Tinha mais ou menos um metro e sessenta. Aparência cuidada, e bons modos, não deve muito à beleza.
Vinha contar-me o que ali a trazia. Violência doméstica. Um agarrar de pescoço. Uma discussão. Anos de bailado e natação, como na música. Um namoro de quase 20 anos, com filhos, com momentos.
Descobri traições constantes e serôdias.
Descobri desprezo pela família.
Ainda não percebi porquê.
Porquê só hoje.
Não me venham com histórias: é maior a capacidade de sofrer do que a capacidade de amar.