quarta-feira, maio 04, 2011
Pacta sunt servanda ou como há contratos e Contratos
26 anos.
Não há contrato nenhum que possa durar tanto.
Talvez um contrato de trabalho, vá.
Se fosse jurista, começaria por dizer que o Casamento não é contrato nenhum. Era o que faltava!
Mas não sou.
O casamento é um contrato. O mais livre de todos. O mais importante das posturas jurídicas. Marca uma vida. Altera o património. Protege pessoas.
Hoje celebra-se (pelo menos) um aniversário de casamento. É sobre ele que me vou debruçar.
Sem querer ser "Padreca", o casamento como o conhecemos hoje deve-se sobretudo à Igreja. Não que algum dia pretenda celebrar casamento católico, mas facto é que há uma ideia solidificada daquilo que é um casamento. As pessoas sabem que, ao casar, devem respeitar o companheiro e com ele partilham uma vida, com tudo o que isso acarreta. Isso veio com a história e com a dignidade que foi sendo cultivada ao longo dos tempos.
Mas onde quero chegar é ao seguinte. Só há uma coisa que torna este contrato especial e diferente de todos os outros: o amor. (Já sei leitor. Pieguice, lamechique e paneleirice)
Salvo raros casos, casa-se quem ama. Decide assinar o papel quem ama aquele com quem se casa. Decide avançar com esse grande espectro.
Ao contrário de uma compra, de uma prestação de serviços ou de um leasing, casou-se quem caminhou no bairro do amor.