Já no passado terei assistido a algo semelhante.
Uma expressão que me ensinaram a usar é mutatis mutandis. Ora, qual sermão do Pe.António Vieira, isto vai servir como o vos estis sal terrae para o que aí vem.
Num infância feliz que tive, o advento do Mirc trazia a boa esperança de se conseguir arranjar uma bela namorada pela internet. Tinha tudo de bom, até seria algo como a surpresa de um ovo Kinder: nunca se sabia se o que calhava era bom ou era mau. Tinha o seu encanto, devo confessar. Mesmo não servindo propósitos românticos, tenho de dizer que, a altas horas da noite, no período de férias, tive conversas muito profundas que me ensinaram imenso, com pessoas de vários quadrantes sociais e vários gostos.
Belos tempos.
Agora, mais crescido horizontalmente, já não ponho a Internet a prosseguir esses fins, até porque já me deixei de ir ao Mirc, tudo passa.
O que observei no link acima foi o seguinte: este meio que nos põe a sonhar pode destrui tantas e tantas coisas...
Mutatis mutandis, a blogosfera, cheia de gente talentosa para a redacção, pode trazer os mesmissimos efeitos. Ainda que os elogios se processem de forma mutua, a cara-a-cara é diametralmente oposta: disso tive a prova hoje mesmo.
É como pedir uma acariação numa fase proibida. Só que comigo é sempre proibido, não há outra fase.
Não é crime dar as boas tardes.