sexta-feira, janeiro 31, 2014
On and on
Esta semana já ouvi isto, pelo menos, e contas por alto, 20 vezes.
Pior é que não sei porquê.
segunda-feira, janeiro 27, 2014
O ninho e quem o vê de longe
Quando comecei a namorar com ela, separavam-nos dezenas de minutos.
Quando me encontrou, havia um poiso comum, para afastar a palavra lugar. Havia um espaço que, para além dos outros todos, era só nosso. Com o parco dinheiro (porque o dinheiro nunca será demais), faziamos as nossas flores: os passeios, os gelados, o cinema, o singelo café, onde a descoberta era permanente e sempre no sentido ascendente.
Durante vários anos, fomos cimentando o lar íntimo em tardes semanais passadas naquele que será sempre o nosso ninho de princípio de vida: a cidade de Lisboa.
Horas passadas na baixa, no Saldanha, no jardim botânico, no Parque das Nações. Entre as nossas casas, Lisboa.
Devo à cidade incontáveis horas do chamado pelos anglo-saxónicos "quality time"
Com ela.
Hoje, do Olissipo romano guardo as saudades, que trato de assassinar quando surge a oportunidade. Mais que um espaço, foi um símbolo de tudo quanto se e é de tudo quando damos e recebemos.
No Sábado, quando a noite estava madura, ambos observávamos, do nosso novo lado, aquela que permitiu que ali chegássemos.
Em breves minutos, um pouco como aquelas experiências quase-morte, vi aquela parte da minha vida a passar-me à frente dos olhos.
Vi um caminho que percorri. Com ela.
O passo que se seguiu foi só o lógico.
E é sempre sublime quando o lógico se cruz com o desejado.
Quando me encontrou, havia um poiso comum, para afastar a palavra lugar. Havia um espaço que, para além dos outros todos, era só nosso. Com o parco dinheiro (porque o dinheiro nunca será demais), faziamos as nossas flores: os passeios, os gelados, o cinema, o singelo café, onde a descoberta era permanente e sempre no sentido ascendente.
Durante vários anos, fomos cimentando o lar íntimo em tardes semanais passadas naquele que será sempre o nosso ninho de princípio de vida: a cidade de Lisboa.
Horas passadas na baixa, no Saldanha, no jardim botânico, no Parque das Nações. Entre as nossas casas, Lisboa.
Devo à cidade incontáveis horas do chamado pelos anglo-saxónicos "quality time"
Com ela.
Hoje, do Olissipo romano guardo as saudades, que trato de assassinar quando surge a oportunidade. Mais que um espaço, foi um símbolo de tudo quanto se e é de tudo quando damos e recebemos.
No Sábado, quando a noite estava madura, ambos observávamos, do nosso novo lado, aquela que permitiu que ali chegássemos.
Em breves minutos, um pouco como aquelas experiências quase-morte, vi aquela parte da minha vida a passar-me à frente dos olhos.
Vi um caminho que percorri. Com ela.
O passo que se seguiu foi só o lógico.
E é sempre sublime quando o lógico se cruz com o desejado.
quinta-feira, janeiro 23, 2014
Do post transitório
Por alguma razão,
Por algum intervalo cerebral,
Houve uma altura em que decidi ir ver o que era isso do Spotify.
Vai daí, vou à net e descarrego o software. Instalo-o. Trabalha bem, publicidade à parte.
Crio um "playlist". Chamei-a de "Congregação para a causa dos Santos".
Só ouvi referência à dita cuja uma vez, a respeito de um famoso Cardeal Português.
Nem sei bem o que seja.
Nem sei bem o que faça.
Mas assim se chama a minha playlist.
Por algum intervalo cerebral,
Houve uma altura em que decidi ir ver o que era isso do Spotify.
Vai daí, vou à net e descarrego o software. Instalo-o. Trabalha bem, publicidade à parte.
Crio um "playlist". Chamei-a de "Congregação para a causa dos Santos".
Só ouvi referência à dita cuja uma vez, a respeito de um famoso Cardeal Português.
Nem sei bem o que seja.
Nem sei bem o que faça.
Mas assim se chama a minha playlist.
quarta-feira, janeiro 22, 2014
sexta-feira, janeiro 17, 2014
Interrogação
Sou um adepto do direito do trabalho.
A nivel jurídico, é dos ramos de direito que mais gozo me deu estudar. Não pela parte ideológica, mas pelo facto de achar que, a nível contratual, é dos que impõe mais justiça nas relações jurídicas, esse conceito tão vago.
Adiante.
O direito do trabalho é uma parte essencial daquela realidade de que me apercebo só agora: o mundo do trabalho. (Calma, bem sei que o "mundo do trabalho" é demasiado evidente para não se reparar nele, mas tomai em consideração que há aperceber e há "aperceber").
No mundo do trabalho, há que fazer escolhas. Nisso, não há particular diferença das outras realidades em que vivemos e às quais estamos sujeitos.
O problema, neste mundo, são as consequências.
Na escola, ao entrarmos em litígio com colegas e professores, no limite, podemos sempre mudar de escola. Não faltam escolas. Por outro lado, também não fecham.
Num espetáculo, se encontramos um espectador que teima em não desligar o telemóvel ou em conversar com o "vizinho" do lado, podemos mandá-lo calar, e, no limite, podemos sair, havendo uma previsivel repetição do espetáculo num lapso temporal razoável.
No trabalho, se a coisa vai mal com os colegas, ou mesmo com o chefe, não nos podemos despedir. Não podemos porque dali advém o nosso sustento. Não podemos porque não será fácil, pelo contrário, substituir a fonte de rendimentos.
Para trabalhar, mais do que talento, é preciso estômago.
A nivel jurídico, é dos ramos de direito que mais gozo me deu estudar. Não pela parte ideológica, mas pelo facto de achar que, a nível contratual, é dos que impõe mais justiça nas relações jurídicas, esse conceito tão vago.
Adiante.
O direito do trabalho é uma parte essencial daquela realidade de que me apercebo só agora: o mundo do trabalho. (Calma, bem sei que o "mundo do trabalho" é demasiado evidente para não se reparar nele, mas tomai em consideração que há aperceber e há "aperceber").
No mundo do trabalho, há que fazer escolhas. Nisso, não há particular diferença das outras realidades em que vivemos e às quais estamos sujeitos.
O problema, neste mundo, são as consequências.
Na escola, ao entrarmos em litígio com colegas e professores, no limite, podemos sempre mudar de escola. Não faltam escolas. Por outro lado, também não fecham.
Num espetáculo, se encontramos um espectador que teima em não desligar o telemóvel ou em conversar com o "vizinho" do lado, podemos mandá-lo calar, e, no limite, podemos sair, havendo uma previsivel repetição do espetáculo num lapso temporal razoável.
No trabalho, se a coisa vai mal com os colegas, ou mesmo com o chefe, não nos podemos despedir. Não podemos porque dali advém o nosso sustento. Não podemos porque não será fácil, pelo contrário, substituir a fonte de rendimentos.
Para trabalhar, mais do que talento, é preciso estômago.
terça-feira, janeiro 07, 2014
Evocação dos saudosos conhecimentos de Economia
Lembrei-me do conceito de custo de oportunidade.
Lamentavelmente, não trago comigo o manual que mo ensinou. Mas há a net. A net diz que:
O custo de oportunidade é um termo usado em economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa. (...) isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar".
Fonte: Wikipédia.
E pronto. Era isto.
Parece simples, mas não é. Para dar "graça" ao conceito, recomendo pensar nele em termos de telenovela Mexicana. (dobrada em português do Brasiú, preferencialmente pelo Herbert Richards)
- Ramón, pense em seus filhos, sua casa...Ramón, pense em mim!
- Cale sua boca, Juanita! Eu vou sair dessa casa hoje mesmo. Levarei comigo toda a minha dignidade e jamais me colocarei sob a alçada de D. Diego.
Passados uns episódios, o Ramón está em Toluca, num qualquer cruzamento com barba pelos joelhos a cheirar a morto enterrado no século XVIII, a pedir uns pesos para uma sopa.
Já a Juanita arranjou maneira de "afiambrar" o D. Diego e está bem de vida.
Moral disto tudo? Pois claro que a dignidade é essencial à salubridade mental do ser-humano. Mas diz que poder comer também é.
Lamentavelmente, não trago comigo o manual que mo ensinou. Mas há a net. A net diz que:
O custo de oportunidade é um termo usado em economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa. (...) isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar".
Fonte: Wikipédia.
E pronto. Era isto.
Parece simples, mas não é. Para dar "graça" ao conceito, recomendo pensar nele em termos de telenovela Mexicana. (dobrada em português do Brasiú, preferencialmente pelo Herbert Richards)
- Ramón, pense em seus filhos, sua casa...Ramón, pense em mim!
- Cale sua boca, Juanita! Eu vou sair dessa casa hoje mesmo. Levarei comigo toda a minha dignidade e jamais me colocarei sob a alçada de D. Diego.
Passados uns episódios, o Ramón está em Toluca, num qualquer cruzamento com barba pelos joelhos a cheirar a morto enterrado no século XVIII, a pedir uns pesos para uma sopa.
Já a Juanita arranjou maneira de "afiambrar" o D. Diego e está bem de vida.
Moral disto tudo? Pois claro que a dignidade é essencial à salubridade mental do ser-humano. Mas diz que poder comer também é.
segunda-feira, janeiro 06, 2014
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