segunda-feira, fevereiro 03, 2014

O que queres ser quando fores grande?

Está por estudar (penso eu) a equivalência entre a vontade dos mais novos em ter determinada profissão e o efectivo exercício da mesma, na idade certa.

Quantos daqueles que queriam ser "jogadores da bola" conseguiram lá chegar, ainda que num nível amador?

E quantos daqueles que queriam ser polícias enveredaram por essa carreira?

Era engraçado saber.

Pela minha parte, sempre quis ir para o curso de Direito. Na escola primária, ainda falei em ser advogado, mas daí para a frente só pensava na magistratura.

Calhou-me a fava e hoje em dia engrosso as filas da mais proletarizada profissão intelectual.

Não que me queixe, mas queixando-me, vá.

Nesse percurso que força as decisões que é o crescimento, houve uma altura em que, desgraçadamente, pensei que podia ser músico. Não a nível profissional. Um curioso, só. Pedi aos meus pais que me inscrevessem nas aulas de orgão. Como sempre e nunca me deixando ficar mal, e tantas vezes com custos elevados, lá me inscreveram (bem como à minha irmã) numa escola de música.

Recordo, nesta altura, e mais do que nunca, aqueles tempos.

Primeiro, porque gostava do professor de orgão, Bruno de seu nome. Um galhofeiro. Também tinha aulas de solfejo. A professora, Marta, sabia do assunto e muito ensinou. Estão a ver uma velha caquética, feia e desdentada? Era o oposto.

Em segundo, porque não cheguei a um nível que me permitisse desenvolver o ouvido para níveis mais aceitáveis.

Isto tudo para chegar a uma conclusão. Nestes dias, preciso de uma banda sonora. Um conjunto de músicas que preencham acontecimentos. Até que os legendem, se for caso disso.

E está difícil.