha vida a fritar as batatas ou a cozer arroz.

(Era para ter optado pela metáfora do jogador de futebol que aquece o banco, mas uso-a num outro dia, acompanhada de história própria e reminiscências infantis).

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Idades

(Fazia tempo que não escrevia aqui)

 Eu ando sempre a dizer que estou velho. Faço grande parte da minha vida a resmungar e a maldizer a sorte. Ao fim e ao cabo, dou comigo a pensar que, até agora, tem tudo passado muito depressa.

Que já vi muito.

Que já passei por alguma coisa.

Que já ouvi e cheirei o que preferia não ter ouvido e cheirado.

Até que, numa bela tarde de Quarta-Feira (de acordo com o anterior acordo ortográfico), oiço algo que tinha por impensável. A juntar a isso, assisto ao que nunca pensei que pudesse acontecer.


Isto só para dizer que volto a pensar que não sou tão velho assim, como pensava quando andava no ensino básico, ali como quem vai para o 9.º ano.