Não foi às 16 horas, foi um pouquito mais tarde, mas com a afluência que este blog anda a ter duvido que haja processos cíveis contra o blogger.
Seja como for, eis-me.
O post não terá aquele conteúdo e extensão habituais, por dois motivos: primeiro, não há tamanhos habituais aqui; segundo, ter dois motivos é melhor que ter só um.
Hoje é o primeiro dia do ano. É um dia de que não gosto especialmente. Prefiro sempre o último dia do ano.
Não houve excepções desta vez.
É interessante constatar que o Reveillon só é um sucesso garantido se tivermos 500 euros e o Estoril for ali perto, ou a Madeira até não parecer muito mal, ou, ainda, a Serra da Estrela ter neve.
O ponto que merece análise é o seguinte: uma coisa é haver sucesso no Reveillon, que só se atinge com os requisitos supra citados, outra coisa, ligada, mas diferente, é a passagem de ano ser memorável, marcante e, sobretudo tocante.
Se é certo que em qualquer lugar de eleição teria programa, horas definidas, artistas de renome, não é menos certo que o que pude experienciar, ontem à noite, bate tudo aos pontos.
É que, apesar de passar por diversas contrariedades, a lição que se tira não podia ser portadora de pureza maior: é a companhia que faz os momentos, que lhes confere a especialidade e carisma que para sempre ficarão guardados no album mental.
Faltava alguém assim, alguém que conferisse a chancela de profundidade a um momento tão singelo como o pernoitar numa estação de metro.
Já não falta.
Com isto acho que acabo de escrever um mensagem de ano novo.
O desejo próprio é que este alguém se mantenha.
O desejo para o resto do mundo é que encontrem alguém assim.
É ser feliz.