Caros Leitores, Caríssimos amigos:
Estou a levar a cabo uma campanha, sem precedentes: "Campanha de Segunda-Feira, tudo somado, não dá Dez (10)"
Pena que seja só minha. Lamentável que seja só eu a participar.
Seja como for, apoie esta causa!
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Um País, Várias Nações
Acabo de regressar de Trás-os-Montes.
Depois de uma bela estada, numa bela casa, fico com a sensação que vivemos num país que é profundamente diferente. Na minha viagem, acabo por perceber que o que nos une é, somente, a língua mãe.
Iniciei a jornada, no comboio Fertagus, que me encaminhou, da Margem Sul, até Lisboa. Paragem: Sete Rios. Toca de "desembarcar", comprar bilhete e entrar no autocarro.
Seguimos (eu e família acompanhante :) ).
Até ao Porto, um silêncio incómodo. Ninguém se dirigia a ninguém. Havia um duro desprezo entre ocupantes daquele veículo. Contava-se com a disciplina do número do lugar, como factor incontornável, para toda a viagem. Entrar, pousar a bagagem, ver o sítio, sentar.
Chegando ao Porto, como que se de outro país se trata: de muita gente que tinha uma pronuncia impar, uns da invicta, outros mais transmontanos, o clima muda. Sentam-se onde há lugar, metem conversa com as pessoas, tudo é muito mais alegre. Á parte disso, a redondeza era diferente: a paisagem, com uma vista muito mais pobre, contrastava com o sitio de onde tinha vindo. Os meios, físicos como humanos, eram outros.
Quanto à minha permanência, no local de culto que é aquela aldeia, a mesma coisa: contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que tinham internet. Ganhou o "Não", A Igreja Matriz ocupa 20% da vila, a resignação está instalada. Alguém se esqueceu daquelas pessoas ali. Estão numa zona híbrida, não são espanhois, nem portugueses. Falam amigavelmente, tratam-nos nas palminhas. Mas foram esquecidos.
O País que temos seria uma potencia...se não se tem apostado só onde está o dinheiro.
Depois de uma bela estada, numa bela casa, fico com a sensação que vivemos num país que é profundamente diferente. Na minha viagem, acabo por perceber que o que nos une é, somente, a língua mãe.
Iniciei a jornada, no comboio Fertagus, que me encaminhou, da Margem Sul, até Lisboa. Paragem: Sete Rios. Toca de "desembarcar", comprar bilhete e entrar no autocarro.
Seguimos (eu e família acompanhante :) ).
Até ao Porto, um silêncio incómodo. Ninguém se dirigia a ninguém. Havia um duro desprezo entre ocupantes daquele veículo. Contava-se com a disciplina do número do lugar, como factor incontornável, para toda a viagem. Entrar, pousar a bagagem, ver o sítio, sentar.
Chegando ao Porto, como que se de outro país se trata: de muita gente que tinha uma pronuncia impar, uns da invicta, outros mais transmontanos, o clima muda. Sentam-se onde há lugar, metem conversa com as pessoas, tudo é muito mais alegre. Á parte disso, a redondeza era diferente: a paisagem, com uma vista muito mais pobre, contrastava com o sitio de onde tinha vindo. Os meios, físicos como humanos, eram outros.
Quanto à minha permanência, no local de culto que é aquela aldeia, a mesma coisa: contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que tinham internet. Ganhou o "Não", A Igreja Matriz ocupa 20% da vila, a resignação está instalada. Alguém se esqueceu daquelas pessoas ali. Estão numa zona híbrida, não são espanhois, nem portugueses. Falam amigavelmente, tratam-nos nas palminhas. Mas foram esquecidos.
O País que temos seria uma potencia...se não se tem apostado só onde está o dinheiro.
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
A Pessoa Espetacular
E isso é o quê?
Falo com uma amiga minha que diz que sou alguém espetacular. Caramba, sei muito bem que não sou!
Por tentativas:
a) Pessoa Espetacular é aquela que faz tudo em prole dos outros - Errado - Não pode ser, isso já tem nome: altruísta.
b) Pessoa Espetacular é aquela que tem um feitio impecável - Errado - Também já tem nome: Dalai Lama
c) Pessoa Espetacular é aquela contra quem ninguém pode tecer considerações negativas. É um somatório de todas as respostas anteriores - Certíssimo.
Não reúno nenhuma característica que sequer se aproxime ao conceito.
Falo com uma amiga minha que diz que sou alguém espetacular. Caramba, sei muito bem que não sou!
Por tentativas:
a) Pessoa Espetacular é aquela que faz tudo em prole dos outros - Errado - Não pode ser, isso já tem nome: altruísta.
b) Pessoa Espetacular é aquela que tem um feitio impecável - Errado - Também já tem nome: Dalai Lama
c) Pessoa Espetacular é aquela contra quem ninguém pode tecer considerações negativas. É um somatório de todas as respostas anteriores - Certíssimo.
Não reúno nenhuma característica que sequer se aproxime ao conceito.
Perdido
Vim, há coisa de 5 minutos, do Bairro Alto.
Antes, jantei, cantei no Karaoke, e para lá segui.
Num bar, percebi que não sei bem o que quero.
Passa-se o tempo, e nada. Passam-se os anos, e nada. De facto, não é prodigiosa a minha passagem por este planeta. Temo bem que não deixe uma marca que prove que usufruí de oxigénio que podia ser empregue noutro ser-humano.
Por um lado, uns tratavam de si. Por outro, eu.
É vergonhoso. De que tenho medo? Terei medo? Terei o quê? Exigência? Já me têm dito que não passo dali. Realismo. Mesmo muito realismo.
"Feitio", chamam-lhe alguns. Terei um "feitio" complicado. Acho que estes anos de respiração não me serviram para aprender nada, mas mesmo nada. Nem o mal, muito menos o bem. Trato de ser um alguém híbrido. Um autêntico amoral.
Isto não muda.
Antes, jantei, cantei no Karaoke, e para lá segui.
Num bar, percebi que não sei bem o que quero.
Passa-se o tempo, e nada. Passam-se os anos, e nada. De facto, não é prodigiosa a minha passagem por este planeta. Temo bem que não deixe uma marca que prove que usufruí de oxigénio que podia ser empregue noutro ser-humano.
Por um lado, uns tratavam de si. Por outro, eu.
É vergonhoso. De que tenho medo? Terei medo? Terei o quê? Exigência? Já me têm dito que não passo dali. Realismo. Mesmo muito realismo.
"Feitio", chamam-lhe alguns. Terei um "feitio" complicado. Acho que estes anos de respiração não me serviram para aprender nada, mas mesmo nada. Nem o mal, muito menos o bem. Trato de ser um alguém híbrido. Um autêntico amoral.
Isto não muda.
domingo, fevereiro 11, 2007
Finalmente
Numa altura em que falta saber os resultados de pouco mais que 600 freguesias, parece que a campanha teve o fim pelo qual eu me bati.
Resta-me proferir umas quantas afirmações.
Ganharam as mulheres.
Portugal evolui e acompanha os países europeus.
A saúde pública passa a ser outra.
Deste lado, fizemos a luta. Nas urnas, os Portugueses falaram.
Resta-me proferir umas quantas afirmações.
Ganharam as mulheres.
Portugal evolui e acompanha os países europeus.
A saúde pública passa a ser outra.
Deste lado, fizemos a luta. Nas urnas, os Portugueses falaram.
Kripahl
Depois de ser torturado, durante cerca de 40 minutos, a única pergunta que me veio à cabeça foi: o que é que vão fazer ao Herman?
Para já, devem-lhe dar o benefício da dúvida. Mais uns 3 ou 4 episódios para ver como corre.
Adiante-se: se correrem como este, mantém-se a pergunta.
Mandam-no para um canal privado, como fizeram com o "Programa da Maria"? Metem-no numa hora tardia?
De facto, esperava-se mais. Se me ri duas vezes estarei a ser generoso.
Se estávamos à espera de um "tal canal" ou de um "Herman Enciclopédia" podemos esquecer.
Para já, devem-lhe dar o benefício da dúvida. Mais uns 3 ou 4 episódios para ver como corre.
Adiante-se: se correrem como este, mantém-se a pergunta.
Mandam-no para um canal privado, como fizeram com o "Programa da Maria"? Metem-no numa hora tardia?
De facto, esperava-se mais. Se me ri duas vezes estarei a ser generoso.
Se estávamos à espera de um "tal canal" ou de um "Herman Enciclopédia" podemos esquecer.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Interpretação Conforme
Já terei escrito sobre isto noutro lado qualquer.
O que tem piada, é que este ano deve repetir-se.
Como iter imprevisível, há que interpretar a vida conforme o momento.
Mas a questão é apenas uma: é isso possível? Não tenho condições de responder a essa pergunta. Todavia, interpreto-a, todos os dias. Salvo a vida que levo, criando um momento adequado para encaixar nela, para que tudo faça muito sentido.
Sentido faz, nisso tudo certo. Mas fácil não é.
É que se tenho que recorrer a isso, muitas vezes, é porque algo vai mal: os momentos estão desajustados do caminho, da existência.
O que tem piada, é que este ano deve repetir-se.
Como iter imprevisível, há que interpretar a vida conforme o momento.
Mas a questão é apenas uma: é isso possível? Não tenho condições de responder a essa pergunta. Todavia, interpreto-a, todos os dias. Salvo a vida que levo, criando um momento adequado para encaixar nela, para que tudo faça muito sentido.
Sentido faz, nisso tudo certo. Mas fácil não é.
É que se tenho que recorrer a isso, muitas vezes, é porque algo vai mal: os momentos estão desajustados do caminho, da existência.
Calhamaços
Curvas, muitas curvas mesmo.
Começa-se no primeiro ciclo, onde tudo é novo. A maioria tende a passar bons momentos. O meu momento mais alto ficou plasmado logo à frente de quem entrava na sala de aula. "Eu comi castanhas".
Fora isso, intervalos e a contagem do tempo até chegar a eles.
Desde esse momento, entendi que a vida teria que levar séria volta, para que não me tornasse num zé. Condutas.
5º,º6 (este, provavelmente, o ano mais feliz da minha existência), 7º, 8º e 9º. Que bela vida. Respeito, facilidade, ócio. Segue-se o secundário. Não me posso queixar mesmo.
Agora, retiram-me a personalidade jurídica e a importância constitucional que tinha, antes de ali entrar. De pessoa, passo a número. De ser, passo a dever-ser.
Se 300 páginas eram um suplício, hoje são uma bela manhã.
Começa-se no primeiro ciclo, onde tudo é novo. A maioria tende a passar bons momentos. O meu momento mais alto ficou plasmado logo à frente de quem entrava na sala de aula. "Eu comi castanhas".
Fora isso, intervalos e a contagem do tempo até chegar a eles.
Desde esse momento, entendi que a vida teria que levar séria volta, para que não me tornasse num zé. Condutas.
5º,º6 (este, provavelmente, o ano mais feliz da minha existência), 7º, 8º e 9º. Que bela vida. Respeito, facilidade, ócio. Segue-se o secundário. Não me posso queixar mesmo.
Agora, retiram-me a personalidade jurídica e a importância constitucional que tinha, antes de ali entrar. De pessoa, passo a número. De ser, passo a dever-ser.
Se 300 páginas eram um suplício, hoje são uma bela manhã.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Prioridades
Acho que o País está farto de intelectuais.
Vasco Pulido Valente.
Pacheco Pereira.
Maria Filomena Mónica.
Marcelo Rebelo de Sousa.
Lobo Antunes.
António Vitorino.
César das Neves.
Maria José Nogueira Pinto.
Saldanha Sanches.
Jorge Miranda.
Bettencourt Resendes.
Isto para falar de alguns que comentam em Jornais. Se fosse opiniar sobre os bloggers, nem me calava.
O país precisa de novidade. Precisa, acima de tudo, de pensar pela cabeça. Esbater conceitos ideológicos, como Direita e Esquerda e perceber o que lhe convém, tanto a si como ao resto de uma comunidade. Precisa de educação cívica e moral. Precisa de ser outro.
Ora bem, se levassem a sério o que publiquei, estaria a ser igual aos que citei. Não é para levar.
No começo deste blog, acho que o necessário é que fique estipulado que daqui não sai nenhum contributo para a história do país. Digamos que elogio e critico. Digamos que não sou um ser relevante no meu contexto sócio-económico. Digamos, apenas, que por aqui estou e por aqui ficarei.
Vasco Pulido Valente.
Pacheco Pereira.
Maria Filomena Mónica.
Marcelo Rebelo de Sousa.
Lobo Antunes.
António Vitorino.
César das Neves.
Maria José Nogueira Pinto.
Saldanha Sanches.
Jorge Miranda.
Bettencourt Resendes.
Isto para falar de alguns que comentam em Jornais. Se fosse opiniar sobre os bloggers, nem me calava.
O país precisa de novidade. Precisa, acima de tudo, de pensar pela cabeça. Esbater conceitos ideológicos, como Direita e Esquerda e perceber o que lhe convém, tanto a si como ao resto de uma comunidade. Precisa de educação cívica e moral. Precisa de ser outro.
Ora bem, se levassem a sério o que publiquei, estaria a ser igual aos que citei. Não é para levar.
No começo deste blog, acho que o necessário é que fique estipulado que daqui não sai nenhum contributo para a história do país. Digamos que elogio e critico. Digamos que não sou um ser relevante no meu contexto sócio-económico. Digamos, apenas, que por aqui estou e por aqui ficarei.
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