(Não se entenda, por um minuto que seja, que o texto abaixo se destina a rebaixar quem quer que seja ou que se pretende minorar uma luta pelos direitos cívicos das pessoas portadoras de deficiência. Serei sempre o primeiro a apoiá-las, contudo, deixai-me gozar um pouco o prato).
Onde trabalho, há lugar para todos.
Velhos,
Novos,
Experientes,
Novatos.
Na senda da boa vontade e paz entre os Homens que uma chefia esquerdalha (ou só pretensamente) sempre apadrinha, foi contratado para exercer funções de "coiso" o irmão do empregador.
Cumpre, para poupar tempo, desmistificar os traços essenciais do indivíduo.
É parvo. Profundamente. Muito. Quase inexplicavelmente. Dá quase para perguntar quem é que pode ser assim.
Ora, o irmão do empregador, a quem vamos tratar por "Coise" (sim, com "e" no fim, dito à moda de Alfama) padece de uma enfermidade patológica.
Se calhar sabe, se calhar não sabe.
Mas é visível, é palpável.
E torna-se complicado trabalhar com alguém assim.
O "Coise" tem, como uma das funções, para as quais é altamente qualificado, inscrever num programa informático as horas debitadas aos clientes por realização de tarefas jurídicas.
Dou um exemplo:
Se fiz uma peça processual que durou 1 hora, inscrevo o nome da peça, o tempo despendido e o nome do cliente numa folha-razão e entrego-lha.
Hoje, para não variar, veio ter comigo e perguntou-me o que tinha escrito. Respondi-lhe.
"Contrato. Entre os parenteses está escrito minuta".
Resposta:
"Epá, mas tá entre os parenteses porquê? Não escreveste minuta de contrato porquê? Fogo!"
Foi até ao seu covil, onde faz penar uma jovem estagiária, a repetir isto. Chegou lá e ainda se queixou à jovem, espantado pelo facto de se ter escrito "Minuta" entre parenteses.
Foi nestes episódios que descobri o ateísmo.
É que se houvesse Deus, havia um raio que fulmimava tamanho pleonasmo andante.
Se existisse Divindade, aquela sumula de tudo o que está mal na humanidade tinha um qualquer destino que não o mesmo local de trabalho que o meu.
Também o ora escritor deveria usar o seu tempo para ser útil, mas prefere queixar-se de trolhas promovidos a diretores de recursos humanos.
Mas também eu sou um bocado um erro com pernas.