Uma conhecida rede social que agora comemora os 10 anos de existência conseguiu que a cada um dos usuários fosse atribuído um video contendo fotos da última década devidamente acompanhadas da música apropriada.
Ao visualizar um vídeo em particular, lembrei-me que há pessoas que conseguem fazer uma festa sozinhos. Há seres que conseguem catalisar as boas energias para os momentos certos.
Nunca percebi como é que isso se faz.
Para ser mais específico, estou a falar de pessoal que consegue tornar um jantar de meia dúzia de pessoas numa grande noite. Estou a falar de almas que conseguem, até numa barraca, divertir e provocar diversão.
Claro que existe uma espécie de dopping para isso: álcool, substância que tende a desinibir corpo e mente.
Mas o fascinante é que há quem dele não precise para criar os momentos.
Como é possível ser assim?
Eu, macambúzio confesso, sempre aspirei a ser assim "querido" num espaço, em virtude das minhas capacidades.
Nunca fui.
Quem gosta de mim, gosta por outros motivos. Até há quem goste de mim por ser parvo, o que, nos dias que correm, nem é nada de especial.
Mas não por causa disto.
Seria importante perceber a causa desta coisa para me lançar na percepção das origens do carisma, da liderança.
Tudo vem daquilo a que o povão chama "personalidade", penso eu. Mas também me parece que a "personalidade" é genética e quem não nasce carismático dificilmente aprenderá a sê-lo. E daí talvez não.
Numa ótica de jurista, que um dia quis ser, esta questão vem a propósito dos requisitos.
O carisma, a personalidade, ser a alma da festa são requisitos para tomar as atitudes certas nos momentos certos.
Na minha vida, houve momentos em que tomei as atitudes certas nos momentos certos. O que me preocupa é que, estatisticamente, essas vezes foram uma minoria, valiosa, mas minoria.
Até que me encontro a escrever um texto profundamente enfadonho e a pensar: "raios, caíste naquilo que lamentas: tomaste a infeliz decisão de escrever este amontoado de patacoadas no momento errado".
O Capucho foi expulso do PSD. Como dizem (alguns) Brasileiros: "Aqui não tem maluco não!".