sexta-feira, outubro 20, 2017

Os Homens não choram

A banda de Robert Smith, há largos anos, cantava Boys Don't Cry, todavia, com um seguimento lírico que aqui, no meu caso direi, não se aplica. Importa, não obstante, a máxima: um pénis implica o encerramento de canais lacrimais.

Só que não.

No dia 20 de Outubro de 2016, estive várias horas no Hospital de Cascais à espera de romper com o entendimento expedido. Aconteceu, claro.

Note-se, o aspecto mais importante da vida, a par da beleza, é mesmo o amor. Não há volta a dar, ainda que sejamos os mais intrépidos defensores da masculinidade.

Quando testemunhamos a manifestação mais básica do amor, difícil se torna não reagir. Palavras não bastam. Acções? Quais acções?

Por esta hora, há um ano, almoçava um prato que só me sabia a futuro, a questões, a preocupações.

Sabia, contudo, que a vida nunca mais ia ser a mesma. Porque existia mais alguém. Porque eu, de uma forma que nunca imaginei, me dividi.

Não tenho qualquer espécie de dúvidas que está no meu filho o melhor de mim. Oxalá chegue onde quiser.

Parabéns, meu filho.