quarta-feira, maio 04, 2011
Uolo ou como o que ontem era depressivo hoje liberta
No final da primeira década do novo milénio, chorava naquelas mesas que estavam lá fora.
Chorava porque ele não a queria. Porque já a tinha tido. Agora não queria mais.
Medo, incerteza, imaturidade. Certo é que ela não encarou aquilo bem. Foi depressivo.
Caminhava pelo bairro, já alegre, gritava pelo nome dele. Dizia que o queria.
Colocava músicas destas nos locais próprios. Dizia que o queria.
Mais tarde teve-o. Partiu dele a vontade. Decidiu aproximar-se dela e reatar o que antes houvera existido. Ela continuava a querer. Agora tinha-o.
Até que a década virou.
O problema surgiu quando em vez de o querer só a ele quis mais.
Mais.
Quando quis mais, não havia lugar para aquele que quis antes.
É o problema da vontade.
Depois de ser "a tal", hoje prefere que perguntem "qual?".
(Lembrei-me disto há pouco quando ouvia a música supra colocada)