quarta-feira, outubro 27, 2010

Há dias em que parece que o único ser de merda, indigno da raça humana, capaz de provocar tanto nojo como a fusão de uma barata com um ditador qualquer...sou eu.

terça-feira, outubro 26, 2010

Da Escolha e da Escolha Errada

Eu queria ter seguido um caminho. Tentei segui-lo. Foi por pouco que não o apanhei. Mas, e isso é que conta, não fui capaz.

Retrocesso.

Quando ultimava a minha saída de lá, sempre pensei que isto não ia ser assim. Mas é. Verdadeiramente, é mau. Escamotear é errado. Esconder é feio. Está mau, está injusto.

Hoje sou tratado como o pior estagiário que já teve a vergonha de aparecer naquela igreja-escritório.

Escória.
Reles.
Um verme.

Quando para lá mandei o curriculum, para o sacro-santo-centro, pensei que, ao menos, enquanto o pau vai e vem, as costas folgavam ali. Ainda por cima, não saía completamente da Faculdade, estava num mestrado, pelo que mau não podia ser.

Foi e é.

Sou paranoico. Quero lá saber. Este blogue serve para alguma coisa.

- Desde que lá entrei, em cada 3 conversas que tem comigo, 1 é para dizer que as "médias hoje já não são o que eram na altura" (NdR: Cavaleiro Ferreira acabou com 19. Acho que se licenciou antes daquela gordura frita. Galvão Telles, com quanto foi?)

- Não sou remunerado porque sou distraído.

- Permanentemente arranja desculpas para todas as aberrações jurídicas que profere, fazendo sempre crer que a culpa de ele ter disse o que disse foi dele.

Com este desabafo, queria só dizer uma coisa: não me lembrei que o mestrado ia acabar e que o sonho não passava disso mesmo.

Hoje, que até estava no mood para um estágio...só penso no dia em que aquilo lá há de ter um fim.

segunda-feira, outubro 25, 2010

41

Este sitio pode já quase não servir para muito, mas tem utilidade para um especial "tudo".

Não é este o meu quadragésimo primeiro obrigado.

Seguramente, não é o quadragésimo primeiro "adoro-te".

Nem o quadragésimo primeiro "venero-te".

É, isso sim, um quadragésimo primeiro motivo para te dizer que és a tal.

Porque és.

segunda-feira, outubro 18, 2010

O tempo demora a passar. Mas demora mesmo.
Não estou a falar de dias, nem de horas.

Os meses passam devagar. Os anos parecem tinta a secar numa tempestade de inverno.
Os ponteiro não avançam, nada se dá.

Tenho que mudar de profissão. Acho que morrem sonhos de sociedades conjuntas, amigos a trabalharem no bem comum. Nasci para ser caixa, repositor, empregado de balcão, quiçá empregado de mesa (que ninguém ouse pensar que estou a rebaixar estas profissões! Estou só a dizer que, naturalmente, são muito menos técnicas que as minhas actuais funções...e não necessitam de tanta qualificação)

Não tenho jeito para isto, como tantas vezes terei dito ao E. e à E. Na verdade, nos últimos tempos tenho lutado contra a evidência, mas lutado a sério. Não tenho como fugir à verdade. As coisas são o que são. Isto não é a minha praia.

Só queria acabar isto para ter a sensação do dever cumprido. Depois disto...ninguém sabe. Nem eu.

O tempo demora a passar.
Quem me dera que esse dia fosse amanhã.

(Estou farto daquela realidade. Farto daquela miséria fingida. Farto daquela presunção que não conhece limites. Não tenho outro remédio.)

quinta-feira, outubro 14, 2010

Razões que me fazem crer que, para o ano, não estamos em recessão...quando muito, quando mesmo muito, estagnamos.

Saíam, volta das 14 horas.

O espaço que separava a porta da rua com a porta do carro não chegava a liquidar-se em 100 metros. Era, claramente, menos.

A conversa era a banal. Entre explicações do caso e a graçola de oportunidades, os três que partilhavam as palavras encontra um cavalheiro a limpar algo.

Era o seu camião "de fazer negócio". Todo ele de um branco angelical. Até ontem à noite. De um momento para o outro, o alvo veículo estava todo "grafitado". Os desenhos não tinham ponto de partido e certamente nunca iriam chegar.

"Viram isto muito branquinho", disse o homem que aplicava a esfregona conta a tinta. "Mas até ficou giro!". Surpresa. Ele ria-se. Achou um piadão. Estava a limpar somente o que achava imperfeito. Aparentemente, aquele acto de vandalismo foi um favor que lhe fizeram.

Os impostos vão aumentar. Muitos deles. Os salários vão descer. Para o ano estamos mais pobres. Vamos sair por cima. Porque vamos ver estes ataques como um grafiti num camião branco. Limpamos o que está a mais e vivemos com o novo desenho. Vamos adorá-lo.

Maldita a hora que inventaram a economia.

Razões que me fazem crer que, para o ano, não estamos em recessão...quando muito, quando mesmo muito, estagnamos.

Saíam, volta das 14 horas.

O espaço que

sexta-feira, outubro 08, 2010

Diálogos

- Gostava de ter, ou que existisse, um "eu daqui a um ano". Assim um "eu" que aparecesse aqui agora, vindo dali e que me dissesse qual seria a minha situação daqui por um ano.
- Ahn?
- Pá, do tipo, eu entregava os relatórios e o "eu daqui a um ano" aparecia e dizia o que acontecia.
- Ou podia nem aparecer, porque tavas morto.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Situação

Desde ontem, por volta das 17 horas que não tenho nada para fazer, no que a desempenho profissional diz respeito.

Já hoje, passei a manhã a trocar e-mails e telefonemas com determinado fornecedor de serviços informáticos numa tentativa (até agora) infrutífera de lograr arranjo.

Eis que, depois da tarde de ontem e a manhã de hoje surge...a tarde. Fantástico.

Para além de estar a escrever tão mal, como nunca me lembro, devo dizer que é uma tarde especialmente penosa. Está a custar a passar, o que virá a seguir será divino e amanhã já é sexta. Logo, objectivamente, isto não está a ser fácil.

Há multiplas razões. Enumerem-se, a título sumário.

- Não sei o que pensar acerca de saída abrupta do Rui Moreira do programa em que ele costuma comentar qualquer coisa. Por um lado, cada um (António-Pedro Vasconcelos) diz o que bem lhe interessa e se está a desrepeitar a lei, numa hipótese remota, será responsabilizado por isso, pelo que não se vê onde se pode ter tido origem tal acção do comentador afecto ao FCP; Por outro, sei bem o que é gostar de um clube, gostar da massa associativa e da classe dirigente. Também sei o que é não gostar, mas não está aqui em causa isso. Dúvidas, dúvidas...dúvidas (Na verdade, isto não torna a minha tarde má, mas como há falta de réplica ao sucedido nos blogues em geral, apeteceu-me, lá diz a minha irmã);

- Falei, ainda há minutos, com uma colega de escritório. Para quem não sabe, há advogados estagiários que levam uma vida profissionalmente oca e desprovida de sentido. A minha só é oca. Voltando ao texto, a colega foi fazer a pergunta (que pergunta???). Fez a pergunta e a respsta foi má. Não há muitos outros adjectivos que possam servir. Má. Má de maldade. Má de perversa. Má. "O teu trabalho não traz mais-valia ao escritório (...) e o horário não é respeitado" (Something like that). Ora, devo dizer que ando para fazer a mesma pergunta há uma data de tempo. Acho que levaria a mesma resposta.

O que é que me provoca nervos e coisas perifericamente semelhantes? Saber que, há meses, fui confrontar o respondedor com a dúvida da qualidade do meu trabalho e foi-me dito que não estava nada mal.

Também sei que venho a horas, quase sempre primeiro que a secretária, algumas vezes primeiro que ele. Tenho mestrado? Não era o único e por isso não houve consequências.

Então? O que pensar disto tudo?

Pareço uma gaja, tipo Carrie sexo-e-a-cidade e este texto, por isso mesmo, acaba já aqui.