quarta-feira, janeiro 19, 2011

Desabafos.

Meros segundos.

Numa vida de dias.
Sou o seu pior inimigo.

Nada mais a dizer.

Não ninguém de quem diga tão mal. Não há ninguém de quem fale tanto.

Sou eu e pronto.

Razão dos males do mundo.

Merda maior do universo e arredores.

Dá para fazer alguma coisa?

Paradoxos

O problema da confiança (no fundo, de toda a amizade) é este: a facilidade com que nos tornamos alvos.
Porque somos próximos, podemos ouvir o que não queremos, saber o que não perguntámos e, ainda, sermos presenteados com injustiças.

Nunca sucede o mesmo com um estranho. Conta o meu pai, em jeito de brincadeira, que determinado taberneiro da terra dele era incrível na seguinte situação: um copo partia-se, isto no calor do vinho. Se fosse um conterrâneo, o discurso seria (pardon my french): "Seu cabrão! Ando eu a comprar copos para os partires?". Já se fosse um cliente ocasional: "Deixe lá amigo, essas coisas acontecem"

Porque nada pode vir na sua forma mais perfeita, confiança e amizade terão sempre este encargo. Os amigos e confidentes com quem partilharmos uma opinião, quando dela não gostem, hão de ver em nós o maldito fiador que renunciou ao benefício da excussão prévia: respondemos pela merda toda que há no mundo como se fossemos os culpados.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Tem Força.

Não que sirva de muito, mas podes contar comigo.

terça-feira, janeiro 04, 2011

25

Não, desta vez a contagem vem a ser outra.

Levantei-me.
Ao contrário dos outros dias em que se trata do mesmo tema, hoje senti-os.
Senti-os muito bem.
Em cada perna, nas costas, na cabeça. Levantei-me mais antigo.
Não vale a pena pôr-me aqui a chorar. Espero viver uma vida longa, sobretudo, que ate agora não tenha atingido somente um terço da minha existência.
Mas hoje senti-os.

Foi, em tudo, diferente.
Já não me levantei para ir à escola.
Também não tive uma hora de almoço passada numa qualquer cantina.

Durante cerca de uma hora e meia, a verdade é que, enquanto me deleitava com o sabor do camarão e da lagosta, via, naquela mesa, grande parte dos meus amigos. Não estavam lá todos. Outros há que passaram o ano comigo. Também existem aqueles que estiveram em serviço familiar. Naquelas três pessoas estão três fundações do meu carácter. Três influências. Até mesmo três preocupações.

Caramba, sempre o três.

Hoje, que não ganho o mesmo que o Ronaldo, não tenho a sapiência do Sobrinho Simões nem o talento de um Nuno Lopes, senti-me um Português feliz.

Pode parecer que não (alias, quem me vir nega logo), mas hoje, graças às almas que me acompanham, que se lembraram e que comigo hão de estar, posso dizer que já estive pior.

Ainda sou um gajo novo.

(Eis o texto mais batido de sempre)