sexta-feira, maio 27, 2011

(Post do cano de esgoto)

Sim.

Pela minha parte, mui honestamiente, odeio sempre tê-la.

E mais: digo-o.

Por várias vezes, tive-a. Porém, nunca confrontei ninguém e lho disse expressamente.

Esta é a primeira lição de mandarim. Para a próxima, vamos aprender a pedir crepes.

quarta-feira, maio 25, 2011

Dito assim, depressa e a quente, o FaceBook é uma merda.

segunda-feira, maio 09, 2011

FB T

Eu: Eu devo ter lido meio dúzia de linhas do Kant. O que disse é inteiramente pessoal. Eu não gostava de ser ajudado para depois me lançarem isso à cara. Como também nunca ajudaria para depois me valer disso. Acho mesquinho e redutor. Neste caso, muito especial, não nos cabe a nós, na posição de potenciais ajudados, estarmos com tretas. Cabe-nos dialogar, mostrar que pagamos, demonstrar por A + B que chegamos ao destino. Importa a elevação muito mais do que a altura

Zé das Couves:
Li acima que o Eu se gaba de ter lido Kant 1/2 duzia de vezes. "Eu devo ter lido meio dúzia de linhas do Kant". Segundo as minhas fontes, Kant só entendeiu o que escreveu depois de ler a tradução em Inglês.
Qual foi a versão que leste .... ó Eu?

Zé das Couves:
Acho que o Manel Alberto leu mais linhas e mais vezes.

Tenho muitos defeitos.
Muitos.
Mais do que consigo enumerar.

Mas não me gabo. Pura e simplesmente, não me gabo. Porque não tenho razões. Porque, tão cedo, não as irei ter.

O que faz este cavalheiro pensar que eu me gabo? Acaso isso emana do que escrevi?

Verdade seja dita, adoro que me lancem à cara aquilo que sou e fiz. É certinho que não volto a repetir a merda.

Outra coisa, que me deixa positivamente fornecido, é imputarem-me coisas que não disse e dizer que sou aquilo que nunca fui.

Moral disto tudo: é segunda, isto já não estava grande coisa e agora tenho instintos homicidas

sexta-feira, maio 06, 2011

Histórias da certeza ou como se chega a 4

Era dia 31.

A gadelha estava enorme. Felizmente o peso era outro. Adiante.
Procurava um barbeiro que mo pudesse desbastar para que ficasse com um ar capaz. Pelo menos, de forma a que me assemelhasse aquilo a que se chama "raça humana".

Enquanto procurava, aproveitei para ir comprar uma camisola de gola alta, just in case.

Tinha programa marcado.

Chegou a noite. Tinham-me avisado. "Leva o carro". Levava coisa nenhuma, que queria ir calminho da silva, beber uns copos e voltar sem ter o problema policial numa vinda destas.

Fui de comboio. Gadelhudo, com um gel que só me fez ficar pior, mal vestido.

Era esperado. Desço a estação do Areeiro e lá está. Aquela visão de vestido escuro, a fazer lembrar lã.

Pedi-lhe para dar uma "voltinha". Abracei-a, beijei-a. Partimos.

Começou uma noite memorável.

O plano era jantar, calma e tranquilamente. Depois, na mesma passada, seguir para o Pavilhão Multiusos onde os Gato Fedorento ficariam com o encargo de me fazer passar de ano sem estudar. O final de noite/princípio de dia seria com uns belos copos.

Planos. Ui, ca bons.

Estava tudo fechado. Os restaurantes que habitualmente abrem uma convidativa esplanada, naquela espécie de avenida ao pé do Mar da Palha, apenas se ocupavam a montar barracas onde serviriam cerveja all night long. Do outro lado do lugar, já se limpavam copos: "Esta noite, só por marcação".

"Espera, há o Vasco da Gama". Fechava, fechou.

Mas e agora? Para sempre ficarão na minha memórias os seres que se dignaram a proporcionar-me um jantar naquela noite. Joshua's Shoarma.

Comemos mesmo ali, sentados praticamente no chão. "Não tens frio?"

O Gato Fedorento foi logo a seguir.

Acabou.

Perto da uma da manhã, quando saímos, o PdN estava ocupado por todo o tipo de gente. Quando se dá uma ocupação destas, predomina aquilo a que na gíria se chama gandim. Nada a dizer.

"Para onde ir?" Estava tudo cheio. Cheio.
Conseguimos enganar um porteiro (não, tu conseguiste, não, ela conseguiu) e lá ficámos com abrigo até volta das 3...mas o metro só abria às 6h.

Durante 3 horas, mais que perfeita, mais que única, descobertas as pernas, aguentou a noite gélida, comigo, sem nunca me dar menos que um sorriso. Aguentou a dizer que estava a ser perfeito. Quando só queria era atirar-me de uma ponte ao saber que não podia dar mais aquela que amava do que uma noite fria e um cabelo "ninho-de-ratos", nunca me deixou mal.

Até hoje é assim.
Até sempre será.

(Bem sei. Lamechas, expõe-me, diz demais. Na verdade, sofro de um mal. Se há pessoas que dizem o que pensam, eu escrevo. Pelo menos, tenho uma vantagem: posso apagar)

quarta-feira, maio 04, 2011

Pacta sunt servanda ou como há contratos e Contratos



26 anos.

Não há contrato nenhum que possa durar tanto.
Talvez um contrato de trabalho, vá.

Se fosse jurista, começaria por dizer que o Casamento não é contrato nenhum. Era o que faltava!
Mas não sou.

O casamento é um contrato. O mais livre de todos. O mais importante das posturas jurídicas. Marca uma vida. Altera o património. Protege pessoas.

Hoje celebra-se (pelo menos) um aniversário de casamento. É sobre ele que me vou debruçar.

Sem querer ser "Padreca", o casamento como o conhecemos hoje deve-se sobretudo à Igreja. Não que algum dia pretenda celebrar casamento católico, mas facto é que há uma ideia solidificada daquilo que é um casamento. As pessoas sabem que, ao casar, devem respeitar o companheiro e com ele partilham uma vida, com tudo o que isso acarreta. Isso veio com a história e com a dignidade que foi sendo cultivada ao longo dos tempos.

Mas onde quero chegar é ao seguinte. Só há uma coisa que torna este contrato especial e diferente de todos os outros: o amor. (Já sei leitor. Pieguice, lamechique e paneleirice)

Salvo raros casos, casa-se quem ama. Decide assinar o papel quem ama aquele com quem se casa. Decide avançar com esse grande espectro.

Ao contrário de uma compra, de uma prestação de serviços ou de um leasing, casou-se quem caminhou no bairro do amor.

Uolo ou como o que ontem era depressivo hoje liberta



No final da primeira década do novo milénio, chorava naquelas mesas que estavam lá fora.

Chorava porque ele não a queria. Porque já a tinha tido. Agora não queria mais.
Medo, incerteza, imaturidade. Certo é que ela não encarou aquilo bem. Foi depressivo.

Caminhava pelo bairro, já alegre, gritava pelo nome dele. Dizia que o queria.
Colocava músicas destas nos locais próprios. Dizia que o queria.

Mais tarde teve-o. Partiu dele a vontade. Decidiu aproximar-se dela e reatar o que antes houvera existido. Ela continuava a querer. Agora tinha-o.

Até que a década virou.

O problema surgiu quando em vez de o querer só a ele quis mais.
Mais.

Quando quis mais, não havia lugar para aquele que quis antes.

É o problema da vontade.

Depois de ser "a tal", hoje prefere que perguntem "qual?".

(Lembrei-me disto há pouco quando ouvia a música supra colocada)