terça-feira, setembro 15, 2009

Reflexologia

Teremos ouvido, aqui e ali, coisas como:

"O Eng.Sócrates diz que eu não sou moderna. Pois eu digo que quem não é moderno é ele".

"Portugal não é uma província de Espanha".

Tudo bem, estamos num país livre, ao contrário do que diz a autora destas (quase) frases, mas de alguém que quer ser a timoneira da governação eu espero alguma elevação e consistência argumentativa. Se diz que não faz o TGV porque pode acentuar a dívida externa, há que conceder com as preocupações, ainda que parcialmente infundadas, da líder Social-Democrata.
Já apelar ao primário, mesquinho e até mesmo salazarento sentimento anti-espanha é rebaixar a inteligência dos eleitores ao grau zero.

Não escondendo que tenho a minha decisão tomada, no que ao voto diz respeito, tenho que defender que são necessárias individualidades várias a defender pontos de vista com ideias sólidas e concretas.
Temos Paulo Portas. Não podia estar mais longe de votar naquele partido. Todavia, se fosse governo, haveria certezas, haverias medidas concretas a serem tomadas. É um político que se habituou a ser honesto com o eleitorado. Foi um ministro do qual as F.A sentiram falta, foi um governante, submarinos à parte, que cumpriu.
Não que haja simpatia da minha parte, acontece é que a minha força política pode não ganhar sempre e, nesse caso, é menos mal ter alguém ao leme que, apesar de contrário às nossas convicções, tem um plano e intenção de o cumprir.

Como eleitor, senti-me ofendido.