terça-feira, abril 15, 2008

A Intermitência da Frequência

Está o tocar o "Bad". Estranhamente, só percebo versos soltos da música.

Tem uma palavra que me é especialmente querida: "If".
Conjugando música e literatura virtual, há pouco li uma definição de história bastante completa. Completa como nunca terei visto: "uma merda a seguir à outra".

Aos 22 anos, entendo qual é o grande problema da humanidade: não pode voltar atrás. Se pudesse, nada estaria mal. Só morria quem teria de morrer, vítima de homicídio, bem entendido; os erros médicos eram ocultados; as experiências científicas seriam uma maravilha, sem erro, haveria a tentativa, não haveria a consumação do fracasso; No fundo, nada estaria mal. Errar não tinha qualquer significado. Para quê ter? Na prática, ele não existia. Falhou-se, volta-se ao início, como se daquele primeiro dia se tratasse.

Errar trás consequências. Errar implica danos. Danos próprios, danos colaterais, patrimoniais, morais, emergentes, morte.
Como tudo, errar pode ter a vertente positiva: ainda que implique dano, ensina. Ensina que não se volta a ir por ali, ensina que há mais uma coisa que devemos evitar, contrariando princípios que impliquem a aceitação de tudo o que não nos feriu, ou terceiros.

Se é verdade que "não temos mais começos", ao menos que se tirem lições importantes do erro. Dele dependemos para crescer.

Dependemos dele para tudo, sobretudo para esquecer o "se".