terça-feira, setembro 08, 2015

Trazido para o jazigo. Fui à praia e trouxe um búzio, cheguei a casa e na estante puzio

Fui feliz nas férias.

Um texto que estampasse a felicidade bastava-se com a afirmação supra escrita. Claro, o pretério perfeito indica que o estado de felicidade se extinguiu, mas que, de todo o modo, existiu. Não sendo a felicidade, por impossibilidade objectiva, eterna, chegava.

Durante o sossego, pensei que tudo ia mudar. Se não tudo, algo. Que não ia sentir qualquer espécie de contrariedade ao ir para o trabalho. Que ia gostar do que faço, independentemente de fazer o que gostasse.

Não.

Este blogue transformou-se num mausoléu de desabafos sobre a minha vida profissional. A certa altura, e lendo o que por aqui escrevo, dá a sensação que nada mais se passa.

E tanto se passa além disto.

Há a vida familiar e "amigalhar". Há Portugal.

Mas nada aqui é lembrado. Percebo. Há que ventilar.

Uma vez que a família, salvo uma triste excepção, está bem, deixo uma nota sobre Portugal.

Vai haver eleições.

Vou votar.

Contrariado e em uso do "voto útil".

Não encontro nenhum partido que me represente. Desta vez, vou votar contra alguém, em vez de apoiar um projecto, como fiz em todas as eleições legislativas em que exerci o meu dever cívico.

A conclusão que tiro é a seguinte: na noite de 4 de Outubro, perco sempre.